RESUMO
Abstract Objectives: to analyze the frequency of anxiety, stress and depression in Brazilians during the COVID-19 pandemic period. Methods: cross-sectional study conducted with Brazilians during the COVID-19 pandemic. Data collection was performed via an online electronic form containing self-reported sociodemographic and mental health variables using the Depression, Anxiety and Stress Scale (DASS-21) using the snow-ball sampling technique. For the whole study, a significance level of 0.05 was considered, except for the application of the stepwise method, which considered a level of 0.2. Results: 1,775 people responded the survey, mostly women (78.07%), white (58.13%), single (45.78%), currently working (63.74%). 32.03% received psychotherapy or some type of emotional support before the pandemic, 19.03% had some psychiatric diagnosis and 8.49% started some support after the beginning of the pandemic. The mean scores investigated by the DASS-21 scale were 5.53869 for depression, 4.467334 for anxiety and 8.221202 for stress. Conclusions: during the COVID-19 pandemic, sociodemographic and mental health characteristics were mapped and in Brazilians and the symptoms of anxiety, depression and stress were identified mainly in women, single people, who did not currently work and already had some previous mental health symptom.
Resumo Objetivos: analisar a frequência de ansiedade, estresse e depressão em brasileiros no período da pandemia COVID-19. Métodos: estudo transversal, realizado com brasileiros durante a pandemia COVID-19. A coleta de dados foi realizada via formulário eletrônico online contendo variáveis sociodemográficas e de saúde mental autodeclaradas através da escala de depressão, ansiedade e estresse (DASS-21) utilizando a técnica snow-ball sampling. Para todo o estudo foi considerado um nível de significância de 0.05, salvo a aplicação do método stepwise que considerou um nível de 0.2. Resultados: 1.775 pessoas responderam à pesquisa, maioria mulheres (78,07%); brancos (58,13%); solteiros (45, 78%); trabalhando atualmente (63,74%). Faziam psicoterapia ou recebiam algum tipo de suporte emocional antes da pandemia 32,03%; 19,03% tinham algum diagnóstico psiquiátrico e 8,49% iniciaram algum suporte após o início da pandemia. As médias dos escores investigados pela escala DASS-21 foram: 5,53869 para depressão; 4,467334 para ansiedade e 8,221202 para estresse. Conclusão: na pandemia COVID-19 foram mapeadas características sociodemográficas e de saúde mental e em brasileiros e identificados sintomas de ansiedade, depressão e estresse principalmente em mulheres, pessoas solteiras, que não trabalham atualmente e já apresentavam algum sintoma de saúde mental anterior.
Assuntos
Humanos , Ansiedade/epidemiologia , Estresse Psicológico/epidemiologia , Depressão/epidemiologia , COVID-19/psicologia , COVID-19/epidemiologia , Isolamento Social , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Quarentena , Saúde Mental/estatística & dados numéricos , Inquéritos e QuestionáriosRESUMO
Introdução: O diagnóstico da infertilidade pode ser devastador na vida de um casal. Muitas mulheres inférteis percebem a situação como estigmatizante, causadora de sofrimento psíquico e isolamento social. O estudo objetivou determinar as variáveis econômicas, demográficas, interpessoais, sociais e também a prevalência de transtornos mentais comuns na população de mulheres atendidas nos ambulatórios de referência de esterilidade do Hospital Agamenon Magalhães, Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros eInstituto Materno Infantil de Pernambuco e encaminhadas ao Ambulatório de Saúde Mental em Reprodução Humana do Hospital Universitário Oswaldo Cruz. Método: A pesquisa foi transversal, durante o ano de 2007, com um total de 60 pacientes, que responderam a dois questionários autoaplicáveis: o Self-Reporting Questionnaire-20 (SRQ-20) e outro, formulado pela pesquisadora. Resultados: Das 60 mulheres pesquisadas, 55% tinham 31 anos ou mais. A prevalência total dos transtornos mentais comuns foi de53,3%, sendo que a ocorrência de transtornos mentais comuns foi bem mais elevada entre as que tinham 31 anos ou mais do que entre as que tinham até 30 anos (66,7 versus 37%). As que evitavam situações sociais que podiam causar desconforto emocional apresentaram maior incidência de transtornos mentais comuns. Conclusões: A prevalência dos transtornos mentais comuns e sua associação com enfrentamento social embasam a necessidade de atendimento interdisciplinar, incluindo profissionais de saúde mental. Nossos dados confirmam a importância do apoio social e da inclusão dos parceiros no processo de avaliação da infertilidade.
Introduction: A diagnosis of infertility may be devastating for a couple. Many infertile women perceive the situation as stigmatizing, a cause of psychic distress and social isolation. This study aimed at determining the economic, demographic, interpersonal, social and work variables and also the prevalence of common mental disorders in a population of women seen in reference hospitals for infertility (Hospital Agamenon Magalhães, Amaury de Medeiros Integrated Health Center and Instituto Materno Infantil de Pernambuco), and referred to the Mental Health in Human Reproduction Outpatient Clinic at Hospital Universitário Oswaldo Cruz. Method: This was a cross-sectional study conducted in 2007 with a total of 60 patients, who answered two self-eporting questionnaires: the Self-Reporting Questionnaire-20 (SRQ-20) and a questionnaire designed by the researcher. Results: Of the 60 women studied, 44% were aged 31 or older. The overall prevalence of common mental disorders was 53.3%. It was much more common in women aged 31 or older than in those aged 30 or less (66.7 vs. 37.0%). The patients who avoided social situations that could cause emotional discomfort presented a higher rate of common mental disorders.Conclusions: The prevalence of common mental disorders and their association with social coping underlies the need for an interdisciplinary approach, including mental health professionals. Our data confirm the importance of social support and the inclusion of the male partner in the infertility evaluation process.
