RESUMO
O isolamento social associado à pandemia da COVID-19, incluindo o fechamento de escolas, impactou diretamente nos hábitos diários de adolescentes. Desta maneira, o presente estudo objetivou analisar o nível de atividade física, tempo de tela e duração de sono de adolescentes antes e durante a COVID-19. Para tanto, realizou-se um estudo transversal, quantitativo, conduzido com 85 adolescentes com idades entre 14 a 18 anos, estudantes de um Instituto Federal. Os participantes responderam a questionários sociodemográfico, de nível de atividade física, tempo de tela e duração de sono. Os dados foram analisados por meio do Teste-T de Student pareado. O nível de significância adotado foi p<0,05. Os resultados revelaram que houve um aumento significativo na duração de sono nos dias de semana para meninas (p=0,001) e meninos (p=0,001) e no tempo de tela durante a pandemia para meninas (p=0,028) e meninos (p=0,004). Houve uma diminuição no nível de atividade física de meninas (p=0,025). Conclui-se que a pandemia da COVID-19, nos estudantes do Instituto Federal, aumentou a duração de sono e tempo de tela de adolescentes do sexo masculino e feminino, e diminuiu o nível de atividade física de meninas.
The social isolation associated with the COVID-19 pandemic, including school closures, directly impacted the daily habits of adolescents. Thus, the present study aimed to analyze the level of physical activity, screen time, and sleep duration of adolescents before and during COVID-19. Therefore, a cross-sectional, quantitative study was carried out with 85 adolescents aged 14 to 18 years, students at a Federal Institute. Participants answered questionnaires on sociodemographic data, physical activity level, screen time, and sleep duration. Data were analyzed using the paired Student's T-Test. The significance level adopted was p<0.05. The results revealed that there was a significant increase in sleep duration on weekdays for girls (p=0.001) and boys (p=0.001) and in screen time during the pandemic for girls (p=0.028) and boys (p= 0.004). There was a decrease in the level of physical activity of girls (p=0.025). It is concluded that, among the students at this Federal Institute, the COVID-19 pandemic increased the sleep duration and screen time of male and female adolescents and decreased the level of physical activity of girls.
RESUMO
INTRODUCTION: ADHD probably affects more than 50% of schoolchildren, yet although characteristics such as inattention and/or hyperactivity and impulsiveness are clear, electrophysiological brain behavior during motor activity is not fully understood. OBJECTIVE: To investigate alpha, beta, and SMR band patterns on the EEG in children with Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) during attention-demanding motor skills tasks. METHODS: Fourteen children with a mean age of 9.64±1.74 years divided into diagnosed and undiagnosed with ADHD underwent an EEG at rest and during task performance with attentional demand. Alpha, SMR and beta waves were observed on the EEG. Data were evaluated using the Shapiro-Wilk test in order to determine data normality. ONE WAY ANOVA and Tukey's post hoc tests were used to determine intragroup and intergroup differences, and the Pearson (r) and Spearman (p) correlations were used to determine correlations. All treatments had a significance of 5%. RESULTS: The ADHD and N-ADHD groups showed no difference in cortical alpha, beta and SMR bands at rest, but there were differences in cortical behavior during activity. The cortical activity correlation coefficient (0.30) differed from undiagnosed children (0.70). CONCLUSION: The ADHD group had a low correlation coefficient between rest and activity, contrary to the N-ADHD group. In the intergroup comparison, ADHD had higher alpha, beta and SMR band output power during the same high attentional task when compared with N-ADHD. Level of Evidence III.
