RESUMEN
As aflatoxinas são metabólitos secundários produzidos pelas espécies do gênero Aspergillus e a frequente ingestão de alimentos contendo teores de aflatoxinas tem sido correlacionada às neoplasias hepáticas pela International Agency for Reseach on Cancer (IARC). Foram analisadas 966 amostras de amendoim cru em casca, coletadas no período de fevereiro a maio, correspondente à época de colheita das safras 2010-2011 e 2011-2012. Para detecção de aflatoxinas foram utilizadas as metodologias de coluna de imunoafinidade acoplada à fluorometria (CIA) e cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE), seguindo-se os parâmetros estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Foram detectadas aflatoxinas acima do limite máximo tolerado pela legislação em 12,6 % e 19,5 % das amostras, respectivamente nas safras de 2011 e 2012. Na safra de 2010-2011, a faixa de contaminação foi de 21-52 mg/kg, e na safra de 2011-2012 a faixa de contaminação variou de 28-260 mg/kg, cujo valor é cinco vezes maior quando comparado ao obtido em 2011. Os maiores índices de contaminação foram encontrados nos períodos com menor índice pluviométrico, tanto em 2011 quanto em 2012. Por conseguinte, a realização de rastreamento é necessária durante toda a cadeia produtiva do amendoim, com a finalidade de propiciar alimentos seguros à saúde humana e animal.(AU)
Aflatoxins are the secondary metabolites produced by the species of Aspergillus genus, and the frequent intake of aflatoxin-containing foods has been correlated with the occurrence of hepatic neoplasms by the International Agency for Reseach on Cancer (IARC). This study analyzed 966 samples of raw peanuts in shell, collected in the period from February to May, corresponding to the harvest seasons of 2010- 2011 and 2011-2012. For detecting aflatoxins, immunoaffinity column coupled with fluorometry (CIA) and high performance liquid chromatography (HPLC) methodologies were employed, following the parameters established by the Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Aflatoxins were detected in amount above the maximum tolerated by the legislation in 12,6 % and 19,5 % of samples, corresponding to 2011 and 2012 harvests, respectively. In the 2010-2011 season the range of contamination was 21-52 mg/kg, and for 2011-2012 crop the range of contamination varied from 28 to 260 mg/kg, being the value five times higher than those observed in 2011. The highest contamination indices were found in periods with lower rainfall in both 2011 and 2012. Therefore, the peanut tracking is required during the entire production chain of this product in order to provide safe food for human and animal health.(AU)
Asunto(s)
Aflatoxinas/análisis , Arachis/toxicidad , Aspergillus , Alimentos Crudos/toxicidadRESUMEN
O objetivo deste trabalho foi o de otimizar o sistema de pulverizaçäo, em campo, da soluçäo de ortofenilfenato de sódio (OFS) sobre amendoim em casca, para verificar a eficiência desta substância no controle da produçäo de aflatoxinas. Em trabalho realizado anteriormente por Fonseca et al. (6) verificou-se que a pulverizaçäo sob condiçöes de campo foi deficiente uma vez que a cobertura completa da vagem, com a soluçäo de OFS näo foi conseguida, indicando assim a necessidade de otimizaçäo desta operaçäo. Deste modo, na safra das águas de 1988, a pulverizaçäo foi realizada na própria colhedora mecânica onde o sistema de ulverizaçäo foi adaptado. A concentraçäo da soluçäo de OFS utilizada foi de 0,5 por cento. Nesta safra, a despeito da melhor cobertura das vagens com a soluçäo ocorreu o acúmulo de vagens na bica de saída da colhedora, por ocasiäo da troca da sacaria já cheia pela vazia, o que prejudicou a pulverizaçäo, dificultando a cobertura de todas as vagens com a soluçäo. Observou-se que o teor inicial de aflatoxinas aumentou durante o período de armazenamento, tanto nos lotes tratados como nos lotes de controle. A alta contaminaçäo com aflatoxinas pode ter ocorrido por näo se ter obtido ainda uma pulverizaçäo perfeita de todas as vagens e/ou devido à concentraçäo insuficiente da soluçäo de OFS para o controle da produçäo da toxina
Asunto(s)
Arachis/toxicidad , Aflatoxinas/inmunología , Fungicidas Industriales/inmunologíaRESUMEN
A remoçäo de aflatoxinas (AF), com álcool etílico aquoso comercial (carburante), de farelo de amendoim contaminado em vaso extrator de escala real foi testada em 2 experimentos (testes 1 e 2) realizados numa indústria de extraçäo de óleo no Estado de Säo Paulo, Brasil. No teste 1, álcool 90oGL (diluído a partir do 96oGL) aquecido a 75oC, foi utilizado para fazer 3 extraçöes de uma hora cada (sempre com álcool novo), tendo sido retiradas amostras após cada extraçäo, para análise de AF e de proteína. No teste 2, álcool 96oGL foi utilizado em 4 extraçöes de uma hora, nas mesmas condiçöes porém, sem parar o processo para retirada de amostras intermediárias mas, introduzindo um período de 30 minutos de maceraçäo entre as extraçöes. Neste experimento, pedaços de cerca de 2 cm de espessura e farelo grosseiramente moído, foram utilizados para testar a influência do tamanho da partícula na eficiência da extraçäo de AF pelo solvente. Vinte amostras (10 de cada tipo) foram retiradas no fim do processo para anólises de AF. Os resultados mostraram que a extraçäo de AF com álcool etílico aquoso carburante, em escala real, é dependente do tempo e tecnicamente possível. Alcool 96oGL removeu, em média 87,3 por cento do farelo em pedaços e 95,3 por cento do moído, após 4 extraçöes de uma hora. Houve uma melhor extraçäo na parte inferior do que na parte superior do vaso. O conteúdo de proteína foi avaliado antes e durante o TESTE 1 e mostrou um pequeno aumento de 60,19 por cento para 63,79 por cento