RESUMEN
O funcionamento ininterrupto do estabelecimento de saúde, em especial depois de ocorrido um desastre, marca a diferença entre a vida e a morte, ensejando que as estruturas física, operacional e funcional, além dos equipamentos da unidade assistencial, mostrem-se resistentes aos efeitos dos desastres. Nesse contexto, destaca-se como um importante instrumento de avaliação e de gestão de risco de desastres o Indice de Seguridad Hospitalaria (ISH), proposto pela Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) em 2008, originalmente em idioma espanhol. No Brasil, apesar de os desastres, principalmente os de causas naturais, estarem ocorrendo com maior frequência nos últimos anos, ainda não há, no cenário nacional, a versão do citado instrumento de avaliação traduzida e adaptada culturalmente, de maneira que não há como mensurar, efetivamente, o preparo de unidades de saúde brasileiras para se manterem funcionando na vigência de um desastre. Objetivos: traduzir para o idioma português do Brasil o instrumento de análise do Indice de Seguridad Hospitalaria, e realizar a aproximação cultural desse instrumento para o contexto brasileiro. Método: estudo metodológico desenvolvido através das etapas de tradução, síntese da tradução, retro tradução e análise de compreensão por comitê de especialistas, compondo, ao final do processo, a versão traduzida consensual do ISH. Os aspectos éticos da pesquisa foram atendidos, respeitando a Resolução nº 466/2012. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Escola de Enfermagem Anna Nery, sob o 69438217.5.0000.5238, em 11 de julho de 2017. Resultados: seguindo as etapas metodológicas, o estudo apresenta o Indice de Seguridad Hospitalaria traduzido para o idioma português do Brasil e adaptado culturalmente para aplicação nos estabelecimentos de saúde brasileiros. A análise dos itens avaliados no ISH permite estabelecer a proporção entre eles, revelando que 9% do formulário referem-se a questões relativas à parte estrutural, 49% das questões são referentes à parte não estrutural e 42% do formulário avaliam aspectos ligados à área funcional. Tais proporções reafirmam a importante característica do ISH como instrumento com uma proposta dinâmica, integrada e interdisciplinar de avaliação, onde questões ligadas à funcionalidade e linhas vitais do hospital perfazem 91% das vulnerabilidades consideradas. Conclusão: o processo de tradução e análise de equivalências é o passo inicial para possibilitar a disponibilização de um instrumento que 9 avalie, de maneira sistemática e confiável no Brasil, o preparo dos hospitais para se manterem em adequado funcionamento na vigência de desastres. O estudo, além de considerar os aspectos metodológicos pertinentes para a tradução e adaptação cultural do ISH para o contexto brasileiro, reconhece as limitações do ISH e a necessidade das reflexões e debates acerca da multidimensionalidade dos desastres, revelando aspectos relacionados à importância da interdisciplinaridade para a gestão de riscos neste cenário, onde diversos profissionais são indispensáveis, integram-se e interagem com o propósito de planejar ações e salvar vidas, destacando-se, neste tocante, a enfermagem por sua visão abrangente, sensível e diferenciada. Por fim, o estudo aborda o tema hospitais seguros proposto pela OPAS em uma análise contextualizada, considerando os enfoques humanos e sociais desencadeadores e resultantes dos desastres em sua ampla concepção.(AU)
Asunto(s)
Humanos , Brasil , Desastres/estadística & datos numéricos , Instituciones de Salud/ética , Instituciones de Salud/estadística & datos numéricos , Gestión de Riesgos/estadística & datos numéricos , Seguridad/estadística & datos numéricosRESUMEN
Introducción: Los antimicrobianos constituyen uno de los grupos farmacológicos más utilizados en la práctica clínica y está demostrada su relación con la resistencia microbiana. El uso racional de antibióticos puede producir beneficios desde el punto de vista médico y social, pero su uso en ocasiones no es el más adecuado y debe ser objeto de una vigilancia especial y sistemática. Es necesaria una política antimicrobiana coherente en las unidades de salud. Objetivo: Revisar consensos y criterios nacionales e internacionales sobre política antimicrobiana para tratar de unificar criterios aplicables lo más uniforme posible en las instituciones de salud. Material y Método: Se realizó una búsqueda bibliográfica en diferentes bases de datos: Clinical Evidence, The Cochrane Library, PUBMED, Google Académico, MEDLINE, LIS, Scielo, Medscape, LILACS, Latindex, HINARI, MEDIGRAPHIC-NEWS, NIH Reporter y en la web de la OPS/OMS sobre política antimicrobiana, comisión de antibióticos, política de antibióticos. Desarrollo: Se consideraron conceptos de diferentes publicaciones cubanas y consensos internacionales, componentes humanos, objetivos, funciones, recursos, métodos, estrategias y control. Conclusiones: Introducir cualquier modificación terapéutica en la atención médica tiene que ser correctamente valorado en todas sus dimensiones: científica, tecnológica y social. La selección del antibiótico cuando no es posible el estudio microbiológico y/o se carece de antibiograma debe ser hecha sobre las bases clínicas y epidemiológicas locales. La creación de una Política Antimicrobiana con todos sus componentes, recursos y metodología es necesaria más que nunca en estos tiempos. Puede estar sujeta a modificaciones con nuevas evidencias; pero tiene que ser cumplida para disminuir la resistencia microbiana, los costos y obtener mejores resultados(AU)
