RESUMEN
OBJECTIVE: to evaluate the factors associated with non-closure of protective ileostomy after anterior resection of the rectum with total mesorectum excision for rectal cancer, the morbidity associated with the closure of ileostomies and the rate of permanent ileostomy in patients with rectal adenocarcinoma. METHODS: we conducted a retrospective study with 174 consecutive patients diagnosed with rectal tumors, of whom 92 underwent anterior resection of the rectum with coloanal or colorectal anastomosis and protective ileostomy, with curative intent. We carried out a multivariate analysis to determine the factors associated with definite permanence of the stoma, as well as studied the morbidity of patients who underwent bowel continuity restoration. RESULTS: In the 84-month follow-up period, 54 of the 92 patients evaluated (58.7%) had the ileostomy closed and 38 (41.3%) remained with the stoma. Among the 62 patients who had the ileostomy closed, 11 (17.7%) presented some type of postoperative complication: three had ileal anastomosis dehiscence, five had intestinal obstruction, two had surgical wound infection, and one, pneumonia. Eight of these patients required a new stoma. CONCLUSION: according to the multivariate analysis, the factors associated with stoma permanence were anastomotic fistula, presence of metastases and closure of the ileostomy during chemotherapy.
OBJETIVO: avaliar os fatores associados ao não fechamento de ileostomia protetora após ressecção anterior do reto com excisão total do mesorreto por câncer retal, a morbidade associada ao fechamento destas ileostomias e a taxa de estomia permanente em pacientes com adenocarcinoma retal. MÉTODOS: estudo retrospectivo de 174 pacientes consecutivos com diagnóstico de tumores retais, dos quais 92 foram submetidos à ressecção anterior do reto com intenção curativa, anastomose coloanal ou colorretal e ileostomia de proteção. Foi realizada análise multivariada visando a determinar os fatores associados à permanência definitiva da estomia, assim como o estudo da morbidade nos que se submeteram à reconstrução do trânsito. RESULTADOS: no período de seguimento de 84 meses, 54 dos 92 pacientes avaliados (58,7%) tiveram a ileostomia fechada e 38 (41,3%) permaneceram com a estomia. Entre os 62 pacientes que tiveram a ileostomia fechada, 11 (17,7%) apresentaram algum tipo de complicação pós-operatória: três com deiscência de anastomose ileal, cinco com obstrução intestinal, dois com infecção de ferida operatória e um com pneumonia. Oito destes pacientes necessitaram de um novo estoma. CONCLUSÃO: de acordo com a análise multivariada, os fatores associados à permanência da estomia foram fístula de anastomose, presença de metástases e fechamento da ileostomia durante quimioterapia.
Asunto(s)
Adenocarcinoma/cirugía , Tránsito Gastrointestinal , Ileostomía/métodos , Proctectomía/métodos , Neoplasias del Recto/cirugía , Adenocarcinoma/tratamiento farmacológico , Adenocarcinoma/rehabilitación , Adulto , Anciano , Anastomosis Quirúrgica/métodos , Femenino , Humanos , Ileostomía/efectos adversos , Ileostomía/rehabilitación , Masculino , Persona de Mediana Edad , Análisis Multivariante , Complicaciones Posoperatorias , Proctectomía/efectos adversos , Proctectomía/rehabilitación , Fístula Rectal/complicaciones , Neoplasias del Recto/tratamiento farmacológico , Neoplasias del Recto/rehabilitación , Estudios Retrospectivos , Factores de Riesgo , Estomas Quirúrgicos/efectos adversos , Factores de Tiempo , Resultado del TratamientoRESUMEN
RESUMO Objetivo: avaliar os fatores associados ao não fechamento de ileostomia protetora após ressecção anterior do reto com excisão total do mesorreto por câncer retal, a morbidade associada ao fechamento destas ileostomias e a taxa de estomia permanente em pacientes com adenocarcinoma retal. Métodos: estudo retrospectivo de 174 pacientes consecutivos com diagnóstico de tumores retais, dos quais 92 foram submetidos à ressecção anterior do reto com intenção curativa, anastomose coloanal ou colorretal e ileostomia de proteção. Foi realizada análise multivariada visando a determinar os fatores associados à permanência definitiva da estomia, assim como o estudo da morbidade nos que se submeteram à reconstrução do trânsito. Resultados: no período de seguimento de 84 meses, 54 dos 92 pacientes avaliados (58,7%) tiveram a ileostomia fechada e 38 (41,3%) permaneceram com a estomia. Entre os 62 pacientes que tiveram a ileostomia fechada, 11 (17,7%) apresentaram algum tipo de complicação pós-operatória: três com deiscência de anastomose ileal, cinco com obstrução intestinal, dois com infecção de ferida operatória e um com pneumonia. Oito destes pacientes necessitaram de um novo estoma. Conclusão: de acordo com a análise multivariada, os fatores associados à permanência da estomia foram fístula de anastomose, presença de metástases e fechamento da ileostomia durante quimioterapia.
