RESUMO
Abstract Objectives: to measure vertical HIV transmission rate (TTV) and describe the adoption of prophylactic measurements (MP) in infected pregnant women and exposed children in the cities of Petrolina, PE and Juazeiro, BA. Methods: a cross-sectional study was carried out on 76 mothers and children from January 2006 to December 2010. Data were collected from reported forms and medical records from the referral services. The Ministry of Health recommendations was followed to characterize an infected child. It was appropriately considered to adopt the five MP distributed in three stages of care: pregnancy (antiretroviral therapy), intrapartum (intravenous azidotimidina and by delivery preference as a function of the maternal viral load) and post natal (azidotimidina taken orally by children and no breastfeeding). Results: 58 children investigated, five were HIV infected, revealing 8.6% of TTV. The MP was inadequate in 68.4% of the cases. Conclusions: high TTV of HIV and inadequate MP in most of the cases, the non-white patients and those who came from other cities received a lower proportion of adequate MP. Diagnostic failures and the three stages of care reflected on the TTV. Improve quick tests at pregnancy, integrate actions in cities, offer reproductive planning, maximize coverage of prenatal care and engage obstetric teams and Family Health are strategies to reduce TTV.
Resumo Objetivos: aferir taxa de transmissão vertical (TTV) do HIV e descrever a adoção das medidas profiláticas (MP) em gestantes infectadas e crianças expostas, nos municípios de Petrolina/PE e Juazeiro/BA. Métodos: estudo transversal em 76pares mães/crianças atendidos de janeiro/2006 a dezembro/2010. Coletaram-se dados de fichas de notificação e prontuários de serviços de referência. Para caracterizar criança infectada seguiram-se recomendações do Ministério da Saúde. Considerou-se adequada a adoção conjunta de cinco MP distribuídas em três etapas assistenciais: gravidez (terapia antirretroviral), intraparto (azidotimidina endovenosa e via de parto preferencial em função da carga viral materna) e pós-natal (azidotimidina oral nas crianças e não amamentação). Resultados: cinco crianças infectadas pelo HIV em 58 investigadas, revelando TTV de 8,6%. As MP foram inadequadas em 68,4% dos casos. Conclusões: alta TTV do HIV e inadequação das MP na maioria dos casos, tendo as pacientes não-brancas e as procedentes de outros municípios recebido menor proporção de MP adequadas. Falhas diagnósticas e nas três etapas assistenciais repercutiram na TTV. Incrementar testes rápidos na gravidez, integrar ações com municípios adstritos, oferecer planejamento reprodutivo, maximizar cobertura do pré-natal e engajar equipes obstétricas e de Saúde da Família são estratégias para reduzir a TTV.