Introduction: Antimicrobials are one of the most pharmacological groups used in the clinical practice, and its relation to microbial resistance is demonstrated. The rational use of antibiotics can be beneficial from the social and medical point of view, but occasionally, their use is not the most correct one and there should be a systematic and special surveillance. A rational antimicrobial policy is necessary in the health care centers. Objective: To review national and international consensuses and criteria on antimicrobial policy to try to unify criteria and apply them the most uniform way possible in health care centers. Material and method: A bibliographic review on antimicrobial policy, antibiotics commission, and antibiotics policy was made in different databases; some of them were: Clinical Evidence, The Cochrane Library, PUBMED, Academic Google, MEDLINE, LIS, Scielo, Medscape, LILACS, Latindex, HINARI, MEDIGRAPHIC-NEWS, NIH Reporter, and the Web sites of the PAHO/ WHO. Development: Concepts on different Cuban publications, international consensuses, human components, objectives, functions, resources, methods, strategies, and controls were considered. Conclusions: The implementation of any therapeutic modification in the medical attention has to be analyzed correctly in all its dimensions: scientific, technological, and social ones. When the microbiological study is not possible or there is no antibiogram, the selection of the antibiotic should be made on the local epidemiological and clinical basis. The creation of an Antimicrobial Policy with all its components, resources, and methodology is needed now more than ever. It can be submitted to modifications with new evidences, but it has to be fulfilled to reduce both microbial resistance and the costs, and obtain better results(AU)
Asunto(s)
Humanos , Servicio de Farmacia en Hospital/normas , Formulación de Políticas , Programas de Optimización del Uso de los Antimicrobianos/métodos , Antibacterianos , Farmacorresistencia Bacteriana/efectos de los fármacos , Estrategias de eSalud , Instituciones de Salud/ética , Antiinfecciosos/normasRESUMEN
Indigenous women in Mesoamerica experience disproportionately high maternal mortality rates and are less likely to have institutional deliveries. Identifying correlates of institutional delivery, and satisfaction with institutional deliveries, may help improve facility utilization and health outcomes in this population. We used baseline surveys from the Salud Mesoamérica Initiative to analyze data from 10,895 indigenous and non-indigenous women in Guatemala and Mexico (Chiapas State) and indigenous women in Panama. We created multivariable Poisson regression models for indigenous (Guatemala, Mexico, Panama) and non-indigenous (Guatemala, Mexico) women to identify correlates of institutional delivery and satisfaction. Compared to their non-indigenous peers, indigenous women were substantially less likely to have an institutional delivery (15.2% vs. 41.5% in Guatemala (P<0.001), 29.1% vs. 73.9% in Mexico (P<0.001), and 70.3% among indigenous Panamanian women). Indigenous women who had at least one antenatal care visit were more than 90% more likely to have an institutional delivery (adjusted risk ratio (aRR) = 1.94, 95% confidence interval (CI): 1.44-2.61), compared to those who had no visits. Indigenous women who were advised to give birth in a health facility (aRR = 1.46, 95% CI: 1.18-1.81), primiparous (aRR = 1.44, 95% CI: 1.24-1.68), informed that she should have a Caesarean section (aRR = 1.41, 95% CI: 1.21-1.63), and had a secondary or higher level of education (aRR = 1.36, 95% CI: 1.04-1.79) also had substantially higher likelihoods of institutional delivery. Satisfaction among indigenous women was associated with being able to be accompanied by a community health worker (aRR = 1.15, 95% CI: 1.05-1.26) and facility staff speaking an indigenous language (aRR = 1.10, 95% CI: 1.02-1.19). Additional effort should be exerted to increase utilization of birthing facilities by indigenous and poor women in the region. Improving access to antenatal care and opportunities for higher-level education may increase institutional delivery rates, and providing culturally adapted services may improve satisfaction.
