RESUMO
Este artigo tem como objetivo relatar ações da psicologia comunitária junto a um grupo de adolescentes em situação de risco social, em especial a pobreza. Era nossa intençao a promoção de ações de empoderamento dos jovens em relação ao futuro para a vida, através da prática narrativa. Para isso utilizamos a metodologia da "pipa da vida", a qual buscou reconectar esses adolescentes com as famílias de origem, fortalecendo as alianças intergeracionais. Os valores, habilidades e sonhos compartilhados no grupo revelaram o legado intergeracional de suas famílias de origem, um reconhecimento de suas identidades e de seu protagonismo como um ser social. Entre valores geracionais compartilhados o que se mostrou mais significativo para os jovens foi a amizade. O testemunho dos membros sobre histórias ricamente vivenciadas sobre amizade reforçou o reconhecimento deste valor e o sentimento que tem para a vida dos jovens na comunidade. Portanto, ações sociais que buscam a promoção do protagonismo social de jovens em situação de risco precisam levar em conta suas características, seus legados multigeracionais, além do contexto em que vivem. Desta forma, as competências individuais poderão ser promovidas, enriquecidas, mas mantendo viva a história pessoal de cada protagonista, facilitando assim a reautoria. (AU)
The purpose of this paper is to report actions of community psychology with a group of adolescents at social risk, in particular, poverty. Was our intention promoting actions of empowerment of young people about future to life through narrative practice. For this we used methodology of the "Kite of life", which soughy to reconnect these adolescents with their families of origin, strengthening intergenerational alliances. We observed that the actions of empowerment proposed through the techical reconnected with their young families and among their own generation. The values, skills and dreams shared in the group revealed the intergenerational legacy of their families of origin, recognition of their identities and their role as social being. Among the generational values shared what was more significant for young people was the friendship. The testimony of the members richly experienced stories about friendship reinforced the recognition of this that has value and the meaning to the lives of young people in the community. Therefore, social actions that seek promoting social involvement of young in risk situation need take into account their characteristics, their multigenerational legacies, beyond the context in which they live. This way, the individual competencies can be promoted, enriched, but keeping alive the personal history of each protagonist, facilitating the reauthoring. (AU)