RESUMO
Introdução: Distúrbios respiratórios obstrutivos (DRO) são frequentes em crianças e têm como sua principal causa a hipertrofia das tonsilas. A enurese noturna tem sido associada aos DRO, causando assim importante impacto psicossocial. Objetivo: Avaliar a associação entre enurese e DRO em crianças e sua possível melhora após adenoidectomia e/ou tonsilectomia. Métodos: Foram estudadas 138 crianças do Ambulatório de Distúrbios do Sono, com idade entre 5 e 12 anos, com indicação de adeno e/ou tonsilectomia por DRO. Foram analisadas variáveis como: sexo, idade e presença de enurese. As crianças foram reavaliadas três a seis meses após o tratamento cirúrgico. Resultado: Dentre as 138 crianças, 31 (22,5%) apresentavam enurese noturna. Houve predomínio na faixa etária de cinco a sete anos, com distribuição igual entre os gêneros. Houve melhora da enurese em 21 (67,7%) dos pacientes após o procedimento cirúrgico, em sete (70%) das dez crianças nas quais persistiu a enurese, também houve persistência dos roncos. Conclusão: A enurese noturna é frequente em crianças com DRO e pode ter melhora após tratamento da causa da obstrução respiratória, sugerindo interação entre SAOS e enurese noturna.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Criança , Doenças Respiratórias/cirurgia , Doenças Respiratórias/patologia , Enurese Noturna/etiologia , TonsilectomiaRESUMO
O trauma facial apresenta incidência crescente nas últimas quatro décadas, principalmente devido ao aumento dos acidentes automobilísticos e da violência urbana, que continuam sendo as principais causas desses traumatismos em indivíduos jovens. OBJETIVO: Estudar as características da população vítima de trauma facial através das variáveis sexo, idade, profissão, tipo de fratura e suas causas. FORMA DE ESTUDO: clínico retrospectivo com coorte transversal. MAETERIAL E MÉTODO: Estudo retrospectivo por consulta a prontuários de 513 pacientes vítimas de trauma facial. RESULTADOS: Houve maior incidência de trauma de face em homens (84,9 por cento), brancos (82,7 por cento) e com idade média de 29 anos. Quanto à profissão, estudantes (16,6 por cento) e pedreiros (11,2 por cento) foram os mais acometidos. A mandíbula foi o local mais afetado (35 por cento), seguido do zigoma (24 por cento) e do nariz (23 por cento), sendo que a maioria dos pacientes tinha fratura única de face (81,5 por cento). Dentre as causas, destacaram-se os acidentes automobilísticos (28,3 por cento), agressões (21 por cento) e as quedas acidentais (19,5 por cento). CONCLUSÕES: Os acidentes automobilísticos continuam sendo a principal causa de trauma de face, principalmente de fraturas múltiplas devido à grande transmissão de energia cinética.