RESUMEN
Resumo O presente estudo tem como objetivo avaliar os fatores relacionados à disfunção familiar (DF) entre 227 nonagenários e centenários identificados e avaliados no domicílio, aleatoriamente selecionados, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. A DF foi avaliada pelo instrumento "APGAR da família", sendo considerado, no presente estudo, de zero a seis com DF e de sete a dez sem DF. Foram avaliados, entre abril e novembro de 2016, dados sociodemográficos, econômicos, funcionalidade física, autopercepção de saúde, comorbidades, sintomas depressivos, função cognitiva, suporte e interação social. A média do APGAR foi de 9,05±1,81, a DF ocorreu em 9,69% dos participantes. Foram relacionados à DF a autopercepção de saúde (p=0,0003), número de sintomas depressivos (p<0,0001), ter ajuda em caso de doença (p=0,0090) e necessidade de ajuda para administrar medicamentos (p=0,0602). Na análise ajustada, foram independentemente associados à DF em nonagenários e centenários a autopercepção de saúde, a presença de sintomas depressivos e a necessidade de ajuda para administrar medicamentos. Conclui-se que esses fatores parecem interferir na satisfação do nonagenário ou centenário com suas relações familiares.
Abstract The scope of this study is to evaluate factors related to family dysfunction (FD) among 227 randomly selected nonagenarians and centenarians in Porto Alegre, State of Rio Grande do Sul, who were visited and assessed in their homes. FD was evaluated by the "Family APGAR score," being considered with FD from 0 to 6, and without FD from 7 to 10 in this study. Sociodemographic and economic data, physical functionality, health self-perception, comorbidities, depressive symptoms, cognitive function, social support and interaction were evaluated. The mean APGAR score was 9.05±1.81, and FD occurred in 9.69% of the participants. Among the health conditions, the self-perception of health (p=0.0003), the number of depressive symptoms (p<0.0001), receiving visits (p=0.0994), having recourse to help in case of illness (p=0.0090), and the need for help to administer medication (p=0.0602), were significantly related to FD. In the adjusted analysis, self-perception of health, the presence of depressive symptoms and the need for help in administering medication were associated with FD among nonagenarians and centenarians. These factors may influence the satisfaction of nonagenarians and centenarians with their family relationships.
Asunto(s)
Humanos , Anciano de 80 o más Años , Apoyo Social , Cognición , Brasil/epidemiología , Relaciones FamiliaresRESUMEN
RESUMO Os efeitos dos antidepressivos sobre a qualidade de vida dos usuários ainda é controverso. O objetivo do estudo foi verificar a relação entre o uso de antidepressivos e a autopercepção de saúde em população de 40 anos ou mais. Trata-se de um estudo longitudinal, de base populacional, em município de médio porte no Brasil com coleta de dados em 2011 e 2015. A variável dependente foi a autopercepção da saúde (2015) e a independente foi a utilização de medicamentos antidepressivos, categorizada em "usavam somente em 2011", "usavam somente em 2015", "usavam em 2011 e 2015" e "não usavam". A associação entre o uso de antidepressivos e autopercepção de saúde foi verificada pela Regressão de Poisson com variância robusta. Fizeram parte do estudo 885 pessoas. A autopercepção negativa da saúde esteve presente em 44% da população estudada. A prevalência do uso de antidepressivos foi 17,6% em 4 anos. O uso de antidepressivos esteve associado à autopercepção negativa da saúde para os indivíduos que estavam em uso somente no ano de 2015 na população geral (RP 1,082; IC 95% 1,004-1,166). Não foi verificada relação entre uso antidepres-sivos e autopercepção da saúde, salvo para os que utilizavam antidepressivos apenas em 2015.
SUMMARY Antidepressants are one of the fastest growing classes of prescription drugs in the world and their effects on users' quality of life are still controversial. The aim of the study was verify the relationship between antidepressant use and self-rated health in a population aged 40 years or older. This was a population-based longitudinal study with adults of 40 years or older in a medium-sized municipality in Brazil with data collection in 2011 and 2015. The dependent variable was self-rated health (2015) and the independent the use of antidepressant medications, categorized as "used only in 2011", "used only in 2015", "used in 2011 and 2015" and "not used". The Poisson regression with robust variance was used to verify the association between antidepressant use and self-rated health. The study included 885 people. Negative self-rated health was present in 44% of the study population. The prevalence of antidepressant use was 17.6% over 4 years. The use of antidepressants was associated with negative self-rated health for individuals who were only using 2015 in the general population (PR 1.082; 95% CI 1.004-1.166). There was no relationship between antidepressant use and self-rated health, except for those who used antidepressants only in 2015.
