RESUMEN
Prevention is universally advocated, especially in the case of noncommunicable diseases. However, given the proliferation of preventive technologies, it does not seem defensible to generically encourage preventive behaviors and tests for healthcare professionals and users. In this essay, we articulate concepts, ideas and criteria for considering preventive measures, providing a minimum guide to be used by professionals (especially in primary healthcare) and managers. The concepts of primary, secondary and quaternary prevention are explored, as well as those of reductive and additive prevention, high-risk and population-based preventive strategies; evidence-based medicine and its contemporary crisis; the precautionary principle; health promotion, an expanded, person-centered approach and shared decision-making. This discussion was designed to improve competence in the evaluation of preventive measures, making clinical and health decisions more judicious and less iatrogenic regarding primary and secondary prevention.
A prevenção é consensualmente defendida, especialmente para as doenças crônicas não transmissíveis. Porém, dada a proliferação de tecnologias preventivas, não parece defensável estimular genericamente condutas e exames preventivos em profissionais de saúde e usuários. Neste ensaio, apresentamos uma articulação de conceitos, ideias e critérios para a consideração de medidas preventivas, como um roteiro mínimo a ser manejado pelos profissionais (especialmente os da atenção primária à saúde) e gestores. São articulados os conceitos de: prevenção primária, secundária e quaternária; prevenção redutiva e aditiva, estratégias preventivas de alto risco e populacional; medicina baseada em evidências e sua crise contemporânea; princípio da precaução; promoção da saúde, abordagem ampliada e centrada na pessoa e decisão compartilhada. Tal articulação foi concebida visando melhorar a competência na avaliação de medidas preventivas, tornando as decisões clínicas e sanitárias mais criteriosas e menos iatrogênicas quanto à prevenção primária e secundária.
La prevención es defendida consensuadamente, especialmente en las enfermedades crónicas no transmisibles. Sin embargo, dada la proliferación de tecnologías preventivas, no parece sostenible fomentar genéricamente conductas y exámenes preventivos entre los profesionales de la salud y los usuarios. En este ensayo, presentamos una articulación de conceptos, ideas y criterios para considerar medidas preventivas, como una guía mínima que manejar por parte de los profesionales (especialmente en la atención primaria de salud) y gestores. Se articulan los conceptos de prevención primaria, secundaria y cuaternaria; prevención reductiva y aditiva, estrategias preventivas de alto riesgo y poblacional; medicina basada en evidencias y su crisis contemporánea; principio de precaución; promoción de la salud, abordaje ampliado y centrado en la persona y toma de decisiones compartida. Esta articulación fue diseñada para mejorar la competencia en la evaluación de medidas preventivas, haciendo que las decisiones clínicas y de salud sean más juiciosas y menos iatrogénicas con relación a la prevención primaria y secundaria.
Asunto(s)
Prevención Primaria , Humanos , Promoción de la Salud/métodos , Medicina Basada en la Evidencia , Servicios Preventivos de Salud , Prevención Secundaria/métodos , Atención Primaria de Salud , Medicina Preventiva/normasRESUMEN
[RESUMEN]. El desarrollo de la salud pública en América Latina durante el siglo XX combinó, desde el principio, el marco de la medicina social sobre los orígenes sociales, políticos y ambientales de la enfermedad con los aportes del trabajo de campo de la antropología médica. A pesar de la hegemonía del modelo médico, el surgimiento del marco de la medicina preventiva legitimó aún más la participación de los científicos sociales en el estudio de la multicausalidad de la enfermedad. Sin embargo, las limitaciones que trajo consigo la falta de contextualización histórica y política del modelo de la medicina preventiva dieron paso al movimiento latinoamericano de medicina social, basado en el materialismo histórico, y al desarrollo tanto de la epidemiología crítica como de la antropología médica crítica.
[ABSTRACT]. The development of public health in Latin America during the 20th century combined, early on, the social medicine framework on the social, political, and environmental origins of disease with the contributions of medical anthropological fieldwork. Despite the hegemony of the medical model, the surge of the preventive medicine framework further legitimized the involvement of social scientists in the study of the multicausality of disease. However, the limitations brought by the preventive medicine model’s lack of historical and political contextualization gave way to the Latin American social medicine movement, which was grounded in historical materialism, and the development of both critical epidemiology and critical medical anthropology.
