RESUMEN
A Gestalt-terapia vem crescendo e se desenvolvendo desde de sua recepção na década de 1950. Para alguns autores, a Gestalt-terapia está envolvida no processo de recepção da fenomenologia na psicologia Humanista. Todavia, aspectos que envolvem o processo de formação de um conhecimento especializado e institucionalizado, como a disciplinarização dessa abordagem, são pouco visíveis no Mato Grosso do Sul (MS). Nesse cenário, esta pesquisa objetiva descrever e analisar formas de disciplinarização da Gestalt-terapia, em Mato Grosso do Sul, entre 1980 e 1990. Metodologicamente, esta é uma pesquisa em História da Psicologia que opera com Análise Documental e Análise de Conteúdo de fontes orais e textuais. Os resultados indicam que a disciplinarização da Gestalt-terapia ocorreu simultaneamente à graduação dos primeiros psicólogos, na cidade. Eles destacam, também, envolvimento nessa formação como uma possibilidade de expansão de conhecimentos, já que o cenário campo-grandense, à época, dificultava o acesso a formações complementares. Por fim, sinalizam um perfil de grupo eminentemente feminino e que salienta a importância de vivências terapêuticas no grupo de formação. Assim, ao desvelarmos esse processo, compreende-se determinados aspectos da história da Psicologia brasileira além de clarificar aspectos não narrados da história local, até então.
Gestalt Therapy has been growing and developing since its arrival in the 1950's. For some authors, Gestalt-therapy is involved in the process of receiving phenomenology in Humanistic Psychology. However, specifics and institutionalized aspects of its studies, as disciplinarization, are barely visible in Mato Grosso do Sul (MS). In this scenario, this research aims to describe and analyze Gestalt-Therapy's disciplinarization in MS, between 1980 and 1990. Methodologically, this is a research in History of Psychology that uses Documentary and Content Analysis from oral and textual sources. Results indicate that Gestalt-Therapy's disciplinarization happened at the same time the firsts psychologists graduated in the city. They also highlight the involvement in the Gestalt-Therapy's training as a possibility of expansion knowledge, considering the scenario of Campo Grande, at the time, made it difficult to access complementary education. Finally, they suggest an eminently female group profile that shows the importance of therapeutic experiences in the group formation. Therefore, by unveiling this process, we understand certain aspects of the history of Brazilian Psychology, in addition to clarifying untold aspects of this local history.
La Terapia gestáltica (GT), desde su recepción en la década de 1950, se ha desarrollado profusamente. Para algunos autores la terapia gestáltica está involucrada en el proceso de recepción de la fenomenología en la psicología humanística. Sin embargo, algunos aspectos disciplinares de ésta en Mato Grosso do Sul (MS) son poco visibles. En este escenario, esta investigación tiene como objetivo describir y analizar las formas de desarrollo disciplinar de la GT en MS, entre los años 1980 y 1990. Metodológicamente, este es un estudio en Historia de la Psicología que opera con análisis documental y de contenido de fuentes orales y textuales. Los resultados indican que el desarrollo disciplinar de la GT ocurrió junto con la graduación de los primeros psicólogos en la ciudad. Éstos destacan, que el interés en este enfoque terapéutico fue por la posibilidad de expansión de conocimientos, ya que el escenario campo-grandense de la época, dificultaba el acceso a formaciones complementarias. Finalmente, éstos señalan un perfil de grupo eminentemente femenino y que alentaba la importancia de vivencias terapéuticas en el grupo de formación. Es por ello que, al develar este proceso, se comprenden determinados aspectos de la historia de la psicología brasileña, además de clarificar aspectos hasta entonces no narrados de esa historia local.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Historia del Siglo XX , Psicología/historia , Terapia Gestalt/educación , Estudiantes del Área de la Salud/historia , Brasil , Distribución por Sexo , Terapia Gestalt/historiaRESUMEN
