RESUMO
Este estudo aborda um caso extremamente raro de um paciente que passou 225 dias com um balão intra aórtico antes de receber um transplante cardíaco. Essa situação extraordinária destaca a importância da abordagem multiprofissional no cuidado de pacientes com desafios clínicos complexos. Além disso, oferece insights valiosos para a comunidade médica e científica, contribuindo para o aprimoramento das estratégias clínicas em um contexto desafiador. A insuficiência cardíaca (IC), uma condição em que o coração não consegue bombear sangue suficiente para atender às necessidades do corpo, afetando mais de 23 milhões de pessoas em todo o mundo, incluindo cerca de 2 milhões no Brasil. A IC é frequentemente causada por condições como doença arterial coronariana (DAC), hipertensão e diabetes, com influência adicional da doença de Chagas na América Latina. Pacientes com IC enfrentam desafios significativos que resultam frequentemente em hospitalizações recorrentes. Uma abordagem multiprofissional é essencial para o tratamento e gerenciamento eficaz da doença, dada a complexidade da patologia e suas comorbidades. Uma equipe multiprofissional reúne especialistas em saúde para fornecer uma abordagem abrangente e personalizada, auxiliando os pacientes na transição até o transplante cardíaco e na gestão contínua da condição, prevenindo complicações. A análise deste caso incomum, no qual o paciente encontrado por um longo período com um balão intraaórtico, destaca a importância crucial da abordagem multiprofissional no cuidado de pacientes com insuficiência cardíaca. Os resultados deste estudo têm o potencial de oferecer novas perspectivas e contribuições benéficas para a comunidade médica, promovendo o avanço das estratégias de tratamento em um contexto clínico notável.
Assuntos
Balão Intra-Aórtico/enfermagem , Cuidados de EnfermagemRESUMO
Introdução: A pandemia da COVID-19 vem impactando na saúde emocional e na rotina de trabalho dos profissionais de saúde. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da pandemia da COVID-19 na saúde emocional e na rotina do trabalho dos fisioterapeutas oncológicos brasileiros. Métodos: Estudo transversal online anônimo, no qual 102 fisioterapeutas oncológicos foram recrutados de diferentes regiões do país, usando amostras de conveniência de bolas de neve nas mídias sociais. Dados sociodemográficos, referentes à formação e atuação profissional foram avaliados, além dos sintomas de Depressão, Ansiedade e Estresse. Resultados: A maioria dos fisioterapeutas era do sexo feminino (n = 89,87,3%), com média de idade de 33,8 ± 7,1 anos e especialista em fisioterapia oncológica (n = 84,82,5%). Quanto mais jovens mais estressados eram os profissionais (p = 0,022). A maioria manteve os atendimentos presenciais (n = 89, 87,3%) e o sintoma de estresse apresentou maior pontuação (6,9 ± 4,4). O aumento na jornada de trabalho e a transferência para outras unidades de trabalho resultaram em maiores sintomas de ansiedade (p = 0,016) e de estresse (p = 0,011). Conclusão: Concluímos que a pandemia afetou negativamente a rotina de trabalho e a saúde emocional de fisioterapeutas oncológicos no Brasil.