[RESUMO]. Desde o início, a evolução da saúde pública na América Latina ao longo do século XX combinou o marco teórico da medicina social sobre as origens sociais, políticas e ambientais das doenças com as contribuições derivadas do trabalho de campo da antropologia médica. Apesar da hegemonia do modelo médico, o surgimento do modelo de medicina preventiva legitimou ainda mais a participação dos cientistas sociais no estudo da multicausalidade das doenças. Entretanto, as limitações causadas pela falta de contextualização histórica e política do modelo de medicina preventiva abriram espaço para o movimento latino-americano de medicina social, fundamentado no materialismo histórico, e para o desenvolvimento da epidemiologia crítica e da antropologia médica crítica.
Asunto(s)
Salud Pública , América Latina , Antropología Médica , Organización Panamericana de la Salud , Determinantes Sociales de la Salud , Determinación Social de la Salud , Epidemiología , Medicina Social , Ciencias Sociales , Medicina Preventiva , Salud Pública , América Latina , Antropología Médica , Organización Panamericana de la Salud , Determinantes Sociales de la Salud , Epidemiología , Medicina Social , Ciencias Sociales , Medicina Preventiva , Salud Pública , Antropología Médica , Organización Panamericana de la Salud , Determinación Social de la Salud , Epidemiología , Ciencias SocialesRESUMEN
Objetivo: Avaliar as atitudes e crenças de pacientes e médicos ginecologistas-obstetras sobre o rastreamento cervical e o exame pélvico no Hospital Universitário de Brasília (HUB). Métodos: Foram realizadas entrevistas com pacientes que aguardavam por uma consulta previamente agendada no ambulatório de ginecologia e com médicos ginecologistas-obstetras que atuavam no HUB. Cada grupo respondeu a um questionário que enfocava a realização do rastreamento cervical e do exame pélvico (EP). Resultados: No total, 387 pacientes responderam ao questionário. Dessas, apenas 4,13% sabiam que, de acordo com as diretrizes brasileiras, o rastreamento cervical deveria ser iniciado aos 25 anos de idade, 5,17% sabiam que ele deveria ser encerrado aos 64 anos e 97,93% esperavam um intervalo menor do que o trienal recomendado. Após serem informadas sobre as diretrizes, 66,93% acreditavam que o início aos 25 anos é tardio, 61,5%, que o encerramento aos 64 anos é precoce, 88,37%, que o intervalo trienal é muito longo e 94,06% ficaram com receio de que problemas de saúde pudessem aparecer nesse intervalo. Dos 44 médicos que responderam ao questionário, embora a maioria concordasse com as diretrizes, somente 31,82%, 38,64% e 34,1% as seguia com relação à frequência, à idade de início e à idade de encerramento, respectivamente. Quanto ao EP, aproximadamente metade dos participantes de cada grupo considerava que o exame deveria ser realizado nas consultas regulares com o ginecologista. Conclusão: Foi observada uma discrepância entre as expectativas das pacientes e as diretrizes para o rastreamento de câncer cervical. A maior parte das pacientes não as conhecia e, quando informadas, não concordava com elas. Quanto aos médicos ginecologistas- obstetras, a maioria não as seguia, apesar de conhecê-las. Quanto ao EP, grande parte dos médicos e pacientes considerava-o importante e acreditava que ele deveria ser realizado de forma rotineira nas consultas ginecológicas.
