RESUMO
Introdução: O comportamento alimentar é capaz de desenvolver proteção ou risco para distúrbios alimentares, obesidade e doenças crônicas. Objetivo: Investigar instrumentos recentes válidos para avaliar o comportamento alimentar de crianças e adolescentes. Métodos: Revisão bibliográfica, através de busca de artigos nas bases de dados eletrônicas Scielo, LILACS e PubMed, correspondente ao período de 2014 a 2018. Os descritores utilizados foram "instrumento validado", "instrumento comportamento alimentar adolescentes", "instrumento comportamento alimentar crianças", "instrument validation", "eating behavior children", "eating behavior adolescent". Resultados: Obtiveram-se 14 instrumentos, que são capazes de detectar: comportamento alimentar de indivíduos com doenças como diabetes, autismo, transtorno alimentar, obesidade; aspectos sociais, familiares e de cuidadores do comportamento alimentar; atitudes alimentares transtornadas; autorregulação e controle de peso. Conclusão: Há instrumentos passíveis de aplicação para a população de crianças e adolescentes brasileiros. Sugere-se que a identificação precoce das referidas condições irá permitir intervenções para minimizar os danos nessa população. (AU)
Introduction: Eating behavior enables protection or risk for eating disorders, obesity, and chronic diseases. Objective: To investigate current valid tools used to evaluate the eating behavior of children and adolescents. Methods: Bibliographic review of articles published from 2014 to 2018 in the electronic databases Scielo, LILACS, and Pubmed. The descriptors used were "instrumento validado", "instrumento comportamento alimentar adolescentes", "instrumento comportamento alimentar crianças", "instrument validation", "eating behavior children", "eating behavior adolescent". Results: A total of 14 tools was found, able to detect eating behavior of subjects with diseases such as diabetes, autism, eating disorder, obesity; social, family and caregiver aspects of food behavior; disordered eating attitudes; self-regulation and weight control. Conclusion: There are tools that can be applied to the Brazilian population of children and adolescents. We suggest that the early identification of these issues will enable interventions to minimize damages in this population. (AU)
Assuntos
Comportamento Alimentar , Saúde da Criança , Saúde do Adolescente , Alimentos, Dieta e NutriçãoRESUMO
Introdução: O objetivo principal é avaliar o comportamento alimentar de recémnascidos (RN) pequenos (PIG) e grandes (GIG) para a idade gestacional através de questionário específico e comparar com RN adequados para a idade gestacional (AIG) com 1 mês de vida. Métodos: É um estudo de coorte, cuja primeira fase consistiu na realização de uma entrevista com mães que tiveram seus filhos a termo no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Dados perinatais foram coletados de prontuários eletrônicos. Na segunda fase do estudo, após 1 mês do nascimento, foi aplicado o Questionário sobre Comportamento Alimentar do Bebê (Baby Eating Behaviour Questionnaire, BEBQ) através de contato telefônico. Resultados: Foram avaliados 126 RN (43 AIG, 43 PIG e 41 GIG). Foi observada uma maior escolaridade em mães de RN PIG (p=0,004) e uma menor prevalência de aleitamento materno exclusivo até a alta hospitalar em RN GIG (p=0,002). A análise de variância não encontrou diferença significativa entre os grupos em relação aos domínios do BEBQ, mesmo quando corrigidos por sexo do RN. Conclusão: O estudo demonstrou que alterações do comportamento alimentar ainda não estão presentes com 1 mês de vida, sugerindo que não são inatas, e sim desenvolvidas com o passar do tempo. O estudo está limitado a avaliações de crescimento baseadas em registros de terceiros. (AU)
Introduction: The main purpose of this paper was to evaluate the feeding behavior of infants born small and large for gestational age (SGA and LGA, respectively) using a specific questionnaire and to compare them with infants born adequate for gestational age (AGA) at 1 month of age. Methods: The first phase of this cohort study consisted of an interview with mothers whose babies were born at term at Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Perinatal data were collected from electronic medical records. In the second phase of the study, at 1 month of birth, the Baby Eating Behaviour Questionnaire (BEBQ) was administered through telephone interview. Results: A total of 126 infants (43 AGA, 43 SGA and 41 LGA) with a mean gestational age of 39.4 weeks were assessed. A higher level of education was observed in mothers of SGA infants (p = 0.004) and a lower prevalence of exclusive breastfeeding in the LGA group (p = 0.002). The analysis of variance found no significant difference between the groups in any of the BEBQ domains, even when corrected for sex of the baby. Conclusions: This study demonstrated that changes in feeding behavior are not yet present at 1 month of age, suggesting that they are not innate, but rather developed over time. The study is limited to growth assessments based on third-party records. (AU)