ABSTRACT Objective: to evaluate the factors associated with non-closure of protective ileostomy after anterior resection of the rectum with total mesorectum excision for rectal cancer, the morbidity associated with the closure of ileostomies and the rate of permanent ileostomy in patients with rectal adenocarcinoma. Methods: we conducted a retrospective study with 174 consecutive patients diagnosed with rectal tumors, of whom 92 underwent anterior resection of the rectum with coloanal or colorectal anastomosis and protective ileostomy, with curative intent. We carried out a multivariate analysis to determine the factors associated with definite permanence of the stoma, as well as studied the morbidity of patients who underwent bowel continuity restoration. Results: In the 84-month follow-up period, 54 of the 92 patients evaluated (58.7%) had the ileostomy closed and 38 (41.3%) remained with the stoma. Among the 62 patients who had the ileostomy closed, 11 (17.7%) presented some type of postoperative complication: three had ileal anastomosis dehiscence, five had intestinal obstruction, two had surgical wound infection, and one, pneumonia. Eight of these patients required a new stoma. Conclusion: according to the multivariate analysis, the factors associated with stoma permanence were anastomotic fistula, presence of metastases and closure of the ileostomy during chemotherapy.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Adulto , Anciano , Neoplasias del Recto/cirugía , Tránsito Gastrointestinal , Ileostomía/métodos , Adenocarcinoma/cirugía , Proctectomía/métodos , Complicaciones Posoperatorias , Neoplasias del Recto/tratamiento farmacológico , Neoplasias del Recto/rehabilitación , Factores de Tiempo , Anastomosis Quirúrgica/métodos , Ileostomía/efectos adversos , Ileostomía/rehabilitación , Adenocarcinoma/tratamiento farmacológico , Adenocarcinoma/rehabilitación , Análisis Multivariante , Estudios Retrospectivos , Factores de Riesgo , Fístula Rectal/complicaciones , Resultado del Tratamiento , Estomas Quirúrgicos/efectos adversos , Proctectomía/efectos adversos , Proctectomía/rehabilitación , Persona de Mediana EdadRESUMEN
Introduction: Over the last decades, treatment for rectal cancer has substantially improved with development of new surgical options and treatment modalities. With the improvement of survival, functional outcome and quality of life are getting more attention. Study objective: To provide an overview of current modalities in rectal cancer treatment, with particular emphasis on functional outcomes and quality of life. Results: Functional outcomes after rectal cancer treatment are influenced by patient and tumor characteristics, surgical technique, the use of preoperative radiotherapy and the method and level of anastomosis. Sphincter preserving surgery for low rectal cancer often results in poor functional outcomes that impair quality of life, referred to as low anterior resection syndrome. Abdominoperineal resection imposes the need for a permanent stoma but avoids the risk of this syndrome. Contrary to general belief, long-term quality of life in patients with a permanent stoma is similar to those after sphincter preserving surgery for low rectal cancer. Conclusion: All patients should be informed about the risks of treatment modalities. Decision on rectal cancer treatment should be individualized since not all patients may benefit from a sphincter preserving surgery "at any price". Non-resection treatment should be the future focus to avoid the need of a permanent stoma and bowel dysfunction.
Introdução: Ao longo das últimas décadas, o tratamento do câncer retal melhorou substancialmente com o desenvolvimento de novas opções terapêuticas. Com a melhoria da sobrevida, os resultados funcionais e a qualidade de vida são cada vez mais tidos em consideração. Objetivos do estudo: Rever as modalidades atuais de tratamento do câncer retal, com enfase nos resultados funcionais e qualidade de vida. Resultados: Os resultados funcionais após tratamento para o câncer retal é influenciado pelas características do doente, do tumor, da técnica cirúrgica, do uso de radioterapia pré-cirúrgica e do método e nível da anastomose. A cirurgia poupadora de esfíncter do câncer retal baixo resulta frequentemente em maus resultados funcionais que prejudicam a qualidade de vida, denominados síndrome da ressecção anterior baixa. A amputação abdominoperitoneal impõe a necessidade de uma colostomia definitiva mas evita os riscos de resultados funcionais deficitários. Contrariamente à crença geral, a qualidade de vida a longo-prazo em doentes com colostomia definitiva é semelhante à qualidade de vida após cirurgia poupadora de esfíncter do câncer retal baixo. Conclusão: Todos os doentes devem ser informados sobre o risco das opções terapêuticas. A decisão do tratamento do câncer retal deve ser individualizada uma vez que nem todos os doentes beneficiarão de uma cirurgia poupadora de esfíncter "a qualquer preço". A possibilidade de tratamento sem ressecção devem ser o foco futuro para evitar a necessidade de uma colostomia definitiva e disfunção gastrointestinal.