RESUMO
Hanseníase na infância, especialmente casos polarizados demonstram a magnitude do problema e refletem a intensidade de exposiçäo ao Mycobacterium leprae, em determinada regiäo. Apesar de näo ser freqüente, requer intervençäo criteriosa e gera questionamentos sobre a operacionalizaçäo das atividades para o controle desta nosologia milenar. Os autores relatam um caso de hanseníase dimorfa clássica em menor de três anos de idade, contato de hanseníase virchowiana (o pai), inclusive com suspeita de resistência primária e hanseníase dimorfa (o irmäo). A menor, com baixo peso para a idade, näo exibia nenhuma cicratriz de BCG ao diagnóstico, embora fosse contato. O resultado do exame histológico revelou: "infiltrado inflamatório difuso, linfohistiocitário, respeitando o limite dermo-epidérmico". A coloraçäo especial (Fite-Faraco) revelou raros bacilos álcool-ácido resistentes (BAAR).