RESUMO
Nina Rodrigues é geralmente conhecido: pelos elogios dos seus admiradores e discípulos, por um lado; pelas críticas às suas teorias por parte dos seus detratores, por outro. Os primeiros o tratam como o herói fundador da antropologia e da medicina legal brasileiras e o primeiro a desenvolver pesquisa científica sobre a presença da África no Brasil. Os segundos o condenam pelas suas teorias fundadas no racismo científico e na criminologia biológica. Neste livro, Mariza Corrêa, na melhor tradição da antropologia, prefere evitar julgamentos anacrônicos para apresentar e compreender as obras escritas e o trabalho institucional de Nina Rodrigues no contexto social e político em que ele vivia. A autora examina a vasta obra deste cientista que morreu com apenas 44 anos em 1906 para revelar que tanto detratores como discípulos tinham um pouco de razão, mas que há muito mais a dizer sobre o professor Nina Rodrigues. Ele tinha 26 anos quando da abolição da escravidão em 1888, tendo se formado médico um ano antes. Mariza Corrêa nos leva pela luta de Nina Rodrigues para estabelecer a medicina legal como disciplina acadêmica e pelos meandros daquilo pelo qual ele seja talvez mais lembrado, isto é, o seu polêmico trabalho sobre raça e a sua condenação da mestiçagem. A autora também trata dos seus escritos sobre o que considerava os limites da liberdade no contexto do enfrentamento entre defensores do direito clássico e aqueles do direito positivo. Para completar o quadro, examina o trabalho dos discípulos de Nina Rodrigues. Dada a atuação de Nina Rodrigues nos campos da medicina legal, da psiquiatria e dos estudos sobre a questão racial, e sua constante preocupação com o destino da nação brasileira, este livro tem se tornado leitura privilegiada para todos os interessados nestes temas, que continuam tão ou mais candentes
Assuntos
Humanos , Antropologia Forense/história , Grupos Raciais , Saúde Mental , Medicina Legal/história , Relações Raciais/históriaRESUMO
Nina Rodrigues é geralmente conhecido: pelos elogios dos seus admiradores e discípulos, por um lado; pelas críticas às suas teorias por parte dos seus detratores, por outro. Os primeiros o tratam como o herói fundador da antropologia e da medicina legal brasileiras e o primeiro a desenvolver pesquisa científica sobre a presença da África no Brasil. Os segundos o condenam pelas suas teorias fundadas no racismo científico e na criminologia biológica. Neste livro, Mariza Corrêa, na melhor tradição da antropologia, prefere evitar julgamentos anacrônicos para apresentar e compreender as obras escritas e o trabalho institucional de Nina Rodrigues no contexto social e político em que ele vivia. A autora examina a vasta obra deste cientista que morreu com apenas 44 anos em 1906 para revelar que tanto detratores como discípulos tinham um pouco de razão, mas que há muito mais a dizer sobre o professor Nina Rodrigues. Ele tinha 26 anos quando da abolição da escravidão em 1888, tendo se formado médico um ano antes. Mariza Corrêa nos leva pela luta de Nina Rodrigues para estabelecer a medicina legal como disciplina acadêmica e pelos meandros daquilo pelo qual ele seja talvez mais lembrado, isto é, o seu polêmico trabalho sobre raça e a sua condenação da mestiçagem. A autora também trata dos seus escritos sobre o que considerava os limites da liberdade no contexto do enfrentamento entre defensores do direito clássico e aqueles do direito positivo. Para completar o quadro, examina o trabalho dos discípulos de Nina Rodrigues. Dada a atuação de Nina Rodrigues nos campos da medicina legal, da psiquiatria e dos estudos sobre a questão racial, e sua constante preocupação com o destino da nação brasileira, este livro tem se tornado leitura privilegiada para todos os interessados nestes temas, que continuam tão ou mais candentes. (AU)
Assuntos
Medicina Legal/história , Antropologia/história , Saúde Mental/história , BrasilRESUMO
Raimundo Nina Rodrigues (1862-1906) ainda vai render muita discussão nos meios acadêmicos: o centenário de sua morte, para o qual esta tradução foi feita, já mereceu uma edição especial da prestigiosa Gazeta Medica da Bahia e de vários jornais baianos. Nem por isso seus livros se tornaram mais acessíveis ou conhecidos. Quase todos estão esgotados há anos - em alguns casos, há mais de cem anos. O texto aqui apresentado, "Mestiçagem, degenerescência e crime", é particularmente interessante, tanto pela etnografia, que mereceria ser revisitada, quanto pelo seu uso de genealogias e estudos de caso, originais no país à época.
