RESUMO
Resumo Objetivo: verificar o efeito do esforço físico sobre as funções cognitivas de trabalhadores eletricistas utilizando equipamento de proteção individual (EPI). Métodos: participaram 28 eletricistas que trabalhavam na construção, manutenção e operação de redes de distribuição de energia. Todos do sexo masculino, sadios e aptos para a prática de exercícios físicos. As funções cognitivas foram representadas pelo teste de reação simples (TRS) e pelo nível de vigilância mental (NVM). O TRS e o NVM foram mensurados pré e pós-teste máximo progressivo, em esteira rolante, a 27 °C de temperatura seca e umidade relativa do ar de 64%. O teste consistiu em aumentos progressivos na velocidade e na inclinação da esteira até a fadiga, com utilização de EPI. Resultados: a média (desvio padrão) do TRS não foi significativamente diferente antes, 227,8 (35,1) ms, e após o exercício, 220,6 (24,6) ms. O NVM foi significativamente maior após o exercício em todas as situações: frequência crescente - 36,5 (5,1) Hz vs 39,5 (2,7) Hz, frequência decrescente - 36,0 (5,2) vs 39,0 (3,88) Hz, e frequência geral - 36,2 (4,9) vs 39,2 (3,1) Hz. Conclusão: o exercício progressivo máximo realizado com EPI não modificou o tempo de reação simples e aumentou o nível de vigilância mental de eletricistas.
Abstract Objective: to verify the effects of physical effort on the cognitive functions of electricians wearing personal protective equipment (PPE). Methods: 28 electricians participated. They worked on the construction, maintenance and operation of electrical power distribution networks. All were male, healthy and able to practice physical exercises. The cognitive functions were checked by measuring simple reaction time (SRT) and mental alertness level (MAL). SRT and MAL were measured before and after progressive maximal exercise, on a treadmill, at 27 °C dry temperature and 64% relative humidity, wearing PPE. The test consisted of progressive increases in treadmill speed and incline, until fatigue. Results: SRT mean difference was not significantly different before - 227.8 (35.1) ms - and after exercising -220.6 (24.6) ms. MAL was significantly higher after exercise in all situations: increasing frequency - 36.5 (5.1) Hz vs. 39.5 (2.7) Hz; decreasing frequency-36.0 (5.2) Hz vs. 39.0 (3.88) Hz; and general frequency 36.2 (4.9) Hz vs. 39.2 (3.1) Hz. Conclusion: progressive maximal exercise performed while wearing PPE caused no change in simple reaction time, and increased electricians' mental alertness level.
RESUMO
Abstract Post-activation potentiation is a physiological phenomenon reported to increase muscle performance during high-intensity exercise. To induce post-activation potentiation, maximal strength or power short-duration activities are performed minutes prior the main activity in an attempt to enhance performance. The aim of this study was to evaluate previous publications on the effects of post-activation potentiation on athletic performance. This systematic review used Scielo, Pubmed and SporDiscus database with the following search terms either alone or grouped together: post-activation potentiation, exercise, athletics, track and field, sprint, long jump, triple jump, high jump, shot put, javelin throw, hammer throw e discus throw. The review provided evidence that performing squat, jump and sprint exercises prior to the main activity elicited a state of potentiation that would improve sprint and throw performances and that preparatory activities that can cause post-activation potentiation should be used to improve athletic performance.
Resumo A potencialização pós-ativação é um fenômeno fisiológico capaz de aumentar o desempenho muscular durante exercícios de alta intensidade. Para induzir a potencialização pós-ativação, atividades de curta duração com força máxima ou potência muscular são realizadas minutos antes da atividade principal na tentativa de aumentar o desempenho. O objetivo deste estudo foi avaliar as publicações anteriores sobre os efeitos da potencialização pós-ativação sobre o desempenho no atletismo. Esta revisão sistemática utilizou os bancos de dados Scielo, Pubmed e SportDiscus com os seguintes termos de pesquisa juntos ou separados: post-activation potentiation, exercise, athletics, track and field, sprint, long jump, triple jump, high jump, shot put, javelin throw, hammer throw e discus throw. A revisão evidenciou que a realização de agachamentos, saltos e sprints, antes da atividade principal, desencadeia o estado de potencialização, que então aumenta o desempenho de sprints e lançamentos, e que atividades preparatórias que causam potencialização pós-ativação podem ser utilizadas para aumentar o desempenho no atletismo.
