RESUMO
O presente artigo tem por objetivo explorar o tema da angústia, afeto que se desta capela importância na constituição da subjetividade humana e que se manifesta através de sofrimento e mal-estar. Para tanto, parte-se de dois autores. Kierkegaard aborda o tema da angústia como sendo a realidade da liberdade enquanto possibilidade, em que o sujeito encontra-se afastado de uma dimensão transcendental. Freud, por sua vez, trilha um longo caminho até chegar ao conceito final de angústia, partindo de seus estudos pré-psicanalíticos,em que suas investigações tinham forte aparato biológico, até a segunda tópica, na qual a angústia é destacada como ameaça interna da perda de proteção proveniente do supereu.Explora-se as divergências e convergências existentes entre as teorias de Kierkegaard e Freud que, sob óticas diferentes, proporcionam um trabalho enriquecedor sobre o sentimento de angústia suas origens, causas, funções e, sobretudo, pretende-se refletir acerca da aplicabilidade desses estudos na pós-modernidade.(AU)
The present article aims to explore the theme of anxiety, affection which is highlighted by its importance in the constitution of human subjectivity, and that manifests itself through pain and suffering. Two authors must be considered. Kierkegaard discusses the theme of anxiety as being the reality of freedom as a possibility, in which the subject is apart from a transcendental dimension. Freud, on the other hand, tracks a long way to get to thefinal concept of anxiety, from its prepsychoanalytic studies, in which his investigations had strong biological apparatus, until the second topic in which anxiety is highlighted as the internal threat of loss of protection from the superego. The article explores the differences and similarities between the theories of Freud and Kierkegaard that, under different optic, provide enriching work on feelings of anxiety - its origins, causes, functions - and, above all, intend toreflect about the applicability of these studies in post-modernity.(AU)