RESUMO
Este trabalho relata cinco casos de meningite criptocócica, em crianças com AIDS, atendidas em 1995, no Hospital Municipal Jesus - Rio de Janeiro. A idade variou de quatro a oito anos. A transmissäo do vírus HIV foi vertical em quatro pacientes e provavelmente, também no outro. Quantro estavam em uso de antiretrovirais. A cefaléia foi o sintoma predominante (100 porcento). A febre esteve presente em dois casos. Os sintomas de irritaçäo meníngea estavam ausentes nos cincos pacientes. O líquor apresentava alteraçöes mínimas ou ausentes. A pesquisa do criptococo no líquor, pela Tinta da China, foi positiva em quatro crianças. Três faleceram e as outras duas, atualmente, apresentam sobrevida de 11 meses e 1 ano e 9 meses respectivamente, após o início da terapêutica. Foi empregada a anfotericina B intravenosa, numa fase inicial, seguida do fluconazol, por via oral, por tempo indeterminado. Comentários säo feitos sobre os achados clínicos, laboratoriais e a terapêutica empregada, comparando-se com trabalhos nacionais e internacionais. É importante ficarmos alerta aos sinais desta meningite, que apresenta um quadro clínico e liquórico com características próprias, diferentes das clássicas meningites observadas na infância