Assuntos
Atletismo , Desempenho Atlético/fisiologia , Condicionamento Físico Humano/métodosRESUMO
Abstract The aims of the study were: 1) to analyze the exercise intensity in several phases (six phases of 15 min) of soccer matches; 2) to compare the match time spent above anaerobic threshold (AT) between different age groups (U-17 and U-20); and 3) to compare the match time spent above AT between players’ positions (backs, midfielders, forwards and wingabcks). Forty-four male soccer players were analyzed. To express players’ effort, the heart rate (HR) was continuously monitored in 29 official matches. Further, HR corresponding to the intensity at the onset of blood lactate accumulation (OBLA) was obtained in a field test. The highest exercise intensity during match was observed in the 15-30 min period of the first half (p< 0.05). Match time spent above AT was not different between players from U-17 and U-20. In the comparison among players’ positions, wingbacks showed lower time above AT (p< 0.05) than players of other positions. The intensity of effort is higher in the 15 to 30 minutes of play (intermediate phase), probably because the players are more rested in the beginning and wearing out is progressive throughout the game. It is also noteworthy that the intensity of exercise (HR and time above AT) of wingbacks was lower, probably because they usually are required to run a larger number of sprints and need more time below the AT to recover.
Resumo Os principais objetivos do presente estudo foram: 1) comparar a intensidade de exercício em diversas fases (seis fases de 15 min) de partidas de futebol; 2) comparar o tempo de partida acima do limiar anaeróbio (LAN) entre diferentes categorias (sub-17 e sub-20); e 3) comparar o tempo de partida acima do LAN entre jogadores de diferentes posições (zagueiros, meio campistas, atacantes e laterais). Quarenta e quatro jogadores foram analisados. A intensidade de esforço como frequência cardíaca (FC) foi monitorada em 29 jogos oficiais. A FC correspondente à intensidade do OBLA (onset of blood lactate accumulation) foi obtida em um teste de campo. A maior intensidade de exercício foi observada no período 15-30 min do primeiro tempo (p< 0,05). O tempo de partida gasto acima do LAN não foi diferente entre jogadores das categorias sub-17 e sub-20. Os laterais apresentaram menor tempo acima do LAN (p< 0,05). Pode concluir-se que a intensidade do esforço foi maior em 15 a 30 min (fase intermediária), provavelmente porque os jogadores estão mais descansados no início e o desgaste é progressivo ao longo do jogo. A intensidade de exercício (FC e tempo acima LAN) dos laterais foi menor, provavelmente porque eles executam um maior número de sprints e necessitam de mais tempo abaixo do LAN para se recuperar.
