RESUMO
Objetivou-se analisar a percepção do estigma sofrido por mulheres moradoras de um bairro do Programa Minha Casa, Minha Vida, destinado a pessoas de baixa renda, e a importância percebida em relação à participação no grupo de Práticas Corporais/Atividade Física (PCAF) de uma Unidade Básica de Saúde. Os dados foram coletados por meio de entrevistas, com 25 mulheres. Foram definidas duas categorias de análise: "estigma e discriminação" e "mudanças percebidas na vida após participação no grupo". As participantes relataram experiências em que sofreram estigmas e que a participação no grupo foi benéfica, tanto em relação aos aspectos físicos, quanto em relação ao desenvolvimento do sentimento de pertencimento ao bairro. Conclui-se que o grupo de PCAF foi importante para o enfrentamento do sofrimento relacionado às experiências de estigma, problema este que precisa ser enfrentado de maneira ampla e articulada.
The objective was to analyze the perception of the stigma experienced by women living in a neighborhood of the Minha Casa, Minha Vida program, aimed at low-income people, and the perceived importance in relation to participation in relation to participation in a group of Body Practices/Physical Activity (BPPA) offered by a Health Center. Data were collected through interviews with 25 women. Two categories of analysis were defined: "stigma and discrimination" and "perceived changes in life after participation in the group". Participants reported situations in which they experienced stigma and that participation in the group was beneficial both for physical fitness and for the developmentof a feeling of belonging to the neighborhood. It is concluded that the BPPA group was important to face the suffering related to the experiences of stigma, a problem that needs to be addressed in a broad and articulated manner.
El objetivo fueanalizarlapercepcióndel estigma que sufren las mujeres residentes en un barrio del programa Minha Casa, MinhaVida, dirigido a personas pobres, y la importancia percibida en relación a la participación en un grupo de Prácticas Corporales/Actividad Física (PCAF) de un Centro de Salud. Los datos se obtuvieron mediante entrevistas a 25 mujeres. Se definieron dos categorías de análisis: "estigma y discriminación" y "cambios percibidos en la vida tras la participación en el grupo". Las mujeres relataron experiencias en las que sufrieron estigmatización y que su participación en el grupo fue positiva, tanto enlos aspectos físicos como enrelación al desarrollo de lsentimiento de pertenencia al barrio. Se concluye que el grupo PCAF fue importante para enfrentar el sufrimiento relacionado con las experiencias de estigma, problema que de be ser abordado de manera amplia y articulada.