INTRODUÇÃO: O TDAH afeta, provavelmente, mais de 50% crianças em idade escolar, porém, embora características como falta de atenção e/ou hiperatividade e impulsividade sejam claras, o comportamento eletrofisiológico do cérebro durante atividades motoras não é bem entendido. OBJETIVO: Investigar o padrão das bandas Alfa, Beta e SMR no EEG de crianças com transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), durante tarefas motrizes com alta demanda de atenção. MÉTODOS: Catorze crianças com média de idade de 9,64 ± 1,74 anos, divididas nos grupos diagnosticadas e não diagnosticadas com TDAH, realizaram EEG em repouso e durante o desempenho de tarefa com demanda de atenção. As ondas Alfa, SMR e Beta foram observadas no EEG. Os dados foram avaliados pelo teste de Shapiro-Wilk para determinar a normalidade dos dados. Os teste ANOVA one-way e post hoc de Tukey foram usados para determinar as diferenças intragrupo e intergrupo, e a correlação de Pearson (r) e Spearman (p) foram usadas para determinar as correlações. Todos os tratamentos tiveram significância de 5%. RESULTADOS: Os grupos TDAH e N-TDAH não apresentaram diferença na banda cortical Alfa, Beta e SMR em repouso, porém, durante a atividade, constataram-se diferenças do comportamento cortical. O índice de correlação da atividade cortical (0,30) foi diferente nas crianças não diagnosticadas (0,70). CONCLUSÃO: O grupo TDAH apresentou baixo índice de correlação entre repouso e atividade, diferentemente do grupo N-TDAH. Na comparação intergrupos, o TDAH apresentou maior potência de saída da banda Alfa, Beta e SMR durante a mesma tarefa de alta atenção em comparação com o N-TDAH. Nível de Evidência III.
INTRODUCCIÓN: El TDAH afecta probablemente a más del 50% de los escolares, pero aunque las características como la falta de atención y/o la hiperactividad e impulsividad sean entendidas como comportamiento electrofisiológico del cerebro durante las actividades motoras, esto no es bien entendido. OBJETIVO: investigar el patrón de las franjas de Alfa, Beta y SMR en el EEG en niños con trastorno de déficit de atención y de Hiperactividad (TDAH), durante tareas motrices con altas demandas de atención. MÉTODOS: catorce niños con promedio de edad de 9,64 ± 1,74 años, divididos en diagnosticados y no diagnosticados con TDAH, realizaron EEG durante el reposo y desempeño de la tarea motriz con alta demanda de atención. Las ondas Alfa, SMR y Beta se observaron en el EEG. Los datos fueron evaluados por el test de Shapiro-Wilk para determinar la normalidad. ANOVA ONE WAY y el test de Tukey fueron utilizados para determinar las diferencias intragrupo e intergrupo, así como también la correlación de Pearson (r) y Spearman (p) fueron usadas para determinar las correlaciones. Todos los tratamientos tuvieron un nivel de significancia del 5%. RESULTADOS: El TDAH y el N-TDAH no presentaron diferencias en la Franja Cortical Alfa, Beta y SMR durante el reposo, no obstante, al estar en actividad, el comportamiento cortical presentó diferencias. El índice de correlación de la actividad cortical (0,30) fue diferente de niños no diagnosticados (0,70). CONCLUSIONES: El TDAH presentó un bajo índice de correlación entre reposo y actividad, a diferencia del N-TDAH. En la comparación intergrupos, el TDAH presentó mayor potencia de salida de la franja Alfa, Beta y SMR durante la misma tarea de alta atención, en comparación con el N-TDAH. Nivel de Evidencia III.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Criança , Desempenho Psicomotor , Atenção/fisiologia , Transtorno do Deficit de Atenção com Hiperatividade/diagnóstico , Transtorno do Deficit de Atenção com Hiperatividade/psicologia , Eletroencefalografia/métodos , Ondas Encefálicas , Atividade Motora/fisiologia , Estudos Transversais , Análise de VariânciaRESUMO
OBJECTIVE: to evaluate the relationship between levels of physical activity, fatigue and quality of life (QOL) in women diagnosed with breast cancer. METHODS: 215 women between the ages of 40 and 65 years were recruited at a cancer clinic. Physical activity levels were assessed by using the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), fatigue levels by using the revised Piper scale, and QOL by means of EORTC QLQ-C30 and WHOQOL-Bref. Statistical analysis was performed using Minitab statistical software, version 16. RESULTS: the mean age of subjects was 52.66 years (SD=8.6); patients were mostly white (58.14%) and overweight (55.81%). Most women were fatigued (72.09%) while physically active women showed lower symptoms of fatigue (p<0.001). Mean scores for QOL were significantly lower among fatigued women (p<0.001). More active women scored higher on all scales of QOL (EORTC), especially for functional capacity (p<0.001), compared with the sedentary patients. A significant association was found between level of physical activity and overall QOL (WHOQOL-Bref) for all domains (p<0.001). Climacteric symptoms ranged from mild to strong and did not show any statistically significant results; however, the most active women had the fewest symptoms. CONCLUSION: physical activity appears to positively influence fatigue and QOL in women diagnosed with breast cancer.