RESUMEN
Abstract The present study aimed to verify the health and work conditions of seven elderly workers carrying out informal labor activities in a municipal market and to describe the accidents they suffered at work. A qualitative case study was carried out with seven elderly butcher workers from a municipal market in Bahia, Brazil. The participants were men and women with limited schooling (up to high school level in one case), who lived with others at home and had worked for an average of 31 years in the butcher business. Despite the stress involved, such as uncomfortable physical positioning and few days off, all the participants said they were satisfied with their jobs. They were affected by chronic diseases, especially arterial hypertension, and said they were aware of the risks involved in their work. They had suffered accidents at work from finger cuts to amputation. Such workers require activities that promote health and protection from work-related accidents and injuries to avoid the problems that transform the process of senescence into senility.
Resumo Este estudo teve por objetivo verificar as condições de saúde e laborais e descrever os acidentes de trabalho sofridos por sete trabalhadores idosos que desenvolvem atividades informais em um mercado municipal da Bahia, Brasil. Foi realizada uma pesquisa qualitativa, do tipo estudo de casos, junto a sete trabalhadores idosos que desenvolvem atividades laborais em açougues de um mercado municipal da Bahia. Os participantes foram homens e mulheres com poucos anos de estudo (até o ensino médio em um caso), coabitam com outras pessoas em domicílio, e estão, em média, a 31 anos no ramo de açougue. Apesar do estresse referido, de posições incômodas, de poucas folgas, todos concordaram que estão satisfeitos com o trabalho. São acometidos por doenças crônicas, especialmente hipertensão arterial. Referem conhecer os riscos presentes no processo de trabalho. Sofreram acidentes laborais, desde corte em dedos até amputações. Os trabalhadores necessitam de atividades de promoção à saúde e de proteção a eventos e agravos voltados ao processo de trabalho, com vistas a não ocorrência de problemas que transformem o processo de senescência em senilidade.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Adulto , Persona de Mediana Edad , Anciano , Autoimagen , Comorbilidad , Salud del Anciano , Enfermedad Crónica , PolifarmaciaRESUMEN
Abstract Objective: to verify the association between the multimorbidity of the elderly and sociodemographic variables, self-perception of health and polypharmacy. Method: a cross-sectional study was performed. The research data was collected using the Health, Well-Being and Aging questionnaire. The sample was composed of 676 people aged 60 years or more, who were residents of small towns in the north of the state of Rio Grande do Sul, Brazil. The dependent variable was multimorbidity, that is, the occurrence of two or more chronic non-communicable diseases in the same person. The independent variables were demographic, socioeconomic and health-related characteristics. Poisson's raw and robust regression model was used to analyze the effect of the independent variables in relation to the outcome and p was considered significant when <0.05. Result: among the elderly interviewed, 45% presented multimorbidity, 51.1% reported a self-perception of poor/very poor health and 37.1% used polypharmacy. After the analysis was adjusted to the occurrence of multimorbidity, association with the following variables was found: health perception (regular/poor/very poor) PR=1.15 (CI95%; 1.09 - 1.22) and use of polypharmacy PR=1.29 (CI95%; 1.22 - 1.35). Conclusion: Multimorbidity may interfere negatively in the self-perception of health of the elderly contributing to increased medicine consumption. AU
Resumo Objetivo: verificar a associação entre multimorbidade em idosos e variáveis sociodemográficas, autopercepção de saúde e polifarmácia. Método: Estudo de corte transversal, para a coleta de dados utilizou-se o questionário Saúde, Bem-estar e Envelhecimento. A amostra foi constituída de 676 indivíduos com 60 anos de idade ou mais residentes em municípios de pequeno porte do norte do estado do Rio Grande do Sul, Brasil. A variável dependente foi a multimorbidade, isto é, a ocorrência de duas ou mais doenças crônicas não transmissíveis no mesmo indivíduo. As variáveis independentes foram as características demográficas, socioeconômicas e relativas à saúde. O modelo de regressão de Poisson bruta e ajustada foi utilizado para analisar o efeito das variáveis independentes em relação ao desfecho e p foi considerado significativo quando <0,05. Resultados: Dos idosos entrevistados, 45% apresentam multimorbidade, 51,1% relatam autopercepção de saúde ruim/muito ruim e 37,1% faz uso de polifarmácia. Após análise ajustada à ocorrência de multimorbidade, apresentou-se associação às variáveis: percepção de saúde negativa. RP=1,15; (IC95%; 1,09 - 1,22) e uso de polifarmácia RP=1,29; (IC95%; 1,22 - 1,35). Conclusão: A multimorbidade pode interferir negativamente na autopercepção de saúde dos idosos contribuindo para o aumento do consumo de medicamentos. AU