RESUMO
FUNDAMENTO: O teste da caminhada de 6 minutos (TC6) tem sido identificado como o principal teste para a avaliação da capacidade funcional de exercício (CFE), em indivduos com insuficiência cardíaca (IC). Contudo, pouco se sabe sobre a aplicabilidade das equações de referência para o TC6 em pacientes portadores de IC. OBJETIVO: Explorar o uso de equações de referência para o TC6 em pacientes portadores de IC e sua correlação com a classificação funcional do New York Heart Association (NYHA). Delineamento, MATERIAIS E MÉTODOS: Foi realizado um estudo, transversal, descritivo e analítico, com abordagem quantitativa com pacientes portadores de insuficiência cardíaca atendidos no ambulatório de um Hospital Universitário no período de maio de 2021 a fevereiro de 2022. Foi aplicado inicialmente um questionário. com dados sociodemográficos e dados referentes à condição de saúde e aplicado o questionário de Duke Activity Status Index (DASI). Em seguida foi realizado o teste da caminhada dos 6 minutos (TC6) duas vezes e o melhor teste foi utilizado para análise. Além disso, cálculou-se a distância esperada a ser realizada pelo teste utilizando a seguinte equação de referência do TC6, gerada em estudo prévio a partir de uma amostra multicêntrica de brasileiros: 890,46-(6,11 x idade)+(0,0345xidade2)+(48,87 x sexo)- (4,87x Índice de Massa Corpórea-IMC), sendo sexo masculino=1 e feminino=0. Após isso, os indivíduos foram classificados como CFE preservada (resultado igual ou maior a 300 metros no TC6) ou reduzida (resultado menor que 300 metros no TC6). RESULTADOS: Foram avaliados 57 individuos, com média de idade de 60±15 anos, sendo a maioria do sexo feminino (56,14% n=32), e destes 15 (26,32%) encontravam-se na classe funcional do New York Heart Associoantion (NYHA) entre 3 e 4. No DASI a média verificada foi de 28,73 ±15,07 MET. No TC6 foi verificado uma redução de 12% na distância percorrida quando comparada a esperada (p=0,0168). Após a separação nos grupos CFE preservada ou reduzida foi verificado que aqueles que caminharam menos de 300 metros apresentavam fração de ejeção ventricular menor (39,95±4,59% CFE reduzida e 44,8±2,33% CFE preservada, p=0,3005), atividade diária verificada pelo DASI menor (19,97±11,69 METS CFE reduzida e 32,1±14,98 METS CFE preservada, p=0,0068. Quando correlacionado com a NYHA não foi observado diferença entre os grupos (p=0,109). CONCLUSÃO: Foi verificado uma redução da capacidade funcional. Além disso foi observado que ao classificar os pacientes em CFE reduzida ou preservada que existe uma associação com o DASI mas não existe com a NYHA e a fração de ejeção ventricular. Palavras-chave: insuficiência cardíaca, teste de caminhada, valores de referência, Fisioterapia.
Assuntos
Teste de Caminhada , Insuficiência Cardíaca , Valores de ReferênciaRESUMO
FUNDAMENTO: A Insuficiência Cardíaca (IC) é uma síndrome que afeta a atuação do coração como bomba, ou seja, afeta a sístole e/ou a diástole, o que leva ao comprometimento do funcionamento do corpo. Diante disso, algumas consequências podem se manifestar, como a intolerância ao exercício e diminuição da capacidade funcional, afetando assim a qualidade de vida do indivíduo e suas participações na sociedade. OBJETIVO: Verificar se existe influência da qualidade de vida na capacidade funcional em pacientes com insuficiência cardíaca. Delineamento, MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo transversal, descritivo e analítico, com abordagem quantitativa com pacientes portadores de IC atendidos pela Liga de Fisioterapia Cardiovascular num Hospital Universitário no período de maio de 2021 a fevereiro de 2022. Foi aplicado inicialmente um questionário com dados sociodemográficos e dados referentes à condição de saúde. A qualidade de vida (QV) foi avaliada utilizando o questionário de Minnesota e a capacidade funcional foi verificada pela aplicação do questionário de Duke Activity Status Index (DASI) e pelo teste da caminhada dos 6 minutos (TC6). O nível de significância adotado foi de 5% (p < 0,05). RESULTADOS: Foram avaliados 57 indivíduos, com média de idade de 60±15 anos, com média de fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) de 43,18±13,07, com média de massa corpórea de 26,08±6,6 kg/m2 , sendo a maioria do sexo feminino (56,14% n=32). A maioria dos pacientes eram classe funcional 1 ou 2 do New York Heart Association (NYHA). A média da pontuação no Minnesota foi de 38,41±26,8. No DASI a média verificada foi de 28,73±15,07 MET e no TC6 os pacientes caminharam em média 334,68±106,24 metros. Quando realizado as correlações foi verificado a existência de uma correlação fraca e inversamente proporcional entre a QV e o DASI (r= -,313, p=0,049). Não foi verificado correlação entre a QV e o TC6 (r= -0,0529, p=0,7302). CONCLUSÃO: Foi observado que quanto pior a qualidade de vida maior é a dificuldade referida de atividade física no questionário DASI, entretanto, o mesmo não foi observado quando o paciente é submetido realmente ao teste funcional. Palavras-chave: insuficiência cardíaca, qualidade de vida, avaliação funcional, teste da caminhada.