RESUMO
Objetivo: Chamar a atenção para o diagnóstico de tumores malignos em crianças com aids. Metodologia: Os autores descreveram e analisaram um caso de linfoma de Burkitt em uma criança de 3 anos, do sexo masculino, com aids. Resultados: DLS, 3,5 anos, com aids, iniciou quadro clínico de tumoração em região de face, com dor, protrusão do globo ocular, aumento de linfonodos regionais. A tomografia de crânio evidenciou material com densidade de partes moles, ocupando a totalidade do antro-maxilar e células etmoidais bilateral e extensão para a gordura retroorbitária, predominantemente à esquerda. A biópsia do material foi compatível com linfoma de Burkitt. Após o tratamento quimioterápico, houve regressão da tumoração. Conclusão: O diagnóstico de linfoma deve ser considerado em crianças com aids e lesões tumorais, pois esse é o tumor mais freqüente nessas crianças, sobretudo nos progressores rápidos e naqueles com imunossupressão severa.