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Persona de Mediana Edad , Anciano , Anciano de 80 o más Años , Autoimagen , Comorbilidad , Salud del Anciano , Enfermedad Crónica , PolifarmaciaRESUMEN
ABSTRACT Objective: To investigate factors that are associated with type 2 diabetes Mellitus in shift workers of a slaughterhouse in Southern Brazil. Methods: This cross-sectional study included 1,194 18- to 50-year-old workers of both sexes. The presence of type 2 diabetes Mellitus was self-reported and confirmed by the use of hypoglycemic drugs or insulin. The independent variables were sex, age, skin color, marital status, education level, family income, leisure time physical activity, smoking, and self-reported health and nutritional status (body mass index and waist circumference). Multivariate analysis was performed from an a priori conceptual model. Results: The prevalence of diabetes was 1.3% (95%CI=0.6-1.9). Type 2 diabetes Mellitus was associated with poor or regular self-reported health (OR)=3.72; 95%CI=1.28-10.78) and level II abdominal obesity ³102 for men and ³88 for women (OR=5.76; 95%CI=1.07-29.10). Conclusion: The prevalence of type 2 diabetes Mellitus was low. Moreover, the study evidenced the importance of using waist circumference to surveil and screen for metabolic diseases, such as type 2 diabetes Mellitus, and to monitor the low quality of life in the study individuals given the poor self-perceived health of workers with the said disease.
RESUMO Objetivo: Investigar os fatores associados à diabetes Mellitus tipo 2 em trabalhadores de turnos de frigorífico de frango no sul do Brasil. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, com 1.194 trabalhadores de ambos os sexos, com idade entre 18 e 50 anos. A presença de diabetes Mellitus tipo 2 foi avaliada por meio de autorrelato e confirmada pelo uso de medicação hipoglicemiante ou insulina. As variáveis independentes foram: sexo, idade, cor da pele, situação conjugal, escolaridade, renda familiar, atividade física de lazer, tabagismo, autopercepção de saúde e estado nutricional (índice de massa corporal e circunferência da cintura). Conduziu-se a análise multivariada, a partir de um modelo conceitual a priori. Resultados: A prevalência de diabetes foi de 1,3% (IC95%: 0,6-1,9). A diabetes Mellitus tipo 2 esteve associada à auto-percepção de saúde regular ou ruim (RO=3,72; IC 95% 1,28-10,78) e à obesidade abdominal nível II - ³ 102 para homens e ³88 para mulheres (RO=5,76 CI95%1,07-29,10). Conclusão: Foi encontrada baixa prevalência de diabetes Mellitus tipo 2. Além disso, evidenciou-se a importância do uso da medida de circunferência da cintura na vigilância e rastreamento de doenças metabólicas, como é o caso da diabetes Mellitus tipo 2, bem como a vigilância da baixa qualidade de vida desses indivíduos, por meio da autopercepção de saúde ruim dos trabalhadores com a patologia em questão.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Diabetes Mellitus Tipo 2 , Autoimagen , Antropometría/métodos , Salud Laboral , Obesidad AbdominalRESUMEN
Resumo A autopercepção de saúde tem demonstrado estreita relação com indicadores de morbidade e mortalidade. Em funcionários de hospitais existe uma escassez acerca destas informações, por isso o objetivo deste estudo foi verificar a prevalência de satisfação com a saúde em trabalhadores de um Hospital Universitário (HU) e sua associação com indicadores de adiposidade, pressão arterial (PA) e de atividade física (AF). Participaram do estudo 380 adultos entre 20 e 59 anos com idade média de 43,92 (DP = 8,46) anos. A autopercepção de saúde foi avaliada mediante uma questão extraída do questionário “WHOQOL-bref”. A satisfação com a saúde foi de 60,8%, e as mulheres declararam estar menos satisfeitas. A análise ajustada pelo sexo indicou que apresentar IMC eutrófico se associou com a maior ocorrência de satisfação com a saúde (RP = 1,478 [IC 95%: 1,272 – 1,717]) seguido pela CC (RP = 1,323 [IC 95%: 1,135 – 1,541]). A PA e a AF não se associaram à autopercepção de saúde. Conclui-se que os trabalhadores do HU reconhecem os riscos à sua saúde, todavia negligenciam a importância de manter valores pressóricos adequados e ter uma prática regular de AF com o intuito de postergar o surgimento de alguma condição crônica que seja maléfica ao organismo.