RESUMO
The aim of this study was to analyze the responses of creatine kinase [CK] expressed in different forms to the training load of professional soccer players during a competitive season. Twelve players (age, 24 ± 4 years) participated in the study. [CK] was analyzed before the pre-season (Pre), after the pre-season (Post), and in the competitive mesocycles (M1, M2, and M3). Results showed [CK] in the Pre, Post, M1, M2, and M3 phases in absolute values (181.3 ± 58.7, 416.4 ± 155.7, 526.4 ± 268.0, 403.8 ± 137.0, and 442.5 ± 212.3 U/L, respectively), relative values (16.3 ± 4.6, 39.5 ± 19.1, 47.8 ± 20.1, 37.5 ± 14.2, 40.1 ± 17.4 %CKmáx, respectively), and values relative to the variation delta (19.9 ± 3.6, 48.1 ± 26.5, 57.0 ± 23.2, 45.1 ± 17.7, and 48.3 ± 22.0 %ΔCKmáx, respectively). [CK] was lower only during the Pre phase compared to the other phases (p < 0.05). [CK] was expressed as %CKmáx or %ΔCKmáx may be more specific to monitor training. In addition, the individualization of this biomarker optimizes the athletes' performance as muscle injuries can be prevented
Assuntos
Humanos , Masculino , Adulto , Futebol/fisiologia , Creatina Quinase , Esforço Físico/fisiologia , AtletasRESUMO
Abstract The aim of the present study was to evaluate the effects of human head hair on performance and thermoregulatory responses during 10-km outdoor running in healthy men. Twelve healthy males (29.5 ± 3.7 years, 174.9 ± 4.3 cm, 72.7 ± 3.2 kg and VO2max 44.6 ± 3.4 ml.kg-1.min-1) participated in two self-paced outdoor 10-km running trials separated by 7 days: 1) HAIR, subjects ran with their natural head hair; 2) NOHAIR, subjects ran after their hair had been totally shaved. Average running velocity was calculated from each 2-km running time. Rectal temperature, heart rate and physiological strain index were measured before and after the 10-km runs and at the end of each 2 km. The rate of heat storage was measured every 2 km. The environmental stress (WBGT) was measured every 10 min. The running velocity (10.9 ± 1 and 10.9 ± 1.1 km.h-1), heart rate (183 ± 10 and 180 ± 12 bpm), rectal temperature (38.82 ± 0.29 and 38.81 ± 0.49oC), physiological strain index (9 ± 1 and 9 ± 1), or heat storage rate (71.9 ± 64.1 and 80.7 ± 56.7 W.m-1) did not differ between the HAIR and NOHAIR conditions, respectively (p>0.05). There was no difference in WBGT between the HAIR and NOHAIR conditions (24.0 ± 1.4 and 23.2 ± 1.5ºC, respectively; p=0.10). The results suggest that shaved head hair does not alter running velocity or thermoregulatory responses during 10-km running under the sun.
Resumo O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos do cabelo da cabeça humana no desempenho e na resposta termorregulatória durante 10 km de corrida ao ar livre em homens saudáveis. Doze saudável do sexo masculino (29,5 ± 3,7 anos, 174,9 ± 4,3 cm, 72,7 ± 3,2 kg e VO2máx 44,6 ± 3,4 ml.kg-1.min-1) participaram de 2 corridas de 10km separadas por 7 dias de intervalo em ritmo auto regulado: 1) HAIR- voluntários correram com seus cabelos intactos, 2) NOHAIR- voluntários correrram após terem seus cabelos totalmente raspado. A velocidade média da corrida foi calculada a cada série de 2 km. Temperatura retal, freqüência cardíaca e índice de estresse fisiológico foram medidos antes e depois dos 10 km da corrida e no fim de cada 2 km. Taxa de armazenamento de calor foi medida a cada 2 km. Além disso, o estresse ambiental (WBGT) foi medido a cada 10 min. A velocidade de corrida (10,9 ± 1 e 10,9 ± 1,1 km.h-1: freqüência cardíaca (183 ± 10 e 180 ± 12 bpm), temperatura retal (38,82 ± 0,29 e 38,81 ± 0,49º C), índice estresse fisiológico (9 ± 1 e 9 ± 1) e taxa de armazenamento de calor (71,9 ± 64,1 e 80,7 ± 56,7 Wm-1), não foi diferente entre as situações HAIR e NOHAIR, respectivamente (p>0,05). Não houve diferença no WBGT entre HAIR e NOHAIR (24,0 ± 1.4º C e 23,2 ± 1,5º C, respectivamente; p=0,10). Os resultados sugerem que raspar o cabelo da cabeça não altera a velocidade da corrida e as respostas termorregulatórias durante 10 km de corrida sob o sol.
