RESUMO
A dificuldade de comunicação entre profissionais de saúde e as comunidades populares é notória e se expressa principalmente na ineficácia dos tratamentos tal como os prescreve a medicina oficial, assim como no descontentamento, por parte dos usuários, com os seus resultados. Este artigo refletir sobre tal situação, colocando em relevo a importância ética da escuta, pelos profissionais da saúde, dos discursos e saberes extra-científicos sobre a doença e a saúde afirmados por tais comunidades. A escuta mais sensível poderá dar visibilidade aos elementos que impedem a comunicação efetiva, proporcionando a restituição da reciprocidade comunicativa, o que significa a recusa e a transformação das relações de subalternidade aí estabelecidas.(AU)
The difficulty of communication between health professionals and popular communities are well known and appears mainly in the inefficacy of the treatments such as the official medicine prescribes them, as well as in the dissatisfaction, on the part of the users, with its results. In this article, we analyze this situation, placing in relief the ethical importance of listening to, for the professionals of the health, the speeches and extra-scientific knowledge on the illness and the health affirmed by such communities. Listening most sensible will be able to give visibility to the elements that hinder the communication accomplish, providing the restitution of the reciprocity in the communication, which means the refusal and the transformation of the relations of subalternity established there.(AU)