Abstract It has been shown that self-perceived health has a close relationship with indicators of morbidity and mortality. Since there is a lack of information on the self-perceived health status of hospital workers, the objective of this study was to determine the prevalence of satisfaction with health among people working at a University Hospital (UH) and its associations with indicators of adiposity, arterial blood pressure (BP) and physical activity (PA). A total of 380 adults took part in the study, with ages ranging from 20 to 59 and a mean age of 43.92 (SD = 8.46) years. Self-perceived health was assessed using a question from the “WHOQOL-bref” questionnaire. Overall satisfaction with health was 60.8%, and women reported lower satisfaction than men. An analysis adjusted for sex showed that having a healthy BMI was associated with the highest rate of satisfaction with health (PR = 1.478 [95%CI: 1.272 – 1.717]), followed by WC (PR = 1.323 [95%CI: 1.135 – 1.541]). Neither BP nor PA were associated with self-perceived health. It was concluded that the UH workers are aware of risks to their health, but that they do not recognize the importance of maintaining healthy blood pressure or of engaging in regular PA in order to delay onset of chronic conditions that could be harmful to them.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Adulto , Persona de Mediana Edad , Autoimagen , Estado de Salud , Adiposidad , Hospitales Universitarios , Presión Sanguínea , Ejercicio Físico , Estudios Transversales , HábitosRESUMEN
Objetivos: verificar se características sociodemográficas, estilo de vida e estado da saúde estão associados ao fato de o idoso morar sozinho, analisando amostras populacionais de duas capitais brasileiras de regiões distintas, Porto Alegre e Manaus, e as possíveis diferenças entre seus residentes. Metodologia: fora realizada análise secundária de dados de dois estudos transversais com base populacional realizados nas cidades citadas, em 2006 que utilizaram idênticas metodologias e instrumentos de pesquisa. Modelos de regressão logística utilizaram a variável dependente morar sozinho, dicotômica. A amostra total foi de 1547 idosos (com idade igual ou superior a 60 anos) de ambos os sexos: 1078 em Porto Alegre e 469 em Manaus; 291 idosos moravam sozinhos (Manaus 39, Porto Alegre 252). Resultados: fatores significativamente relacionados com a chance maior de morar sozinho foram: ser mulher, ter renda individual de dois ou mais salários mínimos, ter menor número de filhos e receber ajuda para habitação. A idade da aposentadoria foi fator preditor significativo somente em idosos de Porto Alegre, enquanto a escolaridade foi significativa somente para Manaus. Estado de saúde, autopercepção de saúde e prevalência de comorbidades não foram fatores significativos para morar sozinho nas duas cidades. Conclusões: fatores socioeconômicos são preditores importantes para o idoso residir sozinho. Contrário ao que se supunha, ter pior estado de saúde não foi importante. Observamos mais idosos morando sozinhos em Porto Alegre, sendo estes influenciados por terem se aposentado com maior idade. Já em Manaus, ser alfabetizado foi um fato significante para morar sozinho.
