RESUMEN
Introdução: Diabetes tipo 2 (DM2) é um distúrbio multifatorial caracterizado pelo aumento dos níveis de radicais livres. Tanto o estresse oxidativo quanto a obesidade contribuem para um estado inflamatório da doença, principalmente pelo aumento da citocina TNF-α. Sabendo-se que a genética individual pode contribuir para o estresse oxidativo, o estudo avaliou o impacto das variações genéticas de enzimas antioxidantes C262T no gene CAT e polimorfismos nulos dos genes GSTM1 e GSTT1 nos níveis de TNF-α, assim como, avaliou se as variantes genéticas atuariam sinergicamente com a obesidade aumentando os níveis da citocina em diabéticos da Grande Vitória/ES, Brasil.Métodos: O polimorfismo no gene CAT foi avaliado pela técnica PCR/RFLP e nos genes GSTM1 e GSTT1 por PCR multiplex, em 56 pacientes, sendo 28 obesos e 28 não obesos. Níveis de TNF-α foram medidos pela técnica de ELISA sanduíche.Resultados: Frequências das variantes nulas de GSTM1 e GSTT1 foram 44,6% e 17,9%, respectivamente. As frequências genotípicas C262T-CAT foram 73,2%, 25% e 1,8% para homozigoto normal, heterozigoto e homozigoto polimórfico, respectivamente. Não houve associação entre genótipos polimórficos e aumento dos níveis de TNF-α, assim como, não foi demonstrado aumento significante da citocina quando avaliado o sinergismo entre obesidade e genética individual do paciente.Conclusão: Níveis de TNF-α não se elevam em diabéticos tipo 2 na presença dos polimorfismos nos genes CAT, GSTM1 e GSTT1, e a obesidade não atua no aumento dessa citocina na população estudada, separadamente ou em conjunto com a genética individual de variantes nos genes CAT, GSTM1 e GSTT1.
Introduction: Type 2 diabetes is a multifactorial disorder characterized by increased levels of free radicals. Both oxidative stress and obesity contribute to an inflammatory state of the disease, mainly by increasing the levels of the proinflammatory cytokine tumor necrosis factor-α (TNF-α). Considering that personal genetics may contribute to oxidative stress, this study assessed the impact of CAT C-262T polymorphism and GSTM1 and GSTT1 null polymorphisms on TNF-α levels in patients with type 2. diabetes. The study also evaluated whether the genetic variants act synergistically with obesity to increase TNF-α levels in patients with diabetes from Grande Vitória, Brazil.Methods: Fifty-six patients were included, of whom 28 were obese and 28 were nonobese. The CAT gene polymorphism was assessed using the polymerase chain reaction-restriction fragment length polymorphism (PCR-RFLP) method, whereas GSTM1 and GSTT1 polymorphisms were assessed using multiplex PCR. TNF-α levels were measured using the sandwich ELISA technique.Results: Frequencies of GSTM1 and GSTT1 null polymorphisms were 44.6% and 17.9%, respectively. The genotype frequencies of CATC-262T polymorphism were 73.2%, 25.0%, and 1.8% for normal homozygote, heterozygote, and polymorphic homozygote, respectively. Polymorphic genotypes were not associated with increased TNF-α levels, and there was no significant increase in TNF-α levels when evaluating the synergism between obesity and personal genetics.Conclusion: The presence of CAT, GSTM1, and GSTT1 gene polymorphisms was not associated with increased TNF-α levels in patients with type 2 diabetes. Obesity alone or combined with personal genetics of CAT, GSTM1, and GSTT1gene polymorphisms did not promote increased TNF-α levels in the study population.