O artigo em questão busca discorrer acerca das exigências, ou melhor dizendo, das convocações que a tarefa de atuar e ensinar Gestalt-terapia nos traz, considerando algumas peculiaridades que atravessam esse fazer gestáltico no contexto acadêmico. Ressaltamos que o eixo central de nossa narrativa apoia-se na ideia do cuidado enquanto prática e intervenção nas múltiplas ações e proposições que constituem a formação universitária em psicologia, perpassando pela nossa compreensão e atuação na clínica gestáltica. Ao afirmarmos a dimensão sensível da abordagem gestáltica, discutimos a articulação da sensibilidade e do cuidado como uma política ontológica, destacando a responsabilidade que temos de produzir mundos com nossas práticas. Nesse sentido, o texto tem a proposição de discutir e pensar nossas práticas durante todos esses anos na interseção entre a universidade, a clínica e a vida. Esse movimento, portanto, enfatiza a impossibilidade de separação entre tais aspectos numa abordagem visionária como é a Gestalt-terapia, cujo fundamento principal é a experimentação. Finalizamos ressaltando a importância da valorização das pequenas ações, afastando-nos de uma certa espetacularização desse fazer, cuja a dimensão política se desdobra no cotidiano.(AU)
The article in question seeks to discuss the demands, or rather, the calls that the task of acting and teaching Gestalt-therapy brings us, considering some peculiarities that go through this gestaltic practice in the academic context. We emphasize that the central axis of our narrative is based on the idea of care as a practice and intervention in the multiple actions and propositions that constitute the university education in psychology, going through our understanding and performance of the gestaltic clinic. In affirming the sensitive dimension of the gestaltic approach, we discuss the articulation of sensitivity and care as an ontological policy, highlighting the responsibility we have to produce worlds with our practices. In this sense, the text proposes to discuss and to think about our practices during all these years at the intersection between the university, the clinic and life. This movement, therefore, emphasizes the impossibility of separation between such aspects in a visionary approach such as Gestalt-therapy, whose main foundation is experimentation. We conclude by emphasizing the importance of valuing small actions, moving away from a certain spectacularization of this doing, whose political dimension unfolds itself in daily life.(AU)
El artículo en cuestión busca discutir las demandas, o mejor dicho, las llamadas que nos trae la tarea de actuar y enseñar terapia Gestalt, considerando algunas peculiaridades que atraviesan esto hacer gestáltico en el contexto académico. Destacamos que el eje central de nuestro relato se basa en la idea del cuidado como práctica e intervención en las múltiples acciones y propuestas que constituyen la formación universitaria en psicología, pasando por nuestra comprensión y actuación en la clínica gestáltica. Al afirmar la dimensión sensible del enfoque gestáltico, discutimos la articulación de la sensibilidad y el cuidado como una política ontológica, destacando la responsabilidad que tenemos de producir mundos con nuestras prácticas. En este sentido, el texto propone discutir y reflexionar sobre nuestras prácticas durante todos estos años en la intersección entre la universidad, la clínica y la vida. Este movimiento, por lo tanto, enfatiza la imposibilidad de separación entre tales aspectos en un enfoque visionario como la terapia Gestalt, cuyo fundamento principal es la experimentación. Concluimos destacando la importancia de valorar las pequeñas acciones, alejándonos de una cierta espectacularización de este hacer, cuya dimensión política se despliega en la vida cotidiana.(AU)
Asunto(s)
Psicología Clínica , Terapia Gestalt/educación , Psicología , Enseñanza , UniversidadesRESUMEN
A Gestalt-Terapia surge nos EUA no ano de 1951 e chega ao Brasil no início da década de 1970. O presente artigo tem como objetivo apresentar a história e o desenvolvimento da Gestalt-Terapia no Brasil. Para tanto, aborda a recepção dessa abordagem psicoterapêutica em nosso país, considerando os elementos históricos que permitiram sua chegada, sobretudo o contexto sócio-político e a situação da psicologia como ciência e profissão na década de 1970. Discorre ainda sobre o desenvolvimento inicial desta abordagem no Brasil, apresentando sua difusão, crescimento e consolidação enquanto teoria e prática psicoterápicas. Por fim, assinala a expansão dos princípios gestálticos para outras áreas da psicologia, o que justifica a designação recente do termo abordagem gestáltica.
Gestalt therapy emerged in the USA in 1951 and arrived in Brazil in the early 1970s. This paper aims to present the history and the development of Gestalt therapy in Brazil. To this end, it addresses the reception of such psychotherapeutic approach in our country, considering the historical factors which enabled it, especially the socio-political context and the situation of Psychology as a science and a profession in the 1970s. It also presents the early development of this approach in Brazil, with its spread, growth and consolidation as a psychotherapeutic theory and practice. Finally, the article marks the expansion of Gestalt principles in other areas of Psychology,explainingthe recent designation of the term gestalt approach.