Objectives: To verify whether if socio-demographic characteristics, lifestyle and health status contribute to the status of living alone in population samples from two distinct Brazilian capitals, Porto Alegre and Manaus, and the possible differences between its residents. Methods: We performed a secondary analysis of comparative data from two cross-sectional population-based studies, conducted in the cities of Porto Alegre and Manaus, in 2006, that used identical methodologies and research tools. Logistic regression models used living alone as dichotomous dependent variable. The total sample was 1547 elderly ( 60 years old) of both sexes: 1078 in Porto Alegre and 469 in Manaus. There were 291 elderly living alone (Manaus 39, Porto Alegre 252). Results: Factors significantly associated with greater chance of living alone were: being female, having individual income of two or more minimum wages, fewer children and receiving help for housing. The retiring age was a significant predictor only in the elderly of Porto Alegre, while scholarity was significant only for the city of Manaus. Health status, self-assessment of health and comorbidities were not significant predictors of living alone in both cities. Conclusions: socioeconomic factors are important predictors of living along among elderly. Contrary to popular belief, having poor health status was not an important factor. We observed a higher frequency of elderly living alone in Porto Alegre, city were retiring at older age was a significant predictor. Being literate was a significant predictor for elderly living alone only in Manaus.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Anciano , Salud , Vivienda , Estilo de Vida , Estudios Transversales , Factores SocioeconómicosRESUMEN
Objetivos: verificar se características sociodemográficas, estilo de vida e estado da saúde estão associados ao fato de o idoso morar sozinho, analisando amostras populacionais de duas capitais brasileiras de regiões distintas, Porto Alegre e Manaus, e as possíveis diferenças entre seus residentes. Metodologia: fora realizada análise secundária de dados de dois estudos transversais com base populacional realizados nas cidades citadas, em 2006 que utilizaram idênticas metodologias e instrumentos de pesquisa. Modelos de regressão logística utilizaram a variável dependente morar sozinho, dicotômica. A amostra total foi de 1547 idosos (com idade igual ou superior a 60 anos) de ambos os sexos: 1078 em Porto Alegre e 469 em Manaus; 291 idosos moravam sozinhos (Manaus 39, Porto Alegre 252). Resultados: fatores significativamente relacionados com a chance maior de morar sozinho foram: ser mulher, ter renda individual de dois ou mais salários mínimos, ter menor número de filhos e receber ajuda para habitação. A idade da aposentadoria foi fator preditor significativo somente em idosos de Porto Alegre, enquanto a escolaridade foi significativa somente para Manaus. Estado de saúde, autopercepção de saúde e prevalência de comorbidades não foram fatores significativos para morar sozinho nas duas cidades. Conclusões: fatores socioeconômicos são preditores importantes para o idoso residir sozinho. Contrário ao que se supunha, ter pior estado de saúde não foi importante. Observamos mais idosos morando sozinhos em Porto Alegre, sendo estes influenciados por terem se aposentado com maior idade. Já em Manaus, ser alfabetizado foi um fato significante para morar sozinho.(AU)
Objectives: To verify whether if socio-demographic characteristics, lifestyle and health status contribute to the status of living alone in population samples from two distinct Brazilian capitals, Porto Alegre and Manaus, and the possible differences between its residents. Methods: We performed a secondary analysis of comparative data from two cross-sectional population-based studies, conducted in the cities of Porto Alegre and Manaus, in 2006, that used identical methodologies and research tools. Logistic regression models used living alone as dichotomous dependent variable. The total sample was 1547 elderly ( 60 years old) of both sexes: 1078 in Porto Alegre and 469 in Manaus. There were 291 elderly living alone (Manaus 39, Porto Alegre 252). Results: Factors significantly associated with greater chance of living alone were: being female, having individual income of two or more minimum wages, fewer children and receiving help for housing. The retiring age was a significant predictor only in the elderly of Porto Alegre, while scholarity was significant only for the city of Manaus. Health status, self-assessment of health and comorbidities were not significant predictors of living alone in both cities. Conclusions: socioeconomic factors are important predictors of living along among elderly. Contrary to popular belief, having poor health status was not an important factor. We observed a higher frequency of elderly living alone in Porto Alegre, city were retiring at older age was a significant predictor. Being literate was a significant predictor for elderly living alone only in Manaus.(AU)
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Anciano , Vivienda , Estilo de Vida , Salud , Factores Socioeconómicos , Estudios TransversalesRESUMEN
The scope of this study is to investigate the association between occupational stress and self-perception of oral health. Data were obtained through a self-administered questionnaire filled out in a Pró-Saúde Study by 3253 administrative technical staff from Rio de Janeiro's State University. Occupational stress was measured by means of a questionnaire elaborated in 1970 by Karasek, duly shortened by Thorell in 1988. Ordinal logistic regression was used for data analysis, subsequently adjusted for three blocks of variables. Workers exposed to high occupational demands and little occupational control and to passive work had higher chances of self-perception of worse oral health, when compared with those exposed to low occupational demands, there being no association observed in those exposed to active work. However, in the multiple regression model the following estimates were reduced in magnitude and lost statistical significance, namely high occupational demands and passive work. Workers exposed to high occupational demands revealed worse self-reported oral health, which seems to be partly explained by health behavior patterns, the presence of oral health problems and seeking dental services at longer intervals than once per year.
