RESUMO
Fundamento: As doenças crônicas não-transmissíveis são responsáveis por cerca de 60 por cento das mortes no Brasil. Entre os fatores de risco para o desenvolvimento destas doenças destacam-se tabagismo, baixo consumo de frutas e hortaliças, inatividade física, consumo excessivo de álcool, excesso de peso, hipertensão arterial, dislipidemia e hiperglicemia. Objetivo: Estimar para doenças crônicas não-transmissíveis a prevalência dos seguintes fatores de risco: baixo consumo de frutas e hortaliças, tabagismo, pressão arterial não controlada, hiperglicemia, dislipidemia e excesso de peso; em duas regiões do Distrito Federal. Métodos: Estudo epidemiológico transversal realizado em Sobradinho e São Sebastião, em população adulta (maiores de 18 anos). Foi conduzida entrevista com aplicação de um questionário, análise sangüínea de glicemia e perfil lipídico, aferição da pressão arterial e medidas antropométricas. A freqüência dos fatores de risco selecionados foi calculada. Resultados: Foram entrevistados 157 indivíduos, 62 por cento do sexo feminino, com média de idade de 38,9 anos mais ou menos 13,7. Os fatores de risco mais prevalentes foram baixo consumo de frutas (69 por cento), hortaliças (52 por cento) e o excesso de peso (49 por cento). A circunferência abdominal apresentou valores considerados de risco em parcela significativa da população estudada, principalmente no sexo feminino (39 por cento; p igual a 0,006). Mais de 30 por cento da população apresentou valores não controlados de pressão arterial, principalmente na faixa etária de 40 anos ou mais (p igual a 0,00009). As alterações bioquímicas mais prevalentes foram hipercolesterolemia (20 por cento) e hipertrigliceridemia (21 por cento). Conclusão: O elevado percentual dos fatores de risco estudados mostra a necessidade de realização de ações de prevenção e redução dos mesmos nestas regiões do Distrito Federal. Palavras-chave: fatores de risco, doenças crônicas, adulto.