Asunto(s)
Psicología , Terapia Gestalt/educación , Terapia Gestalt/historiaRESUMEN
Propomo-nos, a partir de um estudo exploratório, questionar: como se dá o processo de facilitação da aprendizagem em Gestalt-terapia no ambiente acadêmico? Fez-se necessário compreender como a Gestalt-terapia, em seus referenciais teóricos, entende o processo de facilitação da aprendizagem. Nesse sentido, nos detivemos em estudos sobre Gestaltpedagogia, e sobre a formação do psicoterapeuta na Abordagem Gestáltica. Ampliamos nossos referenciais a partir das ideias de Martin Buber sobre Educação e sobre a Filosofia Dialógica, estabelecendo também o diálogo com a Filosofia da Alteridade de Emmanuel Lévinas, especificamente no que diz respeito ao conceito de ensino. Partindo do pressuposto que tais referenciais teóricos orientam nossa prática docente, intencionamos ilustrar nosso entendimento e vivência sobre a temática utilizando-nos das versões de sentido realizadas por uma aluna que participou do Curso de Capacitação na Abordagem Gestáltica, oferecido aos estudantes de graduação do Curso de Psicologia na Universidade Federal do Ceará. Propomos uma prática docente que possibilite afetação, em que se experiencie o abandono das referências, das seguranças do conhecido, e que proponha um conhecimento a partir desta afetação provocada pela exposição ao outro do professor, dos livros e pelas experiências vividas a partir da experiência concreta em sala de aula.(AU)
Starting from an exploratory study, we are questioning How the process of learning facilitation in Gestalt therapy works in the academic environment? It was necessary to understand how Gestalt Therapy views the process of learning facilitation in its theoretical references. Accordingly, we focus our readings in the Gestaltpedagogy studies, and on the training of psychotherapists in the Gestalt approach. We expanded our references from the ideas of Martin Buber on Education and Dialogical Philosophy as well, thus establishing a dialogue with Emmanuel Levinas's Otherness Philosophy, specifically regarding the concept of Teaching. Assuming that such theoretical references guide our teaching practice, we intend to illustrate our understanding and experience on the subject using the versions of meanings performed by a student who participated in the Training Course in the Gestalt Approach, offered to Psychology Course graduating students at the Federal University Federal of Ceará. We propose a teaching practice that enables affectation, the experiences of references` abandonment, the security of the known. We are proposing a knowledge from this affectation caused by exposure to the otherness of the teacher, of the books and the experiences from the concrete experience in the classroom.(AU)
Se propone como un estudio exploratorio interrogar: ¿cómo es el proceso de facilitar el aprendizaje en la terapia Gestalt en el ámbito académico? Se hizo necesario entender cómo la terapia Gestalt en sus referencias teóricas entiende el proceso de facilitar el aprendizaje. Con ello, nos detuvimos en estudios sobre Gestaltpedagogía, y sobre la formación del psicoterapeuta el Abordaje Gestáltica. Hemos ampliado nuestras referencias a partir de las ideas de Martin Buber sobre Educación y sobre Filosofía Dialógica, estableciendo asimismo el diálogo con la Filosofía de la Alteridad de Emmanuel Levinas, en particular con respecto al concepto de la enseñanza. Suponiendo que tales referenciales teóricos orientan nuestra práctica docente, tenemos la intención de ilustrar nuestro conocimiento y la experiencia sobre el tema utilizándonos de las versiones de sentido realizadas por una estudiante que participó del Curso de Capacitación en el enfoque de la Gestalt, que se ofrece a los estudiantes del Curso de Psicología de la Universidad Federal de Ceará. Proponemos una práctica docente que permite la afectación, como lo experimenta el abandono de los referenciales, la seguridad del conocido, y proponer un conocimiento desde esta afectación causada por la exposición al otro del profesor, de los libros y de las experiencias vividas en la experiencia concreta en las clases.(AU)
Asunto(s)
Terapia Gestalt/educación , AprendizajeRESUMEN
Propomo-nos, a partir de um estudo exploratório, questionar: como se dá o processo de facilitação da aprendizagem em Gestalt-terapia no ambiente acadêmico? Fez-se necessário compreender como a Gestalt-terapia, em seus referenciais teóricos, entende o processo de facilitação da aprendizagem. Nesse sentido, nos detivemos em estudos sobre Gestaltpedagogia, e sobre a formação do psicoterapeuta na Abordagem Gestáltica. Ampliamos nossos referenciais a partir das ideias de Martin Buber sobre Educação e sobre a Filosofia Dialógica, estabelecendo também o diálogo com a Filosofia da Alteridade de Emmanuel Lévinas, especificamente no que diz respeito ao conceito de ensino. Partindo do pressuposto que tais referenciais teóricos orientam nossa prática docente, intencionamos ilustrar nosso entendimento e vivência sobre a temática utilizando-nos das versões de sentido realizadas por uma aluna que participou do Curso de Capacitação na Abordagem Gestáltica, oferecido aos estudantes de graduação do Curso de Psicologia na Universidade Federal do Ceará. Propomos uma prática docente que possibilite afetação, em que se experiencie o abandono das referências, das seguranças do conhecido, e que proponha um conhecimento a partir desta afetação provocada pela exposição ao outro do professor, dos livros e pelas experiências vividas a partir da experiência concreta em sala de aula...
