RESUMO
Apresenta um mapeamento da discussao sobre a questao de saude mental no Brasil, as praticas terapeuticas voltadas para o campo da loucura e os processos sociais que determinam a emergencia da chamada doenca mental. Analisa as praticas e representacoes elaboradas em torno da loucura sob a perspectiva historica. Observa que desde o seculo XVIII, o controle do louco dispunha de uma rede comum de repressao a desordem, a mendicancia e a ociosidade, que enquadrou categorias sociais, como escravos e desempregados, transformando-os em objeto de disciplinacao. Analisa as articulacoes entre processos de producao, trabalho e patologia mental, destacando o deslocamento do objeto de estudo da doenca mental do nivel individual para o nivel dos questionamentos acerca do impacto da producao capitalista sobre grupos e classes sociais. (ER)
Assuntos
Psicopatologia/história , Psiquiatria/história , Formulação de Políticas , Saúde Mental , Brasil , Serviço Social em Psiquiatria , Medicina Social/históriaRESUMO
Apresenta um mapeamento da discussao sobre a questao de saude mental no Brasil, as praticas terapeuticas voltadas para o campo da loucura e os processos sociais que determinam a emergencia da chamada doenca mental. Analisa as praticas e representacoes elaboradas em torno da loucura sob a perspectiva historica. Observa que desde o seculo XVIII, o controle do louco dispunha de uma rede comum de repressao a desordem, a mendicancia e a ociosidade, que enquadrou categorias sociais, como escravos e desempregados, transformando-os em objeto de disciplinacao. Analisa as articulacoes entre processos de producao, trabalho e patologia mental, destacando o deslocamento do objeto de estudo da doenca mental do nivel individual para o nivel dos questionamentos acerca do impacto da producao capitalista sobre grupos e classes sociais. (ER)
Assuntos
Saúde Mental , Formulação de Políticas , Psiquiatria/história , Psiquiatria/tendências , Psicopatologia/história , Psicopatologia/tendências , Medicina Social/tendências , Brasil , Medicina Social/história , Serviço Social em PsiquiatriaRESUMO
Examina criticamente a construção social do chamado "amor materno", que pressupoe a construção de um estatuto da infância e de um modo idealizado de relação mãe-filho(a), apontando algumas consequências que a criação da categoria de "instinto materno" gera, desde o momento em que pretende explicar o que se passa nesta relação mãe-filho(a), partindo daí para sugerir e justificar estratégias de intervenção, que em última instância estão sustentadas no que se chama "modificação das atitudes maternas". Analisando em uma perspectiva histórica a construção deste novo objeto - o amor materno - mostra que sua exaltação como valor natural e social, favorável à espécie e à sociedade, é um fenômeno relativamente recente que emerge ao final do século XVIII. Revelando como no cotidiano feminino a aprendizagem da submissão, da subserviência e das revoltas fracassadas passam a tomar o lugar predominante. Este trabalho aponta a reconquista do tempo, do lugar e da fala de uma mulher como condição necessária para a reconquista de um novo lugar social da criança e do próprio homem. (CPG)