Objective: Evaluate the attitudes and beliefs of patients and obstetrician-gynecologists about cervical screening and pelvic examination in the University Hospital of Brasília (HUB). Methods: Face-to-face interviews with patients waiting for a previously scheduled consultation at the gynecology outpatient clinics and attending obstetrician-gynecologists at the HUB. Each group answered a questionnaire addressing cervical screening and pelvic examination (PE). Results: 387 patients answered the questionnaire. Of these, only 4.13% were aware that, according to Brazilian guidelines, cervical screening should begin at age 25, 5.17% that it should stop at age 64 and 97.93% expected a shorter interval than the recommended triennial. After being informed of the guidelines, 66.93% believed that starting at age 25 is late, 61.5% that stopping at 64 is early, 88.37% that the triennial interval is too long, and 94.06% would be afraid that health problems could appear during the interval. Of the 44 participating physicians, although most agreed with the guidelines, only 31.82%, 38.64% and 34.1% followed them regarding frequency, starting and stopping age, respectively. As for EP, approximately half of the participants in each group believed that it should be performed in regular consultations with the gynecologist. Conclusion: There was a discrepancy between patients' expectations and cervical screening guidelines. Most patients didn't know and, when informed, didn't agree with them. As for Ob-Gyn physicians, most did not follow these guidelines, despite knowing them. As for pelvic exam, most physicians and patients considered it important and believed it should be routinely performed during gynecological consultations.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Pelvis , Conocimientos, Actitudes y Práctica en Salud , Prueba de Papanicolaou/métodos , Pacientes , Tamizaje Masivo , Medicina Preventiva , Ginecólogos , ObstetrasAsunto(s)
Embarazo , Recién Nacido , Lactante , Preescolar , Niño , Enfermería en Salud Comunitaria , Medicina Preventiva , Desarrollo InfantilRESUMEN
RESUMEN Objetivo. Diseñar y analizar las evidencias de validez de contenido, estructura interna y fiabilidad de un cuestionario de prácticas preventivas de hantavirus en una comunidad endémica en el contexto panameño. Materiales y métodos. Estudio cuantitativo de diseño instrumental. Esta investigación se desarrolló en cuatro etapas: revisión de literatura, validez de contenido a través de juicio de expertos con el método de agregados individuales y el cálculo de la V de Aiken; prueba piloto y validación psicométrica, a través del análisis factorial exploratorio (AFE) y análisis de fiabilidad de las puntuaciones del instrumento con el alfa ordinal. Resultados. Se evidenció validez de contenido y se reportó valores de V de Aiken superiores a 0,70 en el límite inferior del intervalo de confianza al 95%. En la estructura interna se identificó que los 8 ítems subyacen a un solo factor que explica el 60,70% de la varianza total de la prueba y con cargas factoriales superiores a 0,40; en el análisis de fiabilidad se obtuvo un valor de alfa ordinal de 0,84, valor considerado como bueno. Conclusiones. El cuestionario de práctica preventivas de hantavirus es un instrumento breve que muestra propiedades psicométricas aceptables para medir las actividades o conductas que realizan las personas para prevenir el hantavirus.
ABSTRACT Objective. To design and analyze the evidence of content validity, internal structure, and reliability of a questionnaire of preventive practices for hantavirus in an endemic community in the Panamanian context. Material and methods. Quantitative study of instrumental design. This research was conducted in four phases: Literature review, content validity through expert judgment with the individual aggregate method and the calculation of the V Aiken, pilot test and psychometric validation, through exploratory factor analysis (EFA) and reliability analysis of instrument scores with ordinal alpha. Results. Content validity was evidenced and V Aiken values higher than 0.70 were reported in the lower limit of 95% CI. In the internal structure we identified that the 8 items underlie a single factor that explains 60.70% of the total variance of the test and with factor loadings greater than 0.40; during the reliability analysis, we obtained an ordinal alpha value of 0.84, which is considered good. Conclusions. The Hantavirus preventive practical questionnaire is a brief instrument that shows acceptable psychometric properties to measure the activities or behaviors that people carry out to prevent hantavirus.
Asunto(s)
Medicina Preventiva , Orthohantavirus , Encuestas y Cuestionarios , Estudio de ValidaciónAsunto(s)
Humanos , Medicina Preventiva , Genética Médica , Salud Ambiental , Familia , Medicina Familiar y ComunitariaRESUMEN
A vigilância ativa é a solução encontrada pela urologia para a condução de tumores prostáticos com características de pouca agressividade. Desenvolvida especialmente após as polêmicas que envolveram a validade do rastreamento, essa abordagem vem sendo consolidada como a melhor maneira de se evitar o tratamento desnecessário do câncer de próstata e precisa ser compreendida por todos os médicos que lidam com a saúde do homem.
