RESUMO
OBJETIVO: Rever os resultados funcionais da sinovectomia por via artroscópica de cotovelo em pacientes com artrite reumatoide. Métodos: Entre maio de 1999 e dezembro de 2005, 15 pacientes foram submetidos à sinovectomia do cotovelo pela técnica artroscópica. Três casos eram bilaterais, totalizando 18 cotovelos. Dois pacientes eram do sexo masculino e 13 do feminino. A média da idade era de 44 anos e cinco meses. O tempo médio de diagnóstico prévio da doença foi de seis anos e oito meses. Todos os pacientes tinham dor no período pré-operatório e em sete cotovelos havia instabilidade. A média das mobilidades articulares no período pré-operatório foi: flexão de 118º, extensão de -24º, supinação de 80º e pronação de 71º. Resultado: O seguimento pós-operatório médio foi de 39 meses. A média da mobilidade articular pós-operatória de flexão foi de 133º, extensão de -20º, supinação de 84º e pronação de 78º. Em nove cotovelos (50 por cento) houve melhora do arco de movimento pós-operatório para amplitude de movimento funcional. Doze casos (66,6 por cento) apresentaram resolução ou melhora da dor para um nível que não interferisse nas atividades de vida diária. Pelo método de avaliação de Bruce, os resultados foram: sete excelentes, três bons, dois regulares e seis ruins, com média de 85,5 pontos. Ocorreu recidiva da sinovite em seis casos (33,3 por cento) e a progressão para osteoartrose em quatro (22,2 por cento). CONCLUSÃO: A sinovectomia por via artroscópica do cotovelo em pacientes com artrite reumatoide propicia melhora da dor em 66,6 por cento dos casos, porém, não leva a melhora significativa do arco de movimento.
OBJECTIVE: To review functional outcomes of arthroscopic elbow synovectomy in patients with rheumatoid arthritis. Methods: Between May 1999 and December 2005, 15 patients were submitted to elbow synovectomy using an arthroscopic approach. Three cases were bilateral, totaling 18 elbows. There were two male and 13 female patients. The mean age was 44 years and five months. The mean time of previous diagnosis was six years and eight months. All patients reported preoperative pain, and on seven elbows, instability was present. The mean preoperative values for joint motion were: flexion, 118º; extension, -24º, supine, 80º, and; prone, 71º. Result: The mean postoperative follow-up time was 39 months. The mean postoperative joint motion was 133º for flexion, -20º for extension, 84º supine, and 78º prone. On nine elbows (50 percent) an improved postoperative range of motion was reported, reaching functional levels. Twelve cases (66.6 percent) showed pain resolution or improvement to a level not interfering on the activities of daily life. According to Bruce's assessment method, the results were as follows: seven excellent, three good, two fair and six poor results, with an average of 85.5 points. Synovitis recurrence was found in six cases (33.3 percent), and evolution to osteoarthrosis was found in four (22.2 percent). CONCLUSION: Arthroscopic elbow synovectomy in patients with rheumatoid arthritis leads to pain improvement in 66.6 percent of the cases; however, it does not cause a significant range of motion improvement.