Assuntos
Neoplasias da Mama/fisiopatologia , Exercício Físico/fisiologia , Fadiga/fisiopatologia , Qualidade de Vida , Adulto , Idoso , Neoplasias da Mama/terapia , Estudos Transversais , Feminino , Humanos , Pessoa de Meia-Idade , Atividade Motora/fisiologia , Comportamento Sedentário , Fatores Socioeconômicos , Estatísticas não Paramétricas , Inquéritos e Questionários , Fatores de TempoRESUMO
SUMMARY Objective: to evaluate the relationship between levels of physical activity, fatigue and quality of life (QOL) in women diagnosed with breast cancer. Methods: 215 women between the ages of 40 and 65 years were recruited at a cancer clinic. Physical activity levels were assessed by using the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), fatigue levels by using the revised Piper scale, and QOL by means of EORTC QLQ-C30 and WHOQOL-Bref. Statistical analysis was performed using Minitab statistical software, version 16. Results: the mean age of subjects was 52.66 years (SD=8.6); patients were mostly white (58.14%) and overweight (55.81%). Most women were fatigued (72.09%) while physically active women showed lower symptoms of fatigue (p<0.001). Mean scores for QOL were significantly lower among fatigued women (p<0.001). More active women scored higher on all scales of QOL (EORTC), especially for functional capacity (p<0.001), compared with the sedentary patients. A significant association was found between level of physical activity and overall QOL (WHOQOL-Bref) for all domains (p<0.001). Climacteric symptoms ranged from mild to strong and did not show any statistically significant results; however, the most active women had the fewest symptoms. Conclusion: physical activity appears to positively influence fatigue and QOL in women diagnosed with breast cancer.
RESUMO Objetivo: avaliar a relação entre os níveis de atividade física, fadiga e qualidade de vida (QV) em mulheres diagnosticadas com câncer de mama. Métodos: foram selecionadas 215 mulheres com idades entre 40 e 65 anos selecionadas em um hospital de referência para tratamento de câncer de mama, no estado do Rio Grande do Norte, Brasil. Os níveis de atividade física foram avaliados por meio do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), a fadiga por meio da escala de Piper revisada, e a QV por meio do EORTC-QLQ-C30 e WHOQOL-Breaf. A análise estatística foi realizada utilizando o software estatístico Minitab, versão 16. Resultados: a idade média dos participantes foi de 52,66 anos (DP = 8,6), em sua maioria brancas (58,14%) e classificadas com sobrepeso (55,81%). Detectou-se alta prevalência de fadiga (72,09%), enquanto as mulheres fisicamente ativas apresentaram sintomas mais baixos de fadiga (p<0,001). Os escores médios de qualidade de vida foram significativamente menores para as mulheres sedentárias (p<0,001). Mulheres mais ativas apresentaram escores mais altos de QV (EORTC), principalmente na capacidade funcional (p<0,001), quando comparadas com as sedentárias. Foi encontrada uma associação significativa entre nível de atividade física e qualidade de vida global (WHOQOL-Bref) para todos os domínios (p<0,001). Sintomas climatéricos variaram de leve a forte intensidade e não apresentaram resultados estatisticamente significativos, porém as mulheres mais ativas apresentaram menor número de sintomas. Conclusão: Mulheres com níveis mais altos de atividade física apresentaram menos sintomas de fadiga e escores mais altos de qualidade de vida.
Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Idoso , Qualidade de Vida , Neoplasias da Mama/fisiopatologia , Exercício Físico/fisiologia , Fadiga/fisiopatologia , Fatores Socioeconômicos , Fatores de Tempo , Neoplasias da Mama/terapia , Estudos Transversais , Inquéritos e Questionários , Estatísticas não Paramétricas , Comportamento Sedentário , Pessoa de Meia-Idade , Atividade Motora/fisiologiaRESUMO
OBJECTIVE: To investigate the relationship between physical activity level and sexual function in middle-aged women. METHODS: A cross-sectional study with a sample of 370 middle-aged women (40-65 years old), treated at public health care facilities in a Brazilian city. A questionnaire was used containing enquiries on sociodemographic, clinical and behavioral characteristics: the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), short form, and the Female Sexual Function Index (FSFI). RESULTS: The average age of the women studied was 49.8 years (± 8.1), 67% of whom exhibited sexual dysfunction (FSFI ≤ 26.55). Sedentary women had a higher prevalence (78.9%) of sexual dysfunction when compared to active (57.6%) and moderately active (66.7%) females (p = 0.002). Physically active women obtained higher score in all FSFI domains (desire, arousal, lubrication, orgasm, satisfaction and pain) and total FSFI score (20.9), indicating better sexual function than their moderately active (18.8) and sedentary (15.6) counterparts (p <0.05). CONCLUSION: Physical activity appears to influence sexual function positively in middle-aged women.
Assuntos
Atividade Motora , Disfunções Sexuais Fisiológicas/psicologia , Sexualidade/psicologia , Adulto , Idoso , Animais , Estudos Transversais , Escolaridade , Feminino , Humanos , Menopausa/fisiologia , Pessoa de Meia-Idade , Comportamento Sedentário , Inquéritos e QuestionáriosRESUMO
Objective To investigate the relationship between physical activity level and sexual function in middle-aged women. Methods A cross-sectional study with a sample of 370 middle-aged women (40-65 years old), treated at public health care facilities in a Brazilian city. A questionnaire was used containing enquiries on sociodemographic, clinical and behavioral characteristics: the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), short form, and the Female Sexual Function Index (FSFI). Results The average age of the women studied was 49.8 years (± 8.1), 67% of whom exhibited sexual dysfunction (FSFI ≤ 26.55). Sedentary women had a higher prevalence (78.9%) of sexual dysfunction when compared to active (57.6%) and moderately active (66.7%) females (p = 0.002). Physically active women obtained higher score in all FSFI domains (desire, arousal, lubrication, orgasm, satisfaction and pain) and total FSFI score (20.9), indicating better sexual function than their moderately active (18.8) and sedentary (15.6) counterparts (p <0.05). Conclusion Physical activity appears to influence sexual function positively in middle-aged women. .
Objetivo Avaliar uma possível relação existente entre a prática de atividade física e a função sexual em mulheres de meia idade. Métodos Estudo de corte transversal com 370 mulheres entre 40 e 65 anos, atendidas em unidades públicas de saúde em uma cidade brasileira de médio porte. Foi utilizado questionário para avaliar características sociodemográficas, clinicas e comportamentais, o IPAQ (International Physical Activity Questionnaire) para avaliar nível de atividade física e o FSFI (Female Sexual Function Index) para avaliar sexualidade. Resultados A média de idade das mulheres estudadas foi de 49.8 anos (± 8.1), 67% delas apresentaram algum grau de disfunção sexual (FSFI ≤ 26.55). Mulheres sedentárias apresentaram maior prevalência de disfunção sexual (78.9%) quando comparadas as mulheres ativas (57.6%) e moderadamente ativas (66.7%) (p = 0.002). Mulheres fisicamente ativas obtiveram maiores escores do FSFI total (20.9) e em todos os domínios (desejo, excitação, lubrificação, orgasmo, satisfação e dor) quando comparadas as moderadamente ativas com escore total de 18,8 e sedentárias de 15,6 (p <0.05), indicando melhor função sexual das fisicamente ativas quando comparadas as sedentárias. Conclusão A atividade física parece influenciar favoravelmente a função sexual de mulheres de meia idade. .