Starting from an exploratory study, we are questioning How the process of learning facilitation in Gestalt therapy works in the academic environment? It was necessary to understand how Gestalt Therapy views the process of learning facilitation in its theoretical references. Accordingly, we focus our readings in the Gestaltpedagogy studies, and on the training of psychotherapists in the Gestalt approach. We expanded our references from the ideas of Martin Buber on Education and Dialogical Philosophy as well, thus establishing a dialogue with Emmanuel Levinas's Otherness Philosophy, specifically regarding the concept of Teaching. Assuming that such theoretical references guide our teaching practice, we intend to illustrate our understanding and experience on the subject using the versions of meanings performed by a student who participated in the Training Course in the Gestalt Approach, offered to Psychology Course graduating students at the Federal University Federal of Ceará. We propose a teaching practice that enables affectation, the experiences of references` abandonment, the security of the known. We are proposing a knowledge from this affectation caused by exposure to the otherness of the teacher, of the books and the experiences from the concrete experience in the classroom...
Se propone como un estudio exploratorio interrogar: ¿cómo es el proceso de facilitar el aprendizaje en la terapia Gestalt en el ámbito académico? Se hizo necesario entender cómo la terapia Gestalt en sus referencias teóricas entiende el proceso de facilitar el aprendizaje. Con ello, nos detuvimos en estudios sobre Gestaltpedagogía, y sobre la formación del psicoterapeuta el Abordaje Gestáltica. Hemos ampliado nuestras referencias a partir de las ideas de Martin Buber sobre Educación y sobre Filosofía Dialógica, estableciendo asimismo el diálogo con la Filosofía de la Alteridad de Emmanuel Levinas, en particular con respecto al concepto de la enseñanza. Suponiendo que tales referenciales teóricos orientan nuestra práctica docente, tenemos la intención de ilustrar nuestro conocimiento y la experiencia sobre el tema utilizándonos de las versiones de sentido realizadas por una estudiante que participó del Curso de Capacitación en el enfoque de la Gestalt, que se ofrece a los estudiantes del Curso de Psicología de la Universidad Federal de Ceará. Proponemos una práctica docente que permite la afectación, como lo experimenta el abandono de los referenciales, la seguridad del conocido, y proponer un conocimiento desde esta afectación causada por la exposición al otro del profesor, de los libros y de las experiencias vividas en la experiencia concreta en las clases...
Asunto(s)
Humanos , Aprendizaje , Terapia Gestalt/educaciónRESUMEN
La capacitación en psicoterapia Gestalt pretende lograr en los entrenados una mayor capacidad para vivir en el presente, para orientarse y guiarse por principios internos, desarrollar una actitud responsable, flexible y creativa en la relación con la realidad y los otros seres humanos, y para desarrollar la sensibilidad a los propios procesos. Esto es, lograr un mayor autoactualización. Se piensa que esto es básico para efectuar acciones psicoterapéuticas en este enfoque. Este estudio mide las diferencias en la autoactualización entre un grupo de 18 personas que cursaron un programa de diplomación en psicoterapia Gestalt integrativa durante dos años y medio y un grupo control. Los hallazgos son compatibles con la hipótesis de que el programa aumenta la autorrealización