RESUMO
ABSTRACT Objective: This study aimed to identify scientific evidence about the association between shift work and changes on the cortisol circadian rhythm, stress and fatigue in nurses. Method: We found 1046 articles published between 2006 and 2016 in the Medline, LILACS, WOS, Scopus and SciElo databases, three articles were included in this review. Results: The studies presented low methodological rigor and inconclusive results due to methodological diversity and small sample size. Thus, based on the existing literature, it was not possible to determine the existence of a significant association between shift work, cortisol levels, stress and fatigue in nurses. Conclusion: The strategies required to obtain reliable and comparable results include the adoption of standard methods of participant selection, sample collection and analysis, and use of validated psychometric instruments.
RESUMEN Objetivo: Identificar la evidencia científica sobre la asociación entre el trabajo por turnos y los cambios en el ritmo circadiano del cortisol, el estrés y la fatiga en las enfermeras. Método: Se identificaron 1046 artículos publicados entre 2006 y 2016 en las bases Medline, LILACS, WOS, Scopus y SciElo, de los cuales três cumplieron los criterios de inclusión. Resultado: Los estudios presentaron bajo rigor metodológico y resultados inconclusos en virtud de la diversidad metodológica y bajo número de muestras. De esta forma, con base en la literatura existente, no fue posible determinar la existencia de asociación significativa entre esquemas de trabajo en turnos, trabajo de enfermería y alteraciones del ritmo circadiano del cortisol, índices de estrés y fatiga. Conclusión: Las estrategias necesarias para obtener resultados confiables y comparables incluyen la adopción de métodos estandarizados para la selección de los participantes, la recolección y el análisis de las muestras y el uso de instrumentos psicométricos validados.
RESUMO Objetivo: Identificar evidências científicas sobre a associação entre o trabalho em turnos e alterações do ritmo circadiano do cortisol, índices de estresse e fadiga em trabalhadores de enfermagem. Método: Foram identificados 1.046 artigos publicados entre 2006 e 2016 nas bases Medline, LILACS, WOS, Scopus e SciElo, dos quais três atenderam aos critérios de inclusão. Resultado: Os estudos apresentaram baixo rigor metodológico e resultados inconclusivos em virtude da diversidade metodológica e baixo número amostral. Dessa forma, com base na literatura existente, não foi possível determinar a existência de associação significativa entre esquemas de trabalho em turnos, trabalho de enfermagem e alterações do ritmo circadiano do cortisol, índices de estresse e fadiga. Conclusão: As estratégias necessárias para a obtenção de resultados confiáveis e passíveis de comparação incluem a adoção de métodos padronizados de seleção dos participantes, coleta e análise das amostras e utilização de instrumentos psicométricos validados.
Assuntos
Humanos , Esgotamento Profissional , Bases de Dados Bibliográficas/estatística & dados numéricos , Enfermeiros , Saúde Ocupacional , Estresse Ocupacional , Jornada de Trabalho em TurnosRESUMO
O trabalho noturno e a alternância de turnos são identificados como fatores de maximização de efeitos negativos na saúde do trabalhador, como o estresse e a fadiga, por dificultarem a adaptação do ritmo circadiano do cortisol ao de trabalho. Objetivo: investigar o efeito do esquema de trabalho em turnos fixo e alternante e noturno de enfermeiros nos índices de estresse ocupacional e fadiga e na expressão circadiana do cortisol salivar. Método: estudo observacional de corte transversal e abordagem quantitativa dos dados estruturado com base no referencial teórico de Cooper. Realizado com 104 enfermeiros das Unidades de Emergência e Bloco Cirúrgico de hospital de ensino público do Estado de São Paulo e outro de Minas Gerais, no período de janeiro a março de 2017. Índices de estresse e fadiga foram mensurados por meio da aplicação de dois instrumentos: o Inventário de Estresse em Enfermeiros e a Escala de Avaliação de Fadiga, ambos validados para utilização no Brasil. A quantificação do cortisol salivar foi realizada por meio da técnica de ELISA. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa sob protocolo. 55695416.7.0000.5393. Resultados: 66,67% dos enfermeiros trabalhavam em esquema de turnos alternantes e 39,39% eram fixos no turno matutino. Constatou-se 50,8% apresentaram alto índice de estresse e 46,03% fadiga. Não foram observadas associações estatisticamente significativas entre índices de cortisol salivar, turno de trabalho, esquema de turno fixo ou alternante, estresse e fadiga. Entretanto, profissionais de enfermagem de unidades críticas que trabalhavam em esquema de turnos alternante e matutino apresentaram tendência a mais altos índices de estresse e fadiga e menor secreção de cortisol ao longo do dia de trabalho do que aqueles dos turnos fixo e noturno. A fadiga mostrou-se significativa e positivamente correlacionada com a secreção total de cortisol no período da manhã. Conclusão: Os achados do presente estudo fornecem evidências de uma dessincronização do eixo HipotálamoHipófise-Adrenal em enfermeiros dos turnos alternante e matutino e, consequentemente, maior susceptibilidade destes ao desenvolvimento de doenças cardíacas, metabólicas e imunológicas
Night-work and shiftwork are identified as maximizing negative effects on worker health, such as stress and fatigue, by making it difficult to adapt the circadian rhythm of cortisol to work. Objective: to investigate the effect of the fixed and alternating and nocturnal shifts of nurses on the occupational stress index, fatigue and circadian expression of salivary cortisol. Method: observational, cross-sectional and quantitative study based on Cooper's theoretical framework. Performed with 104 nurses from the emergency units and surgical center of a public teaching hospital in the State of São Paulo and another from Minas Gerais, from January to March, 2017. Stress and fatigue indexes were measured using two instruments, the Nurses' Stress Inventory and the Fatigue Assessment Scale, both of which were validated and salivary cortisol quantification was performed by ELISA assay. The project was approved by the Research Ethics Committee under protocol. 55695416.7.0000.5393. Results: 66.67% of the nurses worked on alternating shifts and 39.39% were fixed on the morning shift. It was found that 50.8% of the nurses had a high stress index and 46.03% presented fatigue. There were no statistically significant associations between salivary cortisol index, shiftwork, fixed or alternating shift scheme, stress and fatigue. However, nursing professionals from critical units who worked in an alternating and morning shift schedule showed a trend towards higher levels of stress and fatigue and lower cortisol secretion throughout the workday than fixed and night shift workers. Fatigue was significantly and positively correlated to overall morning cortisol. Conclusions: The findings of the present study provide evidence of a hypothalamic-pituitary-adrenal axis desynchronization in nurses of the alternating and morning shift and, consequently, a greater susceptibility of these to the development of cardiac, metabolic and immunological diseases