O objetivo deste estudo é investigar a associação entre estresse no trabalho e a autopercepção de saúde bucal. Os dados foram obtidos por meio de questionário de autopreenchimento de 3.253 funcionários técnicos administrativos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro em um Estudo do Pró-Saúde. O estresse no trabalho foi medido por meio de um questionário elaborado por Karasek em 1970 e reduzido por Theorell em 1988. Para a análise dos dados, utilizou-se regressão logística ordinal, posteriormente ajustada para três blocos de variáveis. Trabalhadores expostos a alta exigência e pouco controle no trabalho e ao trabalho passivo, tiveram maiores chances de perceber pior saúde bucal, quando comparados àqueles expostos a baixa exigência no trabalho, não se observando associação com aqueles expostos ao trabalho ativo. Entretanto, no modelo de regressão múltipla, estas estimativas reduziram em magnitude e perderam significância estatística, a saber: alta exigência e trabalho passivo. Funcionários expostos à alta exigência no trabalho apresentaram pior saúde bucal autorreferida que parece ser em parte explicada pelas comportamentais em saúde, presença de problemas de saúde bucal e uso de serviços odontológicos com uma frequência maior do que uma vez ao ano.
Asunto(s)
Adulto , Femenino , Humanos , Masculino , Enfermedades Profesionales/psicología , Salud Bucal , Autoimagen , Estrés Psicológico/psicología , Brasil , Estudios Transversales , Encuestas y CuestionariosRESUMEN
A tarefa de cuidar de um familiar com demência é reconhecida como associada ao estresse crônico, e a problemas físicos e emocionais no cuidador. Entretanto, a influência do tipo de demência sobre a autopercepção de saúde em cuidadores familiares ainda é pouco conhecida. Objetivos: Descrever características sociodemográficas e clínicas de uma amostra ambulatorial do Rio de Janeiro composta por pacientes com demência e seus cuidadores familiares, e examinar a relação entre o tipo de demência do paciente (VD: Demência Vascular; DA: Doença de Alzheimer; DM: Demência Mista) e a autopercepção de saúde em cuidadores familiares. Métodos: A amostra (n=49) foi constituída por pacientes com demência e seus cuidadores familiares atendidos regularmente em um ambulatório de Psicogeriatria no Rio de Janeiro. Pacientes foram avaliados com Mini-Exame do Estado Mental, Questionário de Atividades Funcionais, Inventário Neuropsiquiátrico e Escala de Estadiamento da Demência. Cuidadores foram investigados com um Questionário Sociodemográfico e Clínico, que inclui questões de autopercepção de saúde física e emocional, além dos Inventários Beck de Depressão e Ansiedade, e Entrevista de Sobrecarga Zarit. Resultados: Cuidadores familiares de pacientes com DA apresentaram pior autopercepção de saúde física quando comparados aos familiares provedores de cuidados dos grupos dos outros tipos de demência, apesar da diferença não ter alcançado nível de significância estatística. A queixa de dor foi o problema físico mais frequente nos cuidadores nos três tipos diagnósticos...
