RESUMEN
In the state Mato Grosso do Sul, Brazil, outbreaks of meningoencephalitis by BoHV-5 and polioencephalomalacia (PEM) display similar epidemiological features, suggesting that meningoencephalitis may be associated with reactivation of a latent BoHV-5 infection, during the development of PEM. To test this hypothesis, four 7-8 months old steers negative for BoHV-5 antibodies were inoculated intranasally with BoHV-5 and received amprolium from day 35 to day 105 after inoculation. Because PEM was not produced during this period, ammonium sulphate was given from day 114 to day 180 after inoculation. Two uninfected control steers received amprolium and ammonium sulphate for the same periods. All inoculated cattle developed antibodies against BoHV-5 after inoculation and the virus was isolated from nasal swabs, indicating that they were infected. Two inoculated steers had clinical signs of PEM after 118 and 146 days after virus inoculation. One was euthanized after a clinical manifestation period of seven days and had severe lesions of PEM and meningoencephalitis. BoHV-5 was isolated from the central nervous system of this animal. The other animal recovered but continued to manifest chronic signs of PEM and was euthanatized. On histological examination, the cerebral cortex, caudate nucleus and thalamus had multifocal areas of malacia and mild meningoencephalitis of the cortex. BoHV-5 was not isolated from the brain. One uninfected control steer had signs of neurological disease on day 158 and had lesions of PEM without meningoencephalitis at necropsy. The simultaneous production of PEM and diffuse meningoencephalitis, with isolation of BoHV-5, in one steer treated with ammonium sulphate, 118 days after BoHV-5 inoculation, suggests that latent BoHV-5 was reactivated in this animal submitted to experimental induction of PEM.
No Mato Grosso do Sul surtos de meningoencefalite por herpesvírus bovino-5 (BoHV-5) e polioencefalomalacia (PEM) apresentam características epidemiológicas semelhantes, o que sugere que a meningoencefalite pode estar associada com a reativação de uma infecção latente por BoHV-5 em animais com PEM. Para testar esta hipótese, 4 garrotes de 7-8 meses de idade, sem anticorpos séricos para BoHV-5 foram inoculados intranasal com BoHV-5 e receberam amprólio desde o dia 35 até o dia 105 após inoculação. Como não foi reproduzida PEM durante este período, os animais receberam sulfato de amônia desde o dia 114 até o dia 180 após inoculação. Dois bovinos controles, não inoculados, receberam amprólio e sulfato de amônia durante os mesmos períodos. Todos os bovinos inoculados apresentaram anti-corpos contra BoHV-5 após a inoculação e o vírus foi isolado de suabes nasais, indicando que foram infectados. Dois bovinos inoculados tiveram sinais clínicos de PEM após 118 e 146 dias da inoculação de vírus. Um que foi eutanasiado após um curso clínico de 7 dias apresentou lesões severas de PEM e meningoencefalite. BoHV-5 foi isolado do sistema nervoso central. O outro se recuperou, mas continuou a apresentar sinais crônicos de PEM. No exame histológico o córtex cerebral, núcleo caudato e tálamo apresentavam áreas multifocais de malacia e no córtex havia moderada meningoencefalite. BoHV-5 não foi isolado do encéfalo. Um garrote controle, não inoculado, apresentou sinais nervosos aos 158 dias após inoculação e na necropsia apresentava lesões de PEM, mas sem meningoencefalite. A reprodução simultânea de PEM e encefalite difusa em um animal tratado com sulfato de amônia, 118 dias após a inoculação de BoHV-5 e o re-isolamento do vírus do animal infectado sugere que a infecção latente por BoHV-5 foi reativada no animal submetido a indução experimental de PEM.