Assuntos
Humanos , Masculino , Corrida , Regulação da Temperatura Corporal , Cabelo/fisiologia , Análise e Desempenho de Tarefas , Radiação SolarRESUMO
Abstract Exercise intensity monitoring has been essential for the control and planning of sports training. Thus, the aim of the present study was to assess the chronic physiological demand of soccer players during an annual soccer season using blood biomarkers. Ten professional soccer players (21.2 ± 3.7 years) participated in this study. Blood samples were collected on the day before beginning of preseason (C1); at the end of preseason and beginning of competitive calendar (C2); and at the end of the competitive calendar. Interleukin-6 (IL-6), cortisol, testosterone, testosterone/cortisol ratio, creatine kinase and alpha-actin were evaluated. Statistical analysis was performed by using ANOVA with repeated measures and the post-hoc Tukey's test. Significance level was set at P<0.05. The results showed significant differences in the following situations: testosterone - C1 higher than C2 and C3; cortisol - C3 higher than C2; testosterone/cortisol ratio - C2 higher than C1, and C3 lower than C1 and C2; creatine kinase - C2 and C3 higher than C1; alpha-actin - C3 higher than C1. IL-6 concentrations were not different between C1, C2 and C3. It could be concluded that an annual soccer season imposes high physiological demand for professional players, since relevant changes in blood biomarkers analyzed were observed.
Resumo O monitoramento da intensidade de esforço entre atletas tem se mostrado essencial para o controle e planejamento do treinamento desportivo. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar por meio de biomarcadores sanguíneos a demanda fisiológica crônica de jogadores de futebol ao longo de uma temporada anual. Dez jogadores profissionais (21,2 ± 3,7 anos) participaram desse estudo. As coletas de sangue foram realizadas no dia anterior ao início da pré-temporada (C1), ao final da pré-temporada e início das competições (C2), e ao final do ano competitivo (C3). Investigou-se as variáveis cortisol, testosterona, relação testosterona/cortisol, creatina quinase, alfa-actina e interleucina 6 (IL-6). Para a análise estatística dos dados utilizou-se ANOVA para medidas repetidas e foi adotado nível de significância de 5%. Os resultados encontrados indicaram diferenças significativas nas seguintes situações: testosterona - C1 maior do que C2 e C3; cortisol - C3 maior do que C2; relação testosterona/cortisol - C2 maior do que C1, e C3 menor do que C1 e C2; creatina quinase - C2 e C3 maior do que C1; alfa-actina - C3 maior do que C1. As concentrações de IL-6 em C1, C2 e C3 não demonstraram diferenças significativas. Pode-se concluir que uma temporada anual de futebol impõe elevada demanda fisiológica entre jogadores profissionais, uma vez que foram observadas alterações relevantes sobre os biomarcadores sanguíneos analisados.
RESUMO
Soccer is a sport practiced worldwide, on all continents. It is considered an intermittent activity of high intensity and long duration, in which movements that require great strength and speed, such as jumps and sprints, result in high levels of muscle microtrauma, hampering athletes' training and recovery. The present study aimed to evaluate the magnitude of changes in different markers of physiological demand resulting from a soccer match in healthy individuals. Ten healthy male physical education students participated in the study and were evaluated in two matches: the semi-final and final games of the college tournament at the federal university where they studied. Blood samples were collected from each volunteer pre- and post-match. Cortisol, IL-6 and CK concentrations were increased after the match (p < 0.05). Testosterone and alpha-actin concentrations did not change. Our results indicate that changes in some of the acute response markers evaluated in players before and after competitive soccer matches provide important information for planning training or recovery, as well as nutritional strategies for improving performance.
O futebol é um esporte de abrangência mundial praticado em todos os continentes.É considerada uma atividade intermitente, de alta intensidade e longa duração, na qual as ações de grande força e velocidade como saltos e sprints implicam altos níveis de microtrauma muscular, atrapalhando o treinamento e a recuperação dos atletas. O propósito deste trabalho foi avaliar a magnitude das alterações de diferentes marcadores da demanda fisiológica em indivíduos saudáveis decorrentes de um jogo de futebol. Participaram do estudo, dez homens considerados saudáveis, estudantes de Educação Física. Os indivíduos foram avaliados em dois jogos, sendo a semifinal e a final do torneio universitário da universidade federal onde estudavam. A amostra sanguínea foi retirada de cada voluntário nos momentos pré e pós-jogo. Resultados: As concentrações de Cortisol, IL-6 e CK, apresentaram aumento pós-jogo (p<0,05). As concentrações de Testosterona e alfa-actina não se alteraram. Pode-se concluir que as alterações em parte dos marcadores das respostas agudas avaliados em jogos competitivos de futebol fornecem informações importantes para o planejamento de métodos de treinamento, recuperação ou estratégias nutricionais para o aperfeiçoamento do esporte.