Provide care for a demented relative is recognized as associated to chronic strain, and also to caregiver's physical and emotional problems. However, little is known about the influence of the dementia type on family caregiver health self-perception. Objectives: Describe sociodemographic and clinical factors of an outpatients sample in Rio de Janeiro composed by demented patients and their family caregivers, and to investigate the relation of the dementia type (Vascular Dementia: VaD; Alzheimer Disease: AD; Mixed Dementia: MD) with family caregivers health self-perception. Methods: Outpatients (n=49) with dementia were evaluated with Mini-Mental State Examination, Functional Activities Questionnaire, Neuropsychiatric Inventory, and Clinical Dementia Rating. Caregivers were assessed with a Sociodemographic and Clinical Questionnaire, Beck Depression and Anxiety Inventories, and Zarit Burden Interview. Results: Family caregivers of AD patients presented poorer physical health self-perception when compared to family caregivers of the other dementia types, however these differences did not reach the statistical level. Physical and emotional complains were reported by the majority of caregivers of all dementia types. Complaint of pain was the most frequent physical problem among the three diagnostic types...
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Persona de Mediana Edad , Agotamiento Profesional , Cuidadores/psicología , Demencia/terapia , Autoimagen , Ansiedad/psicología , Depresión/etiología , Fatiga/psicología , Entrevista Psicológica , Factores SocioeconómicosRESUMEN
Analisar a influência da frequência / nível da prática de atividade física regular sobre a autopercepção de saúde dos idosos (sessenta anos de idade e mais) adscritos à Estratégia de Saúde da Família Victor Valla, do complexo de Manguinhos, região metropolitana do Rio de Janeiro, no ano de 2013.
Asunto(s)
Humanos , Anciano , Anciano de 80 o más Años , Envejecimiento , Enfermedad Crónica , Salud del Anciano , Promoción de la Salud , Actividad Motora , Estudios Transversales , Ejercicio Físico , Estado de Salud , Relaciones Interpersonales , Estilo de Vida , Factores SocioeconómicosRESUMEN
O objetivo deste estudo foi verificar a prevalência e os fatores associados a autopercepção de saúde regular/ruim em adolescentes, adultos e idosos. O estudo foi transversal, de base populacional, realizado em Pelotas. A amostra compreendeu 820 adolescentes, 2715 adultos e 385 idosos. Autopercepção de saúde foi investigada pela pergunta: "Como o Sr(a) considera sua saúde?" Características demográficas, socioeconômicas, comportamentais e de saúde foram coletadas. Razões de prevalência ajustada foram estimadas pela Regressão de Poisson. A prevalência de autopercepção regular ou ruim de saúde foi de 12,1%, 22,3% e 49,4% entre adolescentes, adultos e idosos, respectivamente. Adolescentes com menor nível econômico e com escolaridade não adequada relataram pior autopercepção de saúde. Entre os adultos e idosos, relataram pior autopercepção de saúde: as mulheres, aqueles com maior faixa etária, menor nível econômico e os que possuíam alguma morbidade. Conclui-se que a população percebe saúde não apenas como ausência de doença, mas também como um constructo relacionado com aspectos sociais e demográficos, e em menor magnitude, com aspectos comportamentais. Abordagens em saúde devem superar o modelo simplista onde saúde é dicotomizada em doente e não-doente.
The scope of this study was to verify the prevalence and associated factors of self-reported health status as regular/bad. A cross-sectional, population-based study was conducted in Pelotas. The sample size comprised 820 adolescents, 2715 adults and 385 elderly. Self-reported health status was investigated via the question: "How do you rate your health?" Data on demographics, socioeconomic, behavioral, and health-related characteristics of individuals were gathered. Adjusted prevalence ratios were estimated through the Poisson regression. Prevalence of reporting health status as regular or bad was 12.1%, 22.3% and 49.4% in adolescents, adults and the elderly, respectively. Adolescents with lower economic status and schooling had higher prevalence of regular/bad self-reported health. Among adults and the elderly, women and older men with lower economic status and some morbidity presented a higher proportion of regular/bad self-reported health. In conclusion, individuals perceive health not only as the absence of a disease, but also as a construct related to social, demographic and, to a lesser extent, behavioral aspects. Health approaches must recognize this fact and transcend the simplistic model where health is dichotomized into the sick and the non-sick.
