RESUMEN
Abstract Objective To analyze the interobserver and intraobserver reproducibility of the visualization and continuity of the juncional zone (JZ) by three-dimensional (3D) ultrasound in infertile women, and to evaluate the sociodemographic, hormonal, and structural factors that influence these assessments. Methods A prospective study conducted at the Assisted Reproductive Technology Unit of Hospital Senhora da Oliveira, in the city of Guimarães, Portugal. Transvaginal 3D ultrasonography was performed, and 2 volumes were generated per case. Two observers who were blinded to each other's work analyzed these volumes, choosing the best coronal section. Four months later, one of the observers performed the same methodology. The JZ visualization was classified as optimal, satisfactory, and unsatisfactory, and the JZ continuity, as continuous and discontinuous. The interobserver and intraobserver agreements were analyzed. The influence of hormonal, structural, and sociodemographic factors on the JZ was evaluated. Results In total, 65 women were included in the present study. The interobserver reproducibility was substantial for JZ visualization and continuity (k = 0.635 and 0.753 respectively), and the intraobserver reproducibility was very good for JZ visualization and continuity (k = 0.884 and 0.816 respectively). Trilaminar endometrial pattern was associated with optimal JZ visualization (p = 0.012). The increase of 1 unit in the level of serum estradiol represents a 9.9% decrease in the odds of unsatisfactory visualization of the JZ (odds ratio [OR] = 0.9; 95% confidence interval [95%CI] = 0.814-0.996; p = 0.042). Endometriosis increases the odds of unsatisfactory visualization by 24 times (OR = 23.7; 95%CI = 1.262-437.057; p = 0.034). The prevalence of discontinuous JZs was of 60%. Myomas and endometriosis were associated with discontinuous JZs (p = 0.034 and 0.016 respectively). Conclusion The assessment of JZ visualization and continuity by 3D ultrasound is reproducible enough to be used in the clinical practice.
Resumo Objetivo Analisar a reprodutibilidade inter e intraobservador da visualização e continuidade da zona juncional (ZJ) por ecografia tridimensional (3D) em mulheres inférteis, e avaliar os fatores sociodemográficos, hormonais e estruturais que afetam essas avaliações. Métodos Um estudo prospectivo conduzido no Centro de Procriação Medicamente Assistida do Hospital Senhora da Oliveira, em Guimarães, Portugal. Foi realizada ecografia transvaginal 3D e gerados 2 volumes por caso. Dois observadores, cegos às avaliações um do outro, analisaram os volumes obtidos e escolheram o melhor corte coronal. Após quatro meses, a mesma análise foi realizada por um dos observadores. A visualização da ZJ foi classificada como ótima, satisfatória e não satisfatória, e a continuidade, como contínua ou descontínua. Foram avaliadas as reprodutibilidades inter e intraobservador. A influência de fatores sociodemográficos, hormonais e estruturais na ZJ foi analisada. Resultados No total, 65 mulheres foram incluídas no presente estudo. A reprodutibilidade interobservador foi substancial para a visualização e continuidade da ZJ (k = 0,635 e 0,753, respetivamente). A reprodutibilidade intraobservador foi muito boa para a visualização e continuidade da ZJ (k = 0,884 e 0,816, respetivamente). Endométrio trilaminar associou-se à visualização ótima da ZJ (p = 0.012). O aumento de 1 unidade no nível de estradiol diminuiu a chance de visualização não satisfatória da ZJ em 9,9% (razão de probabilidades [RP] = 0,9; intervalo de confiança de 95% [CI95%] = 0,814-0,996; p = 0,042). Endometriose aumentou a chance de visualização não satisfatória da ZJ em 24 vezes (RP = 23,7; CI95% = 1,262-437,057; p = 0,034). A prevalência de ZJs descontínuas foi de 60%. Miomas e endometriose associaram-se a ZJs descontínuas (p = 0,034 e 0,016, respetivamente). Conclusão A avaliação da visualização e continuidade da ZJ por ecografia 3D é reprodutível, podendo ser utilizada na prática clínica.
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Adulto , Adulto Joven , Endometrio/diagnóstico por imagen , Infertilidad Femenina , Miometrio/diagnóstico por imagen , Variaciones Dependientes del Observador , Estudios Prospectivos , Reproducibilidad de los Resultados , Ultrasonografía , Imagenología TridimensionalRESUMEN
A adenomiose frequentemente teve papel pouco valorizado na etiologia de várias doenças ginecológicas, provavelmente devido a grande dificuldade diagnóstica. Ao longo dos anos, seu diagnóstico ocorria por suspeição ou por achado em peças cirúrgicas de histerectomias. Exames de imagem começaram a ajudar no diagnóstico precoce desta patologia, como ultrassonografia transvaginal, histerossonografia, elastossonografia e, principalmente, ressonância magnética, através da determinação da espessura da zona juncional. Outros exames, como tomografia computadorizada, biópsia miometrial e dosagem de CA-125, não demonstram a mesma acurácia. O tratamento, que até recentemente se restringia à histerectomia, começa a apresentar novas opções como os agonistas e antagonistas do GnRH, os contraceptivos contínuos, danazol, dispositivos intrauterinos medicados, inibidores de aromatase, além de procedimentos mais conservadores como a embolização da artéria uterina, a adenomiomectomia e a ressecção parcial de adenomiose combinada à oclusão da artéria uterina por via laparoscópica.