RESUMO
The purpose of the present study was to analyze the energy expenditure and heart rate (HR), expressed as mean and maximal heart rate (HRmax), along matches of an official soccer competition. METHODS: Eighteen under-20 year old (U-20) soccer players from a first-division Brazilian soccer team were evaluated during 15 matches. The relationship between HR and oxygen uptake (HR/VO2 relationship) was established, and a linear regression equation was developed for each individual player participating in the study. This equation was then used to determine the oxygen uptake and the corresponding energy expenditure based on the HR values measured during the games. The HR was recorded at 5-second intervals, which were clustered in phases of 15 minutes (0-15 min, 15-30 min e 30-45 min) for each half time (first half [FH] and second half [SH]). RESULTS: The players' oxygen uptake was 308.3 ± 11.9 LO2/game and the energy expenditure was 17.3±1.3 Kcal.min-1 and 1,542.9±125.1 Kcal/game. The results showed that there were significant differences between the HR and HRmax identified in the first half (FH 15-30 min) compared to the second half (SH 0-15 min and SH 30-45 min), and at FH 30-45 min compared to SH 0-15 min (p<0.05). Conclusions: We concluded that soccer should be considered as an extremely arduous activity for U-20 players due to the high energy expenditure during the matches of an official championship. We also concluded that, during soccer games with young players, FH 15-30 min could be considered the most intense phase, because the highest values of HR and HRmax usually occur at this phase.
O objetivo do presente estudo foi a análise do gasto energético e da frequência cardíaca (HR), expressa pela média e pela frequência cardíaca máxima (FCmax), durante jogos de uma competição oficial de futebol. Foram avaliados, durante 15 jogos, dezoito jogadores de futebol da categoria abaixo de 20 anos de idade (Sub-20) de um time da primeira divisão de futebol brasileira. A relação entre FC e consumo de oxigênio (relação FC/VO2) foi estabelecida, e uma equação de regressão linear foi desenvolvida para cada jogador. Essa equação foi utilizada para determinar o consumo de oxigênio e o gasto energético correspondente a partir dos valores de FC medidos durante os jogos. O registro da FC ocorreu em intervalos de 5 segundos, agrupados em fases de 15 minutos (0-15 min, 15-30 min e 30-45 min) em cada tempo de jogo [primeiro tempo (PT) e segundo tempo (ST)]. O consumo de oxigênio dos jogadores foi de 308,3 ± 11,9 LO2/jogo e o gasto energético foi de 17,3 ± 1,3 Kcal.min-1 e 1.542,9 ± 125,1 Kcal/jogo. Os resultados mostraram que houve diferenças significativas entre a FC e a FCmax observadas no primeiro tempo (PT 15-30 min) em relação ao segundo tempo (ST 0-15min e ST 30-45min), e entre PT 30-45 min em comparação com ST 0-15 min (p<0,05). Concluímos que o futebol deve ser considerado como uma atividade extremamente árdua para jogadores Sub-20, devido aos alto gasto energético durante as partidas de um campeonato oficial. Conclui-se também que, durante jogos de futebol com jogadores jovens, a PT 15-30min poderia ser considerada a fase mais intensa do jogo, porque os maiores valores de FC e FCmax usualmente ocorrem nessa fase.
RESUMO
Most soccer matches are conducted by coaches who usually make all player substitutions allowed. Therefore, it is extremely important to study these substitutions and their effects on the intensity of effort required from players. To date, no published studies have reported on this topic using heart rate (HR) as an intensity parameter. The objective of this study was to compare effort intensity (EI) of soccer players in the following situations: 1) first half (FH-EI); 2) second half (SH-EI); 3) second half with substitutions (SHS-EI). Forty-five male soccer players (18.5±1.2 years old, 74.25±5.79 kg, 182.6±8.55 cm, 9.56±2.47 percent body fat, 56.3±4.3 mLO2/kg/min) were evaluated during 29 official games. EI was considered as the mean HR, expressed as the percentage of each player's maximal HR ( percentHRmax) and as the time spent in each intensity zone (Z) according to percentHRmax (Z1<70 percent; Z2 70-85 percent; Z3 85-90 percent; Z4 90-95 percent; Z5 95-100 percent). FH-EI (86.3±3.3 percentHRmax) was higher than SH-EI (80.6±4.4 percentHRmax) and SHS-EI (83.6±2.8 percentHRmax). SHS-EI was higher than SH-EI (p<0.05). Time spent in high-intensity zones was lower in SH-EI than in FH-EI, but higher in SHS-EI when compared to SH-EI (p<0.05). It was concluded that the decrease in EI in the second half of soccer matches was attenuated by substitutions made at halftime, as evidenced by a longer time spent in high-intensity zones when compared to SH-EI.