Raimundo Nina Rodrigues (1862-1906) will still engender considerable debate in the academic world. The centennial of his death, for which this translation has been made, has merited a special editions of the prestigious Gazeta Medica da Bahia and other newspapers in the state of Bahia. Nevertheless, his books have not become any more accessible or well known. Almost all of them have been out of print, in some cases for over one hundred years. The text published here, "Miscegenation, degeneracy and crime", is especially interesting, both for the ethnography, which deserves to be revisited, and because of the author's use of genealogies and case studies, unprecedented in Brazil at that time.
Assuntos
História do Século XIX , História do Século XX , Humanos , Características Culturais , Crime/história , Etnicidade/história , Preconceito , Brasil/etnologia , Crime/etnologia , Crime/psicologia , Etnicidade/psicologia , Eugenia (Ciência)/históriaRESUMO
Raimundo Nina Rodrigues (1862-1906) will still engender considerable debate in the academic world. The centennial of his death, for which this translation has been made, has merited a special editions of the prestigious Gazeta Medica da Bahia and other newspapers in the state of Bahia. Nevertheless, his books have not become any more accessible or well known. Almost all of them have been out of print, in some cases for over one hundred years. The text published here, "Miscegenation, degeneracy and crime", is especially interesting, both for the ethnography, which deserves to be revisited, and because of the author's use of genealogies and case studies, unprecedented in Brazil at that time.
Assuntos
Crime/história , Características Culturais , Etnicidade/história , Preconceito , Brasil/etnologia , Crime/etnologia , Crime/psicologia , Etnicidade/psicologia , Eugenia (Ciência)/história , História do Século XIX , História do Século XX , HumanosAssuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Antropologia/história , Congressos como Assunto , SociedadesRESUMO
Analisa a produção teórica e a atuação concreta de um grupo de médicos misto de cientistas sociais, a começar por Nina Rodrigues, que se designavam a si mesmos como membros da Escola Nina Rodrigues. A 'escola' é também uma espécie de mito de origem da Medicina Legal brasileira. Encontra-se, assim, diante de questões como a da relação dos intelectuais com o Estado e a sociedade; a da história das ciências sociais no Brasil e de sua institucionalização; a das relações entre região e Nação; e a da própria definição de cidadania.(AU)
Assuntos
História do Século XIX , Medicina Legal/história , Antropologia/história , BrasilRESUMO
Analisa a produçäo teórica e a atuaçäo concreta de um grupo de médicos misto de cientistas sociais, a começar por Nina Rodrigues, que se designavam a si mesmos como membros da Escola Nina Rodrigues. A 'escola' é também uma espécie de mito de origem da Medicina Legal brasileira. Encontra-se, assim, diante de questöes como a da relaçäo dos intelectuais com o Estado e a sociedade; a da história das ciências sociais no Brasil e de sua institucionalizaçäo; a das relaçöes entre regiäo e Naçäo; e a da própria definiçäo de cidadania.
Assuntos
História do Século XIX , Antropologia/história , Medicina Legal/história , Brasil , Saúde Mental/históriaRESUMO
O resgate da decada de 50 na historia da antropologia brasileira traz a luz a constituicao de uma rede social de antropologos, educadores e sociologos, em torno da figura de Anisio Teixeira. Este grupo empenhou-se na criacao de um aparato institucional para a educacao e na investigacao da realidade social das comunidades para subsidiar uma nova politica - no periodo que veio a ser considerado 'os anos de ouro' da educacao brasileira. O exame dessa interacao entre educacao e ciencia sociais remonta as decadas anteriores, especialmente aos perticipantes do movimento pela Escola Nova.
Assuntos
Educação , História , Antropologia , Ciências Sociais , Educação , História , Antropologia , Ciências SociaisRESUMO
Este artigo tenta colocar algumas questoes preliminares a respeito dos supostos empiricos e teoricos ate agora tomados como bases indiscutiveis de duas linhas dominantes na literatura sobre familia no Brasil: a que ve a familia patriarcal rural como a instituicao fundamental do Brasil Colonia e a que focaliza a familia conjugal moderna da epoca urbana. Sua proposta e que ambas fazem de fato parte de uma mesma visao teorica que, analisando apenas as classes dominantes como agentes de nossa historia, expulsam do nosso horizonte de pesquisa a possibilidade de investigar formas alternativas de organizacao familiar no Brasil.