RESUMO
O câncer de colo uterino apresenta elevada incidência, evolução lenta e fatores de risco identificáveis. Dispõe de exame preventivo, mas sua cobertura é extremamente baixa e a mortalidade não diminuiu. Campanhas têm sido realizada para ampliar sua oferta. Este estudo analisa a eficácia da campanha de prevenção desenvolvida pela Secretaria Municipal de Saúde de Santos (SMS), em março de 1998, avaliando a situação das mulheres que tiveram exames alterados. A campanha demonstrou absoluta inificência e ineficácia. Foi incapaz de ampliar a cobertura de exame preventivo do câncer ginecológico (PCG), informar melhor as mulheres sobre a gravidade do problema detectado, garantir o tratamento adequado e controlar os casos detectados. Deve-se repensar a estratégia assistencial calcada no "campanhismo", no marketing e nas ações descomprometidas com a vida e a saúde da população.