RESUMO
OBJETIVO: Determinar a influência da pressão intra-abdominal na avaliação ultra-sonográfica da junção uretrovesical (JUV) e uretra proximal (UP) em mulheres com incontinência urinária de esforço (IUE). MÉTODOS: Este é um estudo de corte transversal prospectivo realizado na Unidade de Pesquisa em Incontinência Urinária (UPIU) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Trinta e seis mulheres queixando-se de IUE foram submetidas a aferições ultra-sonográficas perineais da JUV e UP com a bexiga praticamente vazia (< de 50 ml de urina) simultaneamente a medições da pressão intra-abdominal (PIA). Para tal foi utilizado um aparelho de ultra-som ALOKA com um transdutor vaginal de 7MHz. Com o intuito de medir a PIA, utilizamos o equipamento de urodinâmica Uromaster MPX616 conectado a um catéter retal de 10Fr com um balão sensível à pressão. RESULTADOS: A idade média das participantes foi de 46,4 ± 10,2 anos. No esforço máximo, a média de PIA foi de 99,3 ± 51,8 cmH20, variando de 7 a 193 cmH20, e a mediana foi de 99,5 cmH20. Vinte e oito de 31 pacientes com hipermobilidade da JUV (90,3%) facilmente a revelaram com uma PIA acima 40 cmH20. Não houve associação significativa entre a média de PIAs aferidas no esforço máximo e os parâmetros estudados. A PIA na realidade induziu a um alongamento significativo do comprimento da uretra proximal acima de 14 mm até um ponto de corte acima de 80 cmH2O, muito provavelmente para aumentar a resistência e características pressóricas uretrais, assim evitando a perda urinária. Entretanto, todas as 19 mulheres com tais características já as apresentavam com uma PIA > 40 cmH2O. CONCLUSÃO: Não há necessidade de se aferir rotineiramente a PIA nas avaliações ultra-sonográficas da JUV e UP em mulheres com IUE com a bexiga praticamente vazia.
Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Abdome , Pressão , Uretra , Uretra , Incontinência Urinária por Estresse/fisiopatologia , Manobra de Valsalva/fisiologia , Abdome/fisiopatologia , Estudos Transversais , Estudos Prospectivos , Uretra/fisiopatologia , Bexiga Urinária/fisiopatologia , Incontinência Urinária por Estresse , Urodinâmica/fisiologiaRESUMO
OBJETIVO: Determinar a influência da pressão intra-abdominal na avaliação ultra-sonográfica da junção uretrovesical (JUV) e uretra proximal (UP) em mulheres com incontinência urinária de esforço (IUE). MÉTODOS: Este é um estudo de corte transversal prospectivo realizado na Unidade de Pesquisa em Incontinência Urinária (UPIU) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Trinta e seis mulheres queixando-se de IUE foram submetidas a aferições ultra-sonográficas perineais da JUV e UP com a bexiga praticamente vazia (< de 50 ml de urina) simultaneamente a medições da pressão intra-abdominal (PIA). Para tal foi utilizado um aparelho de ultra-som ALOKA com um transdutor vaginal de 7MHz. Com o intuito de medir a PIA, utilizamos o equipamento de urodinâmica Uromaster MPX616 conectado a um catéter retal de 10Fr com um balão sensível à pressão. RESULTADOS: A idade média das participantes foi de 46,4 ± 10,2 anos. No esforço máximo, a média de PIA foi de 99,3 ± 51,8 cmH20, variando de 7 a 193 cmH20, e a mediana foi de 99,5 cmH20. Vinte e oito de 31 pacientes com hipermobilidade da JUV (90,3%) facilmente a revelaram com uma PIA acima 40 cmH20. Não houve associação significativa entre a média de PIAs aferidas no esforço máximo e os parâmetros estudados. A PIA na realidade induziu a um alongamento significativo do comprimento da uretra proximal acima de 14 mm até um ponto de corte acima de 80 cmH2O, muito provavelmente para aumentar a resistência e características pressóricas uretrais, assim evitando a perda urinária. Entretanto, todas as 19 mulheres com tais características já as apresentavam com uma PIA > 40 cmH2O. CONCLUSÃO: Não há necessidade de se aferir rotineiramente a PIA nas avaliações ultra-sonográficas da JUV e UP em mulheres com IUE com a bexiga praticamente vazia.(AU)
PURPOSE: To determine the influence of intra-abdominal pressure on the ultrasonographic evaluation of the urethrovesical junction (UVJ) and proximal urethra (PU) in women with stress urinary incontinence (SUI). METHODS: This is a prospective cross-sectional study undertaken at the Urinary Incontinence Research Unit (UIRU) of the Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Thirty-six women complaining of SUI underwent perineal ultrasound assessments of the UVJ and PU having the bladder barely empty (< 50 ml of urine) with simultaneous measurement of the intra-abdominal pressure (IAP). An ALOKA ultrasound machine with a 7 MHz vaginal probe was used for the assessments. In order to measure the IAP, an Uromaster MPX616 urodynamic equipment, connected to a 10Fr rectal catheter with a pressure sensitive baloon, was used. RESULTS: The participants' mean age was 46.4 ± 10.2 years. On maximum straining, the mean IAP was 99.3 ± 51.8 cmH20, varying from 7 to 193 cmH20, and the median was 99.5 cmH20. Twenty-eight of 31 patients with UVJ hypermobility (90.3%) easily showed it with an IAP over 40 cmH20. There was no significant association between the mean IAP measurements on maximum straining and the parameters studied. The IAP did induce a significant elongation of the proximal urethra length over 14 mm up to a cut-off over 80 cmH2O, most likely to increase urethral resistance and pressure profile, thus avoiding urine leakage. However, all 19 women with such a characteristic already presented so with an IAP > 40 cmH2O. CONCLUSION: There is no need to measure IAP routinely on perineal ultrasound assessments of the UVJ and PU in women with SUI having a barely empty bladder.(AU)