RESUMO
Neste artigo apresentaremos os resultados de um estudo sobre termos empregados para indicar cores na língua indígena Shanenawa da família Pano. O objetivo do referido estudo é tentar classificar esses termos de acordo com a escala evolutiva proposta por Berlin e Kay no contexto do universalismo semântico cognitivo. Na apresentação, descreveremos em linhas gerais as perspectivas teóricas do problema, enfatizando-se a controvérsia relativismo lingüístico/universalismo semântico cognitivo e, na seqüência, será dada previamente a nomenclatura usada no estudo. Os resultados mostrarão que a língua Shanenawa, bem como outras representantes da família Pano, não podem ser classificadas evolutivamente nesse esquema e que a evolução proposta por Berlin e Kay não segue, pelo menos no concernente às línguas dessa família, a mesma linha do tempo que a evolução lingüística.