RESUMO
Objetivo - Avaliar o manejo de pacientes com queixas de pressão arterial (PA) elevada em setor de emergência cardiológica. Métodos - Em uma seqüência de casos, selecionaram-se pacientes encaminhados ao setor, tendo como queixa principal PA alta. Foram avaliadas a prescrição e a escolha de anti-hipertensivos e anotada a classificação dos pacientes, definida pelos médicos que prestaram o primeiro atendimento, em portadores de emergência ou urgência hipertensivas. Resultados - De um total de 858 pacientes, 80 (9,3 por cento) compareceram à emergência referindo PA alta, sendo que 61 (76,3 por cento) receberam anti-hipertensivo, e a droga mais empregada foi nifedipina (59 por cento), por via sublingual. Um recebeu medicação por via intravenosa, um foi internado e 6 (7,5 por cento) foram classificados como portadores de urgência ou emergência hipertensiva. Conclusão - Apesar da queixa PA alta ser freqüente (9,3 por cento das consultas), poucas vezes pôde ser classificada como urgência ou emergência hipertensiva. Mesmo em serviço especializado, a abordagem terapêutica, atualmente, não é recomendada.