RESUMO
Abstract Introduction: Genetic counseling can be practiced under four scenarios: preconception, preimplantation, prenatal, and postnatal (which is similar to preconception). Some authors argue that it should be considered a form of eugenics. The aim of this article is to present different views expressed in the literature regarding the relation between genetic counseling and eugenics. Materials and methods: A search of articles was conducted in several academic databases using the MeSH/DeCS terms bioethics, medical genetics, genetic counseling, and eugenics. Articles were included if they discussed eugenics or genetic screening. Articles were excluded if they provided a technical description of procedures. The selection was made after examining titles, abstracts, and full texts. Results: Fifty-seven articles were selected for analysis. In preconception counseling, the "reproductive beneficence principle" can be based on eugenic practices of the early twentieth century. In pre-implantation consultation, the genetic selection of embryos can be considered eugenic when it is used to change the natural course of reproduction or used for non-medical purposes. Prenatal diagnosis, when linked to abortion as a response to congenital malformations, can be considered negative eugenics. Conclusion: At present, eugenics can be defined in multiple ways. By some definitions, genetic counseling can be framed as a eugenic practice. However, the design of health policies and the interests of society may influence the autonomy of individuals. The possibility of generating a genetic selection of individuals, on the other hand, can be constituted as positive eugenics.
Resumen Introducción: el asesoramiento genético es una práctica que puede enmarcarse en cuatro escenarios: preconcepcional, preimplantación, prenatal y posnatal (similar al preconcepcional). Para algunos autores este tipo de práctica se considera eugenesia. El objetivo del presente artículo es exponer los distintos puntos de vista, descritos en la literatura, sobre la relación del asesoramiento genético con la eugenesia. Materiales y métodos: se buscaron artículos en bases de datos académicas con los términos MeSH/DeCS bioética, genética médica, asesoramiento genético y eugenesia. Se incluyeron artículos que hablaran sobre eugenesia o sobre cribaje genético; se excluyeron artículos con la descripción técnica de procedimientos. La selección se realizó por título, resumen y texto completo. Resultados: se seleccionaron 57 artículos para el análisis. En el asesoramiento preconcepcional, el "principio de beneficencia procreativa" se considera que parte de posturas similares a las prácticas eugenésicas de principios del siglo XX. En la consulta preimplantación, la selección genética de embriones puede considerarse eugenesia cuando se usa para alterar el curso natural de la procreación o para fines no médicos. El diagnóstico prenatal, cuando se vincula con el aborto por malformaciones congénitas, puede considerarse eugenesia negativa. Conclusión: en la actualidad, la eugenesia abarca múltiples definiciones. Según la definición escogida, el asesoramiento genético puede enmarcarse como una práctica eugenésica. Sin embargo, el diseño de políticas de salud y el interés de la sociedad puede influir en la autonomía de los individuos. Por otro lado, la posibilidad de generar una selección genética de individuos puede constituirse como eugenesia positiva.
Resumo Introdução: a assessoria genética é uma prática que pode enquadrar-se em quatro cenários: pré-concepcional, pré-implantação, pré-natal e pós-natal (similar o pré-concepcional). Para alguns autores este tipo de prática considera-se eugenia. O objetivo do presente artigo é expor os distintos pontos de vista, descritos na literatura, sobre a relação da assessoria genética com a eugenia. Materiais e métodos: buscaram-se artigos em bases de dados acadêmicas com os termos eSH/DeCS bioética, genética médica, assessoria genética e eugenia. Incluíram-se artigos que falaram sobre eugenia ou sobre rastreio genético; excluíram-se artigos com a descrição técnica de procedimentos. A seleção se realizou por título, resumo e texto completo. Resultados: selecionaram-se 57 artigos para a análise. Na assessoria pré-concepcional, o "princípio d beneficência procriativa" se considera que parte de posturas similares às práticas eugénicas de começos do século XX. Na consulta pré-implantação, a seleção genética de embriões pode considerar-se eugenia quando se usa para alterar o curso natural da procriação ou para fins não médicos. O diagnóstico pré-natal, quando se vincula com o aborto por malformações congénitas, pode considerar-se eugenia negativa. Conclussão: na atualidade, a eugenia abarca múltiplas definições. Segundo a definição escolhida, a assessoria genética pode enquadrar-se como uma prática eugénica. No entanto, o desenho de políticas de saúde e o interesse da sociedade pode influir na autonomia dos indivíduos pode constituir-se como eugenia positiva.