RESUMO
Introdução: um dos fatores imprescindíveis no resultado estético satisfatório do tratamento reabilitador protético ocular é a reprodução fiel da íris do olho remanescente na íris protética. Trata-se da dissimulação da perda para os pacientes afetados. Objetivo: este trabalho apresenta uma nova técnica de confecção da íris protética, utilizando imagem fotográfica digitalizada da íris remanescente, em adesivo. Métodos: em razão da fotodegradação que compromete a longevidade das próteses oculares, decidiu-se avaliar a estabilidade das cores, da técnica proposta, por meio de teste de envelhecimento acelerado. Para os ensaios, foram confeccionados corpos de prova simulando a íris protética, reproduzida em adesivo, nas cores verde, azul, marrom e preto. A variação do grau de degradação foi avaliada mediante leitura colorimétrica inicial e após, em três intervalos semanais, durante o envelhecimento artificial com radiação ultravioleta. Resultados: a análise estatística sugere que, quando as cores foram avaliadas em função do período de ensaio de envelhecimento artificial, somente na cor azul houve diferença estatisticamente significativa. Conclusões: nenhuma das cores apresentou uma degradação de cor acima do nível clinicamente aceitável, resultado bastante favorável para a viabilidade da técnica proposta.