A maioria das partidas de futebol é conduzida por treinadores que realizam todas as substituições de jogadores permitidas. Dessa maneira, torna-se de extrema importância o estudo destas substituições e sua influência na intensidade de esforço dos atletas. Há de se mencionar, ainda, que não há nenhum estudo na literatura que tenha investigado sobre esse tópico utilizando a frequência cardíaca (FC) como um parâmetro de intensidade. O objetivo deste estudo foi comparar a intensidade de esforço (IE) dos jogadores de futebol nas situações: 1) primeiro tempo (PT-IE); 2) segundo tempo (ST-IE); 3) segundo tempo com substituições (STS-IE). Quarenta e cinco atletas de futebol do sexo masculino (18.5 ± 1.2 anos, 74.25 ± 5.79 kg, 182.6 ± 8.55 cm, 9.56 ± 2.47 por centoG, 56.3 ± 4.3 mLO2/kg/min) participaram do estudo durante 29 jogos oficiais. IE foi considerada como a média da FC, expressa em percentual da FC máxima ( por centoFCmax) de cada atleta e também de acordo com o tempo percorrido em cada zona de intensidade (Z) específica de acordo com o por centoFCmax (Z1<70 por cento; Z2 70-85 por cento; Z3 85-90 por cento; Z4 90-95 por cento; Z5 95-100 por cento). IE no PT-IE (86.3 ± 3.3 por centoFCmax) foi maior que no ST-IE (80.6 ± 4.4 por centoFC max) e que no STS-IE (83.6 ± 2.8 por centoFCmax). IE no STS-IE foi maior que no ST-IE (p<0,05). O tempo percorrido nas zonas de alta intensidade foi menor no ST-IE quando comparado com o PT-IE e maior no STS-IE quando comparado com o ST-IE (p<0,05). Conclui-se que a diminuição da IE no segundo tempo da partida de futebol foi atenuada com a realização de substituições e foi evidenciado um maior tempo de permanência em zonas de alta intensidade quando comparado com o ST-IE.
RESUMO
O objetivo do estudo foi determinar o nível de correlação entre o desempenho nos 10m iniciais, dos 20m finais e no tempo total do teste de sprint de 30m, com o do salto vertical com contra-movimento (CMJ) entre jogadores de futebol. Participaram do estudo 167 jogadores das categorias profissional (N. 94) e júnior (N. 73). Foram determinadas as velocidades dos jogadores em 10m (V10), 20m (V20) e no total de 30m (V30). A habilidade de salto foi avaliada através do CMJ. Para correlacionar os dados, foi utilizado o coeficiente de correlação de Pearson com nível de significância de p<0,05. A categoria júnior apresentou maiores valores de V10 e menores valores de V20 em comparação com a categoria profissional (p<0,05). Os valores de correlação entre o CMJ e os parâmetros de velocidade para a categoria júnior foram; r= 0,239, 0,370, 0,408 para V10, V20 e V30 respectivamente e para a categoria profissional foram; r= 0,381, 0,381 e 0,470 para V10, V20 e V30 respectivamente. Quando as duas categorias foram avaliadas em conjunto os valores de correlação foram; r= 0,293, 0,386 e 0,441 para V10, V20 e V30 respectivamente. Foi encontrada uma fraca correlação entre o CMJ e o V10 da categoria júnior sendo a mesma moderada para os demais parâmetros. A categoria profissional apresentou valores de correlação moderada entre o CMJ e todos os outros parâmetros. Maiores valores de correlação do V10 para a categoria profissional pode ser devido a efeitos específicos do treinamento.
