RESUMO
Em um estudo realizado na regiäo de Campinas, se quis conhecer, o que pensavam as mulheres sobre as circunstâncias em que os hospitais deveriam fazer abortos. Foram entrevistadas 1838 mulheres em idade fértil e que tinham engravidado pelo menos uma vez. Para saber se existiam algumas características das mulheres associadas à sua opinäo, foi feita uma análise univariada, seguida por uma multivariada por regressäo logística. As mulheres solteiras e as que haviam tido pelo menos um aborto provocado foram as que tiveram opinäo mais favorável à realizaçäo de abortos pelos hospitais em todas as circuntâncias perguntadas. As circuntâncias de estrupo, risco de vida para a mulher e malformaçäo fetal foram as que tiveram maior acordo. A proporçäo de mulheres que se manifestaram favoraveis foi menor no caso de aborto por razoes que trazem consequências à mulher mas näo podem ser observadas direta e objetivamente por outras pessoas.
Assuntos
Humanos , Feminino , Aborto Induzido , Saúde da Mulher , Opinião PúblicaRESUMO
No Brasil, a prevalencia da esterilizacao feminina tem aumentado significativamente, sobretudo entre as mulheres mais jovens, e sua realizacao vem sendo progressivamente associada a uma cesareana.Os dados disponiveis apontam para uma situacao preocupante, ja que caracteriza a realizacao de um procedimento cirurgico que leva a altas taxas de morbi-mortalidade. Este trabalho propoe avaliar os fatores que se associam a realizacao da laqueadura precocemente...
Assuntos
Humanos , Feminino , Adolescente , Adulto , Cesárea/estatística & dados numéricos , Esterilização Tubária/estatística & dados numéricos , Cesárea , Esterilização Tubária/efeitos adversos , Esterilização Tubária/tendências , Planejamento Familiar/estatística & dados numéricosRESUMO
Säo apresentados resultados de pesquisa que avaliou o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM), realizada em 1988, no Estado de Säo Paulo, Brasil. Foram entrevistadas 3.703 mulheres de baixa renda que tinham entre 15 e 49 anos de idade, utilizando um questionário estruturado e pré-testado. Os resultados referem-se às 669 mulheres grávidas durante 1987 ou 1988 que responderam às questöes sobre assistência pré-natal, parto e puerpério. Foi analisada a associaçäo entre algumas de suas características sociodemográficas e comparecimento às consultas pré-natais, a idade gestacional em que foi feita a primeira consulta e o número total de consultas. Os resultados mostraram associaçäo entre características sociodemográficas e comparecimento ao pré-natal. A maior percentagem de grávidas que fizeram pré-natal tinham mais que o primeiro grau de escolaridade. Foi maior a proporçäo de mulheres que começaram o pré-natal até o terceiro mês de gravidez entre aquelas que näo tinham filho vivo (74 por cento), que viviam com um companheiro (70 por cento), que tinham mais que o primeiro grau de escolaridade (88 por cento) e as que moravam no interior do Estado (71 por cento).
Assuntos
Gravidez , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Humanos , Feminino , Fatores Socioeconômicos , Idade Gestacional , Cuidado Pré-Natal , Paridade , Brasil , Idade Materna , Avaliação de Programas e Projetos de Saúde , Necessidades e Demandas de Serviços de Saúde , Saúde da MulherRESUMO
O aborto provocado expoe a mulher a riscos e complicaçoes. Estes diminuem quando o aborto é feito em boas condiçoes. As complicaçoes resultantes de abortos mal feitos podem levar à morte ou afetar as gestaçoes futuras, aumentando, por exemplo, a gravidez ectópica e o abortamento espontâneo. O objetivo do presente trabalho é apresentar dados brasileiros sobre a relaçao entre complicaçoes do aborto provocado e as condiçoes de sua prática. A pesquisa foi desenvolvida em 1990 em uma universidade brasileira. Os dados foram obtidos através de um quetionário distribuído a todas as funcionárias e alunas da graduaçao. Foram respondidos 42% dos questionários das alunas e 27% do das funcionárias; 82 alunas e 264 funcionárias tinham feito pelo menos um aborto provocado; 15 e 50, respectivamente, tiveram problemas de saúde (complicaçoes) após o último aborto. As mulheres que tiveram o aborto realizado por médico, em clínica ou hospital, e praticado por métodos mais modernos apresentaram menos complicaçoes. As mulheres mais jovens nao foram significativamente diferentes das outras com relaçao à frequência das complicaçoes. Entretanto, esse grupo esteve representado principalmente por alunas com maior nível de educaçao e, geralmente, mais recursos econômicos