Assuntos
Adulto , Idoso , Animais , Feminino , Humanos , Pessoa de Meia-Idade , Atividade Motora , Disfunções Sexuais Fisiológicas/psicologia , Sexualidade/psicologia , Estudos Transversais , Escolaridade , Menopausa/fisiologia , Inquéritos e Questionários , Comportamento SedentárioRESUMO
PURPOSE: To evaluate the influence of climacteric symptoms on the sexual function in middle-aged women. METHODS: A cross-sectional population study was conducted on a sample of 370 middle-aged women, aged 40 to 65 years-old, cared for at the Basic Health Units in Natal, in the state of Rio Grande do Norte, Brazil. We used a questionnaire containing questions on sociodemographic, clinical, and behavioral characteristics. Sexual function was evaluated by the Female Sexual Function Index (FSFI), while the menopause symptoms by the Menopause Rating Scale (MRS). RESULTS: In the studied group, 67% of the women reported risk for sexual dysfunction (FSFI≤26.5). All FSFI domains (desire, arousal, lubrication, orgasm, satisfaction, and pain) were lower in women with risk for sexual dysfunction (p<0.001). The arousal, orgasm, and pain domains were most likely to contribute to lower FSFI scores. All somatovegetative, urogenital, and psychological MRS symptoms were more elevated in women with risk for sexual dysfunction, being significant for all comparisons (p<0.001). Logistic regression analysis revealed that the likelihood of women with risks of sexual dysfunction to present hot flushes, depression, sexual problems, and vaginal dryness was, respectively, 2.1 (95%CI 1.2 - 3.5); 2.4 (95%CI 1.5 - 4.1); 2.3 (95%CI 1.4 - 3.8), and 2.2 (95%CI 1.3 - 3.6) times higher, respectively, compared to those without any risk. CONCLUSION: Climacteric symptoms seem to influence the sexual function in middle-aged women.
Assuntos
Menopausa/fisiologia , Disfunções Sexuais Fisiológicas/etiologia , Adulto , Idoso , Estudos Transversais , Feminino , Humanos , Pessoa de Meia-IdadeRESUMO
OBJETIVO: Avaliar a influência dos sintomas climatéricos na função sexual de mulheres de meia-idade. MÉTODOS: Estudo populacional de corte transversal, com amostra de 370 mulheres entre 40 e 65 anos, atendidas nas Unidades Básicas de Saúde da cidade de Natal, no estado do Rio Grande do Norte, Brasil. Aplicou-se um questionário referente s características sociodemográficas, clínicas e comportamentais das mulheres. A função sexual foi avaliada pelo Female Sexual Function Index (FSFI), enquanto os sintomas do climatério pelo Menopause Rating Scale (MRS). RESULTADOS: No grupo estudado, 67% das mulheres apresentaram risco de disfunção sexual (FSFI≤26,5). Todos os domínios do FSFI (desejo, excitação, lubrificação, orgasmo, satisfação e dor) apresentaram escores mais baixos nas mulheres com risco de disfunção sexual (p<0,001). Os domínos excitação, orgasmo e dor foram os que mais contribuíram para os baixos escores do FSFI. Os sintomas somatovegetativos, urogenitais e psicológicos do MRS apresentaram-se mais elevados nas mulheres com risco de disfunção sexual, sendo significativos para todas as comparações (p<0,001). A análise de regressão logística revelou que as chances de mulheres com riscos de disfunção sexual apresentarem fogachos, humor depressivo, problemas sexuais e ressecamento vaginal foram, respectivamente, 2,1 (IC95% 1,2 - 3,5); 2,4 (IC95% 1,5 - 4,1); 2,3 (IC95% 1,4 - 3,8) e 2,2 (IC95% 1,3 - 3,6) vezes maior, quando comparadas quelas sem risco. CONCLUSÃO: Os sintomas climatéricos parecem influenciar a função sexual de mulheres na meia-idade.