The aim of the present study was to determine the association between the results in the counter movement jump (CMJ) and the results in the first 10 meters, in the final 20 meters and the in the total 30 meters of a 30-meter sprint. One-hundred and sixty seven Soccer players from the professional (N. 93) and under twenty (N. 74) categories, from a Brazilian first division Soccer club participated in the study. The sprint test consisted of a 30-meter run timed at the 10-meter and at the 30-meter marks. The jump capacity was assessed through the CMJ. Pearsons correlation (r) was used to determine the association between these variables. The significance level adopted was p<.05. The U-20 players presented faster V10 and slower V20 than the professionals (p<.05). The correlation (r) between CMJ and V10, V20 and V30 were .239, .370 and .408, respectively, for the U20 group and .381, .381 and .470, respectively, for the professional group. Evaluating the two categories together the correlation were; r= 0,293, 0,386 and 0,441 to V10, V20 and V30 respectively. The correlation between CMJ and V10 was weak and moderate for V20 and V30. In the professional category the correlation between CMJ and all the other parameters was moderate. It is probable that higher correlation values for CMJ and V10 for the professionals could be attributed to specific training effects.
Assuntos
Humanos , Masculino , Adulto , Aceleração , Esforço Físico/fisiologia , Futebol/fisiologiaRESUMO
A partir da hipótese evolutiva de que a cabeça humana precisa ser resfriada de forma especial, o objetivo do presente estudo foi verificar se a sudorese seria maior na testa do que nas demais regiões do corpo durante o exercício progressivo até a fadiga (EPF). Em 17 voluntários (23 ± 2 anos, 76,93 ± 7,74 kg, 179 ± 7 cm e 1,9 ± 0,1 m²) foram medidos a taxa de sudorese local (TSlocal), o número de glândulas de suor ativas (GSA) e taxa de suor por GSA (TSlocal.GSA-1) em oito regiões do corpo (testa, costas, peito, braço, antebraço, mão, coxa e perna) durante o EPF em cicloergômetro. A TSlocal da testa foi maior que todas as outras regiões e a TSlocal do peito foi maior apenas que a da coxa. O número de GSA da testa foi maior do que em todas as outras regiões, e a GSA da mão foi maior que do peito, braço, coxa e perna. A TSlocal.GSA-1 da testa foi maior do que as do braço, antebraço, mão e coxa, e a TSlocal.GSA-1 das costas e do peito foram maiores que do antebraço e mão. A produção de suor da parte superior do corpo (testa, costas, peito, braço, antebraço, mão) foi maior que a inferior (coxa e perna). Concluiu-se que o EPF desencadeou um padrão de produção de suor maior na cabeça que pode estar relacionado à maior convecção nas regiões mais altas do corpo.
Considering the hypothesis of human selective brain cooling during exercise should depend on greater sweating mechanism in the forehead. The purpose of this study was verify variations of sweat production between body regions during progressive exercise until fatigue (PEF). Seventeen subjects (23 ± 2 years old, 76.93 ± 7.74 kg, 179 ± 7 cm and 1.9 ± 0.1 m²) volunteered for this study. Local sweat rate (STlocal), number of active sweat glands (ASG) and sweat rate for ASG (STlocal.ASG-1) in eight body regions (forehead, back, chest, arm, forearm, hand, leg and calf) were measured during PEF in cyclergometer. The STlocal of the forehead was higher than in all others regions and the chest STlocal was higher only than the leg. The number of ASG in the forehead was greater than in all other regions, and the ASG of the hand was higher than those of the chest, arm, leg and calf. The STlocal.ASG-1 of the forehead was higher than the arm, forearm, hand and leg, and the STlocal. ASG-1 of the chest and back were higher than the forearm and hand. The sweat production of the upper body (forehead, back, chest, arm, forearm and hand) was bigger than the lower body (leg and calf). In conclusion, the PEF promoted a sweating pattern in body regions that can be related to the higher convection present in the upper regions of the body.