Asunto(s)
Parto Obstétrico/mortalidad , Accesibilidad a los Servicios de Salud/ética , Servicios de Salud del Indígena/organización & administración , Indígenas Sudamericanos , Aceptación de la Atención de Salud/estadística & datos numéricos , Satisfacción Personal , Adolescente , Adulto , Barreras de Comunicación , Parto Obstétrico/estadística & datos numéricos , Escolaridad , Femenino , Guatemala , Instituciones de Salud/ética , Instituciones de Salud/estadística & datos numéricos , Accesibilidad a los Servicios de Salud/estadística & datos numéricos , Servicios de Salud del Indígena/ética , Humanos , Mortalidad Materna/etnología , Mortalidad Materna/tendencias , México , Persona de Mediana Edad , Panamá , Paridad , Aceptación de la Atención de Salud/etnología , Aceptación de la Atención de Salud/psicología , Pobreza/etnología , Pobreza/estadística & datos numéricos , Embarazo , Atención Prenatal/ética , Atención Prenatal/estadística & datos numéricosRESUMEN
El punto de encuentro que representa la salud entre lo biológico y lo social, el individuo y la comunidad, la política social y la económica representa un medio para la realización personal y colectiva. Esta visión permite medir el éxito alcanzado por una sociedad y sus instituciones de gobierno en la búsqueda del bienestar y el desarrollo. Desde esta perspectiva, las relaciones humanas desde la salud comprenden varias dimensiones éticas, que pueden entenderse como una serie de círculos concéntricos que, partiendo del nivel más elemental, el paciente del sistema de salud, llegan a integrarse en el sistema global y complejo de la biosfera. Es aquí donde el análisis debería estar guiado por principios éticos como el principio de responsabilidad de Hans Jonas o del desarrollo sostenible; y donde la salud asume su rol más crítico en la agenda del desarrollo, la seguridad global y la democracia. A su vez, los cambios fácticos asociados al fenómeno de la globalización muestran con mayor claridad la insuficiencia del modelo actual del management para producir eficacia, efectividad, eficiencia, calidad y seguridad e innovación permanente, en el accionar de las organizaciones de salud; razón por la cual es necesaria su reformulación.
Health is a meeting point of the biological and the social, individuals and community, economic policy and social policy which represents a means of personal and collective accomplishment. This view allows you to measure the success of a society and its institutions of Government in the pursuit of well-being and development. From this perspective, human relations from health comprise several ethical dimensions, which can be understood as a series of concentric circles which, starting from the most basic level, the health system patient, become integrated into the global and the complex system of the biosphere. It is here where the analysis should be guided by ethical principles such as the principle of responsibility in Hans Jonas sense, or sustainable development, and where health assumes its more critical role in the development agenda, global security and democracy. At the same time, factual changes associated with the phenomenon of globalization are more clearly the inadequacy of the current model of management to produce efficiency, effectiveness, efficiency, quality and safety and ongoing innovation, the action of health organizations. This is the reason why its reformulation is necessary.
Asunto(s)
Administración de Instituciones de Salud/ética , Instituciones de Salud/ética , Bioética , Instituciones de Salud/tendencias , Salud Pública , Sistemas de Salud/tendenciasRESUMEN
O estudo teve como objetivo identificar hospitais de Ribeirão Preto que possuem Comissões de Ética de Enfermagem, estabelecidas de acordo com a Decisão do Conselho Regional de Enfermagem, verificar suas atividades e atribuições, os motivos da criação e observância à Legislação. Os resultados mostram que dos 11 hospitais visitados oito teriam obrigatoriedade de instituir Comissões e destes, apenas três a possuem, sendo que somente uma encontra-se efetivamente em atividade. O estudo possibilitou também identificar infrações éticas mais freqüentes assim como punições eventualmente aplicadas e evidenciou despreparo dos profissionais da Enfermagem em relação ao seu posicionamento perante essas Comissões