RESUMO
Mais de 200 idiomas são falados no Brasil e, apesar do domínio da língua portuguesa, esta não é capaz de abarcar todas as necessidades de expressão da sociedade pluricultural brasileira. Assim, outras formas linguísticas surgiram para representar diferentes grupos sociais, como a língua brasileira de sinais (libras), utilizada pelos surdos. Diferentemente de mímica, a libras constitui um sistema linguístico de natureza gestual-visual, com estrutura gramatical própria. No contexto em que muito se discute acessibilidade, torna-se importante difundir conhecimentos sobre libras entre discentes de cursos de saúde, para contribuir na formação de profissionais habilitados a compreender e auxiliar as necessidades das pessoas que a utilizam como sua primeira língua. Assim, este trabalho busca relatar a experiência vivenciada com o minicurso de libras ministrado aos discentes dos cursos de saúde da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e divulgar os resultados colhidos como frutos da oficina que almejou diminuir a desinformação provocada pela barreira linguística e cultural existente entre ouvintes e surdos, proporcionando aos acadêmicos noções elementares que permitam melhorias nas futuras relações médico-paciente estabelecidas entre esses dois grupos.
More than 200 languages are spoken in Brazil and, despite the domination of Portuguese, this language is unable to meet all the expressive needs of the multicultural society of Brazil. Thus other linguistic forms have arisen to represent different social groups such as Brazilian Sign Language (LIBRAS) - used by deaf communities of urban Brazil. Unlike mime, LIBRAS is a linguistic system of a visual-gestural nature with its own grammatical structure. In a world where accessibility is increasingly discussed, it is important to disseminate knowledge about LIBRAS among students of health education courses to train qualified professionals in understanding and helping those who use it as their first language. This study highlights the experience of medicine students from the Federal University of Tocantins (UFT) who took a part time course in LIBRAS. This article also aims to diffuse the results of workshop aimed at reducing misinformation caused by the linguistic and cultural barrier existing between the deaf and hearers. Learners are thus provided with basic knowledge that will enable improved relationships between doctors and deaf patients.