Active surveillance is the solution found by urology to deal with low-aggressivity prostate tumours. Having been developed following controversies over screening strategies, this has been considered the best approach to avoid unnecessary treatment of prostate cancer and such a concept needs to be well understood by every medical doctor who deals with men's health.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Neoplasias de la Próstata/prevención & control , Salud del Hombre , Espera Vigilante/métodos , Enfermedades de la Próstata/diagnóstico , Urología , Medicina Preventiva , Estrategias de SaludRESUMEN
Introdução: A síndrome do túnel do carpo (STC) é uma neuropatia decorrente da compressão do nervo mediano em seu curso pelo túnel do carpo no punho. Os sintomas iniciais de STC incluem dor, dormência e parestesias, inicialmente localizados e posteriormente com irradiação. O trabalho, em função de esforços e movimentos repetitivos, demonstra ter alguma relação com o desenvolvimento da condição de forma muito comum entre trabalhadores. Objetivo: o objetivo foi de verificar a relação entre a síndrome do túnel do carpo e as atividades laborais de acordo com a literatura dos últimos 5 anos. Método: Os artigos foram coletados a partir de bases eletrônicas de dados, sendo selecionados apenas artigos publicados nos últimos 5 anos. Resultados: Foram selecionados 14 estudos que evidenciaram a relação entre STC e o trabalho. Discussão: Os dados coletados evidenciam que há uma estreita relação entre as atividades laborais e o desenvolvimento de STC. Conclusão: Ainda que algumas atividades representem um risco maior de adoecimento, mais estudos são necessários para avaliar em que proporção essas variadas atividades existentes podem contribuir para que os trabalhadores adoeçam e, com isso, estratégias de cuidados preventivos para esses trabalhadores possam ser desenvolvidas. Palavras-chave: Síndrome do túnel do carpo. Avaliação de sintomas. Trabalho. Doença laboral. Avaliação diagnóstica.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Muñeca/fisiopatología , Síndrome del Túnel Carpiano , Medicina Preventiva , Neuropatía Mediana , Evaluación de Síntomas , Enfermedades ProfesionalesRESUMEN
Analisa o papel das Delegacias de Saúde e do Hospital de Isolamento de Mont'Serrat, no processo da Reforma Sanitária que ocorreu na Bahia na década de 1920
Asunto(s)
Medicina Preventiva , Reforma de la Atención de Salud , Hospitales de Aislamiento , BrasilRESUMEN
Objetivo: Com o presente estudo, buscou-se verificar a quantidade de exames de colpocitologia oncótica coletados em Unidade Básica de Saúde (UBS) escolhida, determinar quantas e quais são as alterações encontradas nesses exames e quais foram as condutas e acompanhamentos realizados em pacientes com exames alterados. Métodos: Foram analisados 446 exames de colpocitologia oncótica realizados em uma UBS do centro-oeste do Paraná. As pacientes com exame alterado foram selecionadas e foi feita uma análise desses prontuários a fim de verificar a conduta e o acompanhamento dessas pacientes. Resultados: Foram encontrados 32 exames com alterações, sendo três de uma mesma paciente. Dessas 30 pacientes, a grande maioria correspondia a células escamosas atípicas de significado indeterminado (ASC-US), possivelmente não neoplásicas, e 28 pacientes retornaram para receber uma conduta inicial, sendo principalmente o encaminhamento para a coleta de novo preventivo em seis meses ao serviço de oncologia clínica. Conclusão: O presente estudo concluiu que a hipótese principal foi verdadeira, a qual foi descrita como prevalência significativa de lesões intraepiteliais de alto grau, embora não seja a mais frequente, e descontinuidade por parte das pacientes que obtiveram esse resultado. Além disso, notou-se grande encaminhamento à atenção terciária, o que não é indicado pelo Ministério da Saúde.(AU)
Objective: With the present study, we sought to verify the amount of cytopathological tests collected in the chosen basic health unit, to determine how many and what are the alterations found in these tests and what were the conducts and follow-ups performed in patients with altered exams. Methods: We analyzed 446 preventive tests performed in a basic health unit in the Midwest of Paraná, and patients with altered examination were selected and an analysis of these medical records was made in order to verify the conduct and follow-up of the patients. Results: Thirty-two tests with alterations were performed, 3 of which were the same patient. Of these 30 patients, the vast majority corresponded to atypical cells of squamous meaning possibly non-neoplastic (ASC-US), and 28 patients returned to receive an initial approach, mainly being referred to the collection of preventive new in 6 months and to the clinical oncology service. Conclusion: The present study concluded that the main hypothesis was true, which was described as a significant prevalence of high-grade intraepithelial lesions (HSIL), although not the most frequent, and discontinuity on the part of the patients who obtained this result. In addition, there was a large referral to tertiary care, which is not indicated by the Ministry of Health.(AU)