PURPOSE: To evaluate the influence of climacteric symptoms on the sexual function in middle-aged women. METHODS: A cross-sectional population study was conducted on a sample of 370 middle-aged women, aged 40 to 65 years-old, cared for at the Basic Health Units in Natal, in the state of Rio Grande do Norte, Brazil. We used a questionnaire containing questions on sociodemographic, clinical, and behavioral characteristics. Sexual function was evaluated by the Female Sexual Function Index (FSFI), while the menopause symptoms by the Menopause Rating Scale (MRS). RESULTS: In the studied group, 67% of the women reported risk for sexual dysfunction (FSFI≤26.5). All FSFI domains (desire, arousal, lubrication, orgasm, satisfaction, and pain) were lower in women with risk for sexual dysfunction (p<0.001). The arousal, orgasm, and pain domains were most likely to contribute to lower FSFI scores. All somatovegetative, urogenital, and psychological MRS symptoms were more elevated in women with risk for sexual dysfunction, being significant for all comparisons (p<0.001). Logistic regression analysis revealed that the likelihood of women with risks of sexual dysfunction to present hot flushes, depression, sexual problems, and vaginal dryness was, respectively, 2.1 (95%CI 1.2 - 3.5); 2.4 (95%CI 1.5 - 4.1); 2.3 (95%CI 1.4 - 3.8), and 2.2 (95%CI 1.3 - 3.6) times higher, respectively, compared to those without any risk. CONCLUSION: Climacteric symptoms seem to influence the sexual function in middle-aged women.
Assuntos
Adulto , Idoso , Feminino , Humanos , Pessoa de Meia-Idade , Menopausa/fisiologia , Disfunções Sexuais Fisiológicas/etiologia , Estudos TransversaisRESUMO
OBJETIVO: Avaliar o impacto da prática de atividade física na qualidade de vida de mulheres de meia idade. MÉTODOS: Estudo de base populacional e corte transversal, que incluiu uma amostra estratificada de 370 mulheres de meia idade entre 40 a 65 anos, recrutadas a partir de uma população de 20.801 mulheres atendidas no período de um ano nas redes básicas de saúde, inseridas nos quatro distritos (Norte, Sul, Leste e Oeste) que compõem o sistema de saúde da cidade de Natal, Rio Grande do Norte, de junho a setembro de 2011. O cálculo da amostra teve por base um nível de confiança de 95 por cento, com poder do teste de 80 por cento, erro de estimativa de 5 por cento e considerou-se a proporção de pacientes classificadas com qualidade de vida adequada (indicador >26) da amostra piloto. Os dados foram coletados enquanto as mulheres aguardavam na sala de espera para a consulta de rotina. Para avaliar a qualidade de vida geral, utilizou-se a versão abreviada do WHOQOL (WHOQOL-Bref-WHO Quality of Life - BREF), e sua relação com os sintomas do climatério foi avaliada por meio do Menopause Rating Scale (MRS). O nível de atividade física foi avaliado pelo questionário International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), versão curta, semana usual. Para obter-se a classificação dos níveis de atividade física, utilizaram-se três categorias: sedentária, moderadamente ativa e muito ativa. A análise estatística foi realizada utilizando o programa estatístico Minitab, versão 16. RESULTADOS: A média de idade das mulheres foi de 49,8 anos (±8.1), foram predominantemente caucasianas (72,7 por cento), casadas (61,6 por cento), não fumantes (93,5 por cento) e com o Ensino Médio completo (47,8 por cento). Considerando os domínios presentes no WHOQOL-Bref para avaliar qualidade de vida, os escores foram significativamente diferentes entre os grupos de mulheres sedentárias, moderadamente ativas e muito ativas (p<0,01). Em relação à atividade física e aos sintomas do climatério, foram observadas diferenças significativas para todos os domínios: psicológico (p<0,01), somático-vegetativo (p<0,01) e urogenital (p<0,01). CONCLUSÕES: A prática de atividade física melhora significativamente a qualidade de vida das mulheres de meia idade.
PURPOSE: To evaluate the influence of physical activity on the quality of life of middle-aged women. METHODS: A population-based cross-sectional study was conducted on 370 women aged 40 to 65 years-old recruited from a population-based sample. Enrollment took place in Basic Health Units in each health district of the city (North, South, East, and West) from June to September 2011. According to the Municipal Health Department of the City, 20,801 women were assisted at the Basic Health Units during a one-year period. The sample size calculation was stratified by district and based on a 95 percent confidence level with a power of 80 percent, as well as an error estimate of 5 percent and it was considered proportional to the number of patients classified as having adequate quality of life (indicator >26) in the general population. Data were collected while women waited for their routine appointment at the Health Unit. WHOQOL-Bref was used to evaluate the quality of life, and menopause rating scale (MRS) was used to determine climacteric symptoms. The level of physical activity was assessed by means of the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ). To obtain the classification of PA levels, we used three categories: sedentary, moderately active, and very active. Statistical analysis was performed using the Minitab software, version 16. RESULTS: The mean age of the subjects was 49.8 years-old (±8.1) and they were predominantly Caucasian (72.7 percent), married (61.6 percent), non-smokers (93.5 percent), and had High School education (47.8 percent). Using the WHOQOL, mean scores were found to be significantly different between the groups (low, moderate, and vigorous physical activity), classified according to the domains of quality of life (p<0.01). Concerning physical activity and climacteric symptoms, significant differences were found for all domains: psychological (p<0.01), vegetative-somatic (p<0.01), and urogenital (p<0.01). CONCLUSIONS: Physical activity improves quality of life in middle-aged women.
