RESUMO
OBJETIVO: Descrever o perfil sociodemográfico e clínico dos bebês de zero a 36 meses que foram levados por seus pais ou responsáveis para psicoterapia em uma clínica-escola em saúde mental de Porto Alegre. MÉTODO: Realizou-se um estudo documental de revisão de prontuários dos pacientes atendidos entre maio de 2009 a maio de 2016. Os responsáveis pelos pacientes que chegaram à instituição nesse período responderam uma ficha sociodemográfica, abarcando dados sobre a criança e seu contexto, e o Child Behavior Checklist (CBCL), versão de 1½ a 5 anos de idade. Incluíram-se no estudo todos os bebês triados na clínica-escola e suas respectivas famílias (n=25). RESULTADOS: Grande parte dos pacientes cujas famílias procuraram atendimento já tinham completado 2 anos de idade (92%), e pouco mais da metade desses bebês residiam com ambos os pais (52%). Profissionais da área da saúde foram a principal fonte de encaminhamento (44%), seguidos das famílias dos bebês (28%) e das escolas que frequentam (24%). Os motivos de busca para atendimento mais encontrados foram comportamento agressivo (36%), problemas de atenção (20%) e ansiedade/depressão (16%). A partir dos resultados do CBCL, identificou-se que 48% dos bebês apresentaram escore clínico em sua média total, 44% apresentaram escore clínico para problemas internalizantes e 36% para problemas externalizantes. CONCLUSÃO: Ressalta-se a necessidade de popularizar os conhecimentos acerca da saúde mental dos bebês.(AU)
OBJECTIVE: To describe the demographic and clinical profile of babies from zero to 36 months old assisted in a mental health school-clinic in Porto Alegre. METHOD: A documentary research with the clinical records of patients, assisted from May 2009 to May 2016, was performed. Those responsible for the children, who sought the institution during this period, answered a demographic form, covering aspects of the child and its context, as well as the Child Behavior Checklist 1.5-5 (CBCL/1.5-5). All the babies screened in the school-clinic and their respective families (n=25) were included in this study. RESULTS: A great quantity of patients whose families sought treatment were already two years old (92%), and more than half of them lived with both their parents (52%). Health professionals were the main referral source (44%), followed by the babies' families (28%) and the schools they attended (24%). The most common reported complaints were regarding aggressive behavior (36%), attention problems (20%) and anxiety/depression (16%). According to the CBCL results, it was identified that 48% of the babies presented a clinical score for Total Problems, while 44% had clinical ratings for internalizing problems and 36% had clinical ratings for externalizing problems. CONCLUSION: The need to highlight and popularize the knowledge on babies' mental health.(AU)