RESUMO
A autora apresenta a observação clínica de alguns casais que receberam o diagnóstico de infertilidade e submeteram-se aos diversos tratamentos propostos, inclusive a reprodução assistida. É feito um paralelo com a dissociação proposta por Freud entre sexualidade, genitalidade e reprodução simbólica. Segundo a autora, alguns estudiosos contemporâneos como Sergé, Rivière, Birman, Khel, Bybdlowski e Winnicott, trouxeram contribuições significativas à compreensão do processo simbólico que, do seu ponto de vista, permeia todo o processo da reprodução assistida. Dificuldades com a feminilidade, maternidade, paternidade e com a relação com os profissionais envolvidos, quer sejam subjetivas ou tecnológicas, foram observadas em todas as etapas: do diagnóstico ao tratamento.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Gravidez , Adulto , Infertilidade , Relações Médico-Paciente , Reprodução , Técnicas de Reprodução AssistidaRESUMO
A autora apresenta a observação clínica de alguns casais que receberam o diagnóstico de infertilidade e submeteram-se aos diversos tratamentos propostos, inclusive a reprodução assistida. É feito um paralelo com a dissociação proposta por Freud entre sexualidade, genitalidade e reprodução simbólica. Segundo a autora, alguns estudiosos contemporâneos como Sergé, Rivière, Birman, Khel, Bybdlowski e Winnicott, trouxeram contribuições significativas à compreensão do processo simbólico que, do seu ponto de vista, permeia todo o processo da reprodução assistida. Dificuldades com a feminilidade, maternidade, paternidade e com a relação com os profissionais envolvidos, quer sejam subjetivas ou tecnológicas, foram observadas em todas as etapas: do diagnóstico ao tratamento.(AU)
Assuntos
Gravidez , Adulto , Humanos , Masculino , Feminino , Infertilidade , Reprodução , Relações Médico-Paciente , Técnicas de Reprodução AssistidaRESUMO
A histeria foi o ponto sintomatico a partir do qual Freud comecou a pensar a psicanalise. A feminilidade aparece ao final da sua obra como ponto enigmatico nao desvendado, tornando-se fonte de pesquisa e aperfeicoamento constantes. A pos-modernidade apresenta-nos uma demanda clinica que nos faz confrontar com a incompletude de respostas na obra freudiana e nos instiga a retomar os pontos enigmaticos em aberto, permitindo-nos construir novos pressupostos para a transmissao psicanalitica. Tomaremos a feminilidade como um modelo paradigmatico para pensarmos a transmissao psicanalitica e os sintomas apresentados pela clinica contemporanea. As depressoes, as infertilidades, os casais que procuram a reproducao assistida e a adocao, sao demandas frequentes em nossos consultorios, assim como observamos a improdutividade e a cristalizacao tornarem-se sintomas no interior das instituicoes psicanaliticas. Estas manifestacoes sintomaticas instigam a psicanalise a ouvir o emergente do discurso da pos-modernidade e a criar uma plasticidade que permita compreender e acompanhar o sujeito da pos-modernidade.
Assuntos
Feminilidade , Depressão , Psicanálise , Feminilidade , PsicanáliseRESUMO
Depêndencia a benzodiazepínicos pode ocorrer em funçäo de sua utilizaçäo terapêutica. Apesar de proporcionarem maior segurança do que os barbitúricos, a literatura, sobretudo dos últimos cinco anos, tem relatado vários distúrbios associados ao mau uso ou dependência a estes produtos. O Triazolam tem sido o mais incriminado. Fatores de personalidade, situaçäo social precaria, más condiçöes de assistência médica e automedicaçäo agravam o problema, aumentando o risco da populaçäo. A dependência está associada a dois fatores principais: longa utilizaçäo e altas doses do produto. Sugestöes que visem o máximo de efeito terapêutico com o mínimo de risco para o paciente incluem uma rigorosa avaliaçäo clínico-diagnóstica, conhecimento do perfil farmacocinético do produto, estabelecimento dos objetivos e da duraçäo do tratamento
Assuntos
Humanos , Benzodiazepinas , Transtornos Relacionados ao Uso de Substâncias/prevenção & controleRESUMO
Dependencia a benzodiazepinicos pode ocorrer em funcao de sua utilizacao terapeutica. Apesar de proporcionarem maior seguranca do que os barbituricos, a literatura, sobretudo dos ultimos cinco anos, tem relatado varios disturbios associados ao mau uso ou dependencia a estes produtos. O Triazolam tem sido o mais incriminado. Fatores de personalidade, situacao social precaria, mas condicoes de assistencia medica e automedicacao agravam o problema, aumentando o risco da populacao. A dependencia esta associada a dois fatores principais: longa utilizacao e altas doses do produto. Sugestoes que visem o maximo de efeito terapeutico com o minimo de risco para o paciente incluem uma rigorosa avaliacao clinico-diagnostica, conhecimento do perfil farmacocinetico do produto, estabelecimento dos objetivos e da duracao do tratamento.