Assuntos
Adulto , Idoso , Feminino , Humanos , Pessoa de Meia-Idade , Atividade Motora , Qualidade de Vida , Estudos TransversaisRESUMO
This study had as objective to correlate the resistance of the carotid artery and the functional autonomy of old women. The resistance of the carotid artery was evaluated through the method called Doppler and the functional autonomy through tests related to daily activities (Protocol GDLAM). In the description of the data it was used measures of localization and dispersion. The internal right carotid resistance got mean and pattern deviation respectively (0.71 +/- 0.07) and functional autonomy mean and pattern deviation respectively (30.40 +/- 6.31). The coefficient of the correlation of Spearman showed a strong association between the variation of the study (r = 0.998; p = 0.000). The results suggest that the bigger the table of contents of the resistance of the carotid artery is the bigger will be the difficulty of execution of the daily life tasks.
Assuntos
Atividades Cotidianas , Artéria Carótida Interna/fisiologia , Resistência Vascular/fisiologia , Idoso , Feminino , Humanos , Pessoa de Meia-Idade , Estatísticas não ParamétricasRESUMO
Este estudo objetivou correlacionar resistência da artéria carótida e autonomia funcional de idosas. Avaliou-se a resistência da artéria carótida pelo método de ultra-som Doppler e a Autonomia Funcional por testes relacionados a atividades da vida diária (Protocolo GDLAM). Para a descrição dos dados, calculou-se média e desvio padrão, em que a resistência da carótida interna direita obteve respectivamente (0,71 ± 0,07) e o Índice geral de Autonomia Funcional apresentou (30,40 ± 6,31). O coeficiente de correlação de Spearman mostrou forte associação entre as variáveis do estudo (r = 0,998; p = 0,000). Os resultados sugerem que quanto maior o índice de resistência da artéria carótida, maior será a dificuldade de execução das tarefas da vida diária.
This study had as objective to correlate the resistance of the carotid artery and the functional autonomy of old women. The resistance of the carotid artery was evaluated through the method called Doppler and the functional autonomy through tests related to daily activities (Protocol GDLAM). In the description of the data it was used measures of localization and dispersion. The internal right carotid resistance got mean and pattern deviation respectively (0,71 ± 0,07) and functional autonomy mean and pattern deviation respectively (30,40 ± 6,31). The coefficient of the correlation of Spearman showed a strong association between the variation of the study (r = 0,998; p = 0,000). The results suggest that the bigger the table of contents of the resistance of the carotid artery is the bigger will be the difficulty of execution of the daily life tasks.
Este estudio objetivou correlacionar resistência de la arteria carótida interna derecha Y autonomía funcional de ancianas. Se evaluó la resistência de la arteria carótida por el método de ultra-sonido Doppler e a autonomia funcional a través de testes relacionados la actividad da vida diaria (Protocolo GDLAM). Em la descripción de los datos, se calculou media y desvío padrón, donde la resistência de la arteria carótida interna derecha tuvo respectivamente (0,71 ± 0,07) y em lo índice geral de la autonomía funcional fueron respectivamente (30,40 ± 6,31). Lo coeficiente de la correlación de Spearman mostrou fuerte associación entre las variables de el estudio (r = 0,998; p = 0,000). Los resultados sugerem que cuanto mayor lo índice de la resistência de la arteria carótida, mayor fuerón las dificuldades de execucusión de las actividad de la vida diaria.