RESUMO
PURPOSE: Tumor markers are substances found in blood and other biological fluids if tumor is present in the body. They can be produced by tumor itself or can be results of cancer - body relation. They may be used in the follow-up of cancer patients to identify tumor recurrence. Pre-treatment levels have prognostic tool and could signalize persistence of minimal residual disease despite radical surgery. METHODS: We operated on 52 patients with upper GI malignancy (32 with gastric cancer and 20 with pancreatic cancer). Blood samples were taken before surgery and peritoneal samples immediately after laparotomy before any manipulation with tumor. All samples were examined by standard biochemical technique and the level was compared with a stage of the disease. RESULTS: Patients suffering from gastric carcinoma of stage I and II had higher level of both markers in sera then in the peritoneal cavity, however most of them were within physiological range. Patients in stage III and IV had average marker levels in the peritoneal cavity higher than in sera. Number of positive findings was increasing according to the stage of the disease. The peritoneal levels of both markers varied extremely in higher stages. In patients suffering from pancreatic carcinoma the CEA levels both in sera and peritoneal cavity were parallel but peritoneal levels were slightly higher in stages III and IV. Ca 19 - 9 was more sensitive for pancreatic cancer. The percentage of positive findings was higher in sera but the level of Ca 19 - 9 was higher in the peritoneal cavity. The number of positive findings again correlated with the stage of the disease. CONCLUSIONS: Levels of tumor markers in sera could signalize inoperability of tumor (Ca 19 - 9 in cases of pancreatic carcinoma); peritoneal levels could predict R1 resection especially in gastric cancer patients and risk of early peritoneal recurrence of the disease. Difference between the levels in the peritoneum and sera may signalize the route of dissemination (hematogenous and intraperitoneal).(AU)
OBJETIVO: Os marcadores tumorais são substâncias encontradas no sangue e outros fluidos biológicos em pacientes com doenças oncológicas. São produzidos pelo próprio tumor ou ser resultado da interação entre o tumor e o organismo. Podem ser usados no seguimento de pacientes com câncer para identificar recidiva tumoral. Os níveis pré-tratamento têm valor prognóstico e podem sinalizar persistência de doença residual mínima após cirurgia radical.. MÉTODOS: Foram operados 52 pacientes com tumores do trato gastroinstestinal superior (32 com câncer do estômago e 20 do pâncreas). Amostras sanguineas foram colhidas no préoperatório e amostras peritoneais imediatamente após a laparotomia, antes de qualquer manipulação do tumor. Todas as amostras foram examinadas bioquímicamente e os resultados foram comparados entre si e em face ao progresso da doença. RESULTADOS: Os pacientes com câncer de estômago nos estadios I e II apresentaram níveis sanguineos mais elevados de ambos os marcadores tumorais do que no peritônio, mas a maioria dos valores encontrava-se dentro dos limites fisiológicos. Já nos estadios III e IV os níveis dos marcadores tumorais foram mais elevados no peritônio do que no sangue. O número de exames positivos aumentou de acordo com o estadio da doença. Nos estádios avançados, observou-se elevada variabilidade nos níveis de ambos os marcadores analisados no peritônio. Os doentes com carcinoma de pâncreas tiveram níveis de CEA semelhantes no sangue e no peritônio, mas os níveis peritoneais foram ligeiramente mais elevados nos estadios III e IV. Ca 19 - 9 foi muito mais sensível para o câncer do pâncreas. A porcentagem de exames positivos foi mais elevada no sangue, mas o níveis do Ca19-9 foram mais elevados no peritônio.A porcentagem de exames positivos também teve correlação com o estadio da doença. CONCLUSÕES: Os níveis de marcadores tumorais no sangue podem indicar inoperabilidade do tumor. No peritônio podem indicar o tipo de ressecção, especialmente nos doentes com câncer gástrico, e o risco de recidiva peritoneal precoce. A diferença entre os níveis no peritônio e sangue podem sinalizar a via de disseminação, hematogênica ou intra-peritoneal.(AU)