RESUMO
O propósito deste artigo é de relatar, através de um estudo retrospectivo, a experiência do serviço com a realização da transposição subclávio-carotídea. Pacientes e médoto: No período de janeiro de 1993 a julho de 2002, foram realizadas 10 cirurgias do tipo transposição subclávio-carotídea em 10 pacientes do Serviço de Cirurgia Vascular do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. A idade dos pacientes variou de 36 a 75 anos, com média de 55,6 anos. Seis pacientes eram do sexo feminino e quatro pacientes eram do sexo masculino. Com relação ao quado clínico, sete pacientes tinham claudicação de membro superior para pequenos esforços e três pacientes apresentavam quadro de embolização distal. Sete pacientes apresentavam lesões na artéria subclávia esquerda e três pacientes na artéria subclávia direita. angiografia para confirmação diagnóstica e planejamento cirurgico foi através de uma incisão única supraclavicular do lado acometido...
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Arteriosclerose , Artéria Subclávia/lesões , Angiografia/métodos , Embolização Terapêutica/instrumentaçãoRESUMO
Objetivo: os paragangliomas do corpo carotídeo são raros e devem fazer parte do diagnóstico diferencial de massas tumorais da região cervical. Atualmente, com os avanços nas técnicas anestésicas e cirúrgicas, os riscos de complicações como lesão carotídea, lesão de pares cranianos, acidente vascular cerebral e morte têm sido reduzidos. Este artigo tem como objetivo relatar a experiência de 20 ressecções de tumor do corpo carotídeo realizadas no Serviço de Cirurgia Vascular do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. Método: o grupo analisado era composto por 11 mulheres e oito homens, com um total de 20 tumores do corpo carotídeo (um paciente com lesão bilateral). Onze tumores estavam localizados no lado direito e nove no lado esquerdo. Todas as lesões eram primárias. A idade dos pacientes variou entre 18 e 45 anos. Dos 20 tumores, 16 foram classificados no grupo I de Shamblin, três no grupo II e um no grupo III. Todos os pacientes foram submetidos à ressecção cirúrgica do tumor. Resultados: três pacientes tiveram lesão parcial de pares cranianos (15%). Não ocorreram mortes e não foram detectadas recorrências no acompanhamento. Conclusão: os tumores do corpo carotídeo são diagnosticados pela suspeita clínica associada a exames complementares. O diagnóstico precoce e a ressecção de tumores pequenos diminuem o risco de malignidade e de complicações neurovasculares. O tratamento cirúrgico é um consenso e, se realizado por um cirurgião vascular experiente, reduz significativamente a morbidade da doença.