RESUMEN
A discussão sobre a interação entre hipertensão arterial e lesão renal vem desde o início so século passado. Dados epidemiológicos atuais apontam a hipertensião arterial sistêmica como o fator de risco mais importante para a perda progressiva da função renal em estudos com pacientes acometidos de doença renal crônica terminal. Existem duas formas distintas de apresentação da lesão renal do paciente hipertenso: a nefroesclerose benigna e a nefroesclerose maligna, sendo ambas distintas tanto do ponto de vista clínico como anatomopatológico. O tratamento da hipertensão arterial visa tanto à prevenção de lesões renais no paciente sem doença prévia como à diminuição da deterioração da lesão renal no paciente com doença renal já instalada, sendo as metas terapêuticas baseadas na redução dos valores da pressão arterial, alvo terapêutico < 130/80 mm Hg, preferencialmente com medicamentos que também diminuam a pressão intraglomerular, como inibidores da enzima de conversão da angiotensina e/ou antagonista da angiotensina II.