RESUMO
A depressäo após o infarto do miocárdio é fator de piora do prognóstico, aumentando a mortalidade em 3,5 vezes. Os mecanismos provavelmente envolvidos compreendem a reduçäo da variabilidade da frequência cardíaca e o aumento da agregaçäo plaquetária, verificados na depressäo e amplificados em caso de isquemia coronariana. O diagnóstico destes pacientes é frequentemente negligenciado e o uso rotineiro de escalas de auto-avaliaçäo para depresäo em infartados é recomendado. O tratamento com inibidores de recaptaçäo da serotonina parece reverter alguns dos marcadores de risco e säo praticamente desprovidos de efeitos secundários ao nível cardiovascular sendo sugeridos como antidepressores de primeira escolha. A partir do exposto, o estudo, a detecçäo e o tratamento da depressäo pós-infarto passam a ser de fundamental importância para a sobrevivência dos pacientes
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Depressão/epidemiologia , Depressão/etiologia , Infarto do Miocárdio/complicações , Infarto do Miocárdio/diagnóstico , Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina/uso terapêuticoRESUMO
A depressao apos o infarto do miocardio e fator de piora do prognostico, aumentando a mortalidade em 3,5 vezes. Os mecanismos provavelmente envolvidos compreendem a reducao da variabilidade da frequencia cardiaca e o aumento da agregacao plaquetaria, verificados na depressao e amplificados em caso de isquemia coronariana. O diagnostico destes pacientes e frequentemente negligenciado e o uso rotineiro de escalas de auto-avaliacao para depressao em infartados e recomendado. o tratamento com inibidores de recaptacao da serotonina parece reverter alguns dos marcadores de risco e cardiovascular sendo sugeridos como antidepressores de primeira escolha. A partir do exposto, o estudo, a deteccao e o tratamento da depressao pos-infarto passam a ser de fundamental importancia para a sobrevivencia dos pacientes.