RESUMO
Objetivo: Apresentar a importância do uso da tabela de Ishihara para o diagnóstico das discromatopsias congênitas e avaliação da incidência em motoristas, observando-se os erros mais comuns no teste da Caixa de Cores. Além disso, abordar a relação entre discromatopsias congênitas, condução de veículo e acidentes de tráfego. Métodos: Foram examinados 523 motoristas, seguindo as normas da resolução 734/89 do Contran. Os motoristas foram submetidos ao teste de cores com a Tabela de lshihara, e os que tinham discromatopsias foram submetidos ao teste da Caixa de Cores, com luzes dispostas como em um semáforo. Resultados: Encontrou-se uma incidência de discromatopsias de 5,5 por cento (29 pacientes). Destes, 3 pacientes foram excluídos do estudo, 16 possuíam o grau forte e 10, o grau moderado. Desse último grupo, 7 apresentaram-se com deuteranomalia e 3 com protanomalia. Dos 7 com deuteranomalia, 3 apresentaram alterações no teste da Caixa de Cores. Dos 3 com protanomalia, 1 paciente teve exame alterado. Dos pacientes de grau forte, 14 possuíam deuteranopia e 2 protanopia, sendo que todos apresentaram alterações no teste da Caixa de Cores. Conclusão: Todos os pacientes com discromatopsias de grau forte e metade dos pacientes com grau moderado cometeram erros no teste da Caixa de Cores. Conclui-se que não haveria necessidade de ser realizado o teste para diferenciar as cores, desde que se faça o uso da tabela de lshihara para diagnosticar as discromatopsias congênitas.
Assuntos
Humanos , Condução de Veículo , Defeitos da Visão Cromática , Acidentes de Trânsito , Percepção de Cores/fisiologia , Estudos Prospectivos , Testes de Percepção de Cores/métodosRESUMO
Os autores descrevem um caso de otite média aguda pós-perfuraçäo de membrana timpânica, que evoluiu com trombose de seio transverso esquerdo, paresia facial central à direita e paresia troclear bilateral assimétrica. O exame oftalmológico mostrou hipofunçäo do OS e hiperfunçäo do OI nos dois olhos, mais intensas no olho direito. O sinal de Bielchowsky era positivo à direita e negativo à esquerda. A acuidade visual estava preservada, além de ausência de papiledema à fundoscopia. A arteriografia cerebral revelou unicamente trombose do seio transverso à esquerda. O tratamento institui do foi antibioticoterapia via oral e cumarínico. Após seis meses de evoluçäo a diplopia persistia apenas em infralevoversäo, porém persistia a paresia facial central à direita. Näo se encontrou na literatura relato semelhante ao descrito.