Asunto(s)
Adolescente , Adulto , Anciano , Femenino , Humanos , Masculino , Autoevaluación Diagnóstica , Estado de Salud , Autoinforme , Estudios Transversales , Demografía , Prevalencia , Factores SocioeconómicosRESUMEN
Caring for a demented family member has been associated with burden. Studies concerning health self-perception of family caregivers are still scarce. OBJECTIVE: To investigate caregivers perceived health and to look into relationships with patients and caregivers' sociodemographic and clinical data. METHOD: Dyads of dementia outpatients and family caregivers (n=137) were assessed with Mini Mental State Examination, Functional Activities Questionnaire, Neuropsychiatric Inventory and Clinical Dementia Rating. Caregivers answered Sociodemographic Questionnaire, Beck Depression and Anxiety Inventories, Zarit Burden Interview and Maslach Burnout Inventory. RESULTS: Caregivers poor perceived health was associated with emotional exhaustion, burden, depression and anxiety. Logistic regression analyses revealed caregivers' age, anxiety and physical problem as the main predictors of health self-perception. CONCLUSION: Aged family caregivers with anxiety who also report physical problem characterize a group at risk for poor self-perceived health. Evaluation of health self-perception may be useful for designing interventions to improve anxiety and physical health.
Cuidar de familiar com demência tem sido associado a sobrecarga. Estudos sobre autopercepção de saúde em cuidadores ainda são escassos. OBJETIVO: Investigar autopercepção de saúde em cuidadores e relação entre dados sociodemográficos e clínicos de cuidadores e pacientes. MÉTODO: Díades de pacientes demenciados e cuidadores familiares (n=137) foram avaliados pelo Mini Exame do Estado Mental, Questionário de Atividades Funcionais, Inventário Neuropsiquiátrico e Escala de Avaliação Clínica da Demência. Cuidadores responderam ao Questionário Sociodemográfico, Inventários Beck de Depressão e Ansiedade, de Sobrecarga Zarit e de Burnout Maslach. RESULTADOS: Pior percepção de saúde associou-se a exaustão emocional, sobrecarga, depressão e ansiedade. Análise de regressão logística revelou idade, ansiedade e problema físico como principais preditores da percepção de saúde. CONCLUSÃO: Cuidadores familiares idosos, com ansiedade e problema físico, constituem grupo de risco para pior percepção de saúde. Avaliação da percepção de saúde pode ser útil em intervenções para melhorar ansiedade e saúde física.
Asunto(s)
Femenino , Humanos , Masculino , Persona de Mediana Edad , Cuidadores/psicología , Autoevaluación Diagnóstica , Demencia/enfermería , Estudios Transversales , Demencia/psicología , Factores Socioeconómicos , Encuestas y CuestionariosRESUMEN
CONTEXTO: A autopercepção de saúde contempla vários aspectos da saúde física, cognição e capacidade funcional. OBJETIVO: Comparar idosos com e sem evidência de declínio cognitivo/demência quanto a autopercepção de saúde e variáveis sociodemográficas, destacando as variáveis associadas à autopercepção de saúde positiva e negativa dentro destes grupos. MÉTODOS: Noventa e oito idosos residentes na comunidade foram avaliados em visitas domiciliares para este trabalho. A avaliação cognitiva e funcional foi feita por meio da aplicação do Mini-Exame do Estado Mental (MEEM), do Teste do Desenho do Relógio (TDR), da Escala de Demência de Blessed (EDB) e do Questionário do Informante de Declínio Cognitivo em Idosos (IQCODE). A autopercepção da saúde foi avaliada por intermédio de um questionário adaptado do Brazil Old Age Schedule. RESULTADOS: Vinte e seis idosos (26 por cento) apresentaram quadro de declínio cognitivo. Autopercepção de saúde negativa e menor participação em atividades físicas e recreativas se associaram significativamente a declínio cognitivo nesta amostra (p = 0,006, p = 0,05, p = 0,03, respectivamente). No grupo de sujeitos sem evidência de declínio cognitivo, a história prévia de eventos cerebrovasculares se relacionou à maior frequência de autopercepção negativa da saúde. CONCLUSÃO: A autopercepção negativa da saúde está relacionada ao provável diagnóstico de demência. Nos idosos com declínio cognitivo, a autopercepção positiva de saúde associa-se a quadros mais graves, refletindo possivelmente menor insight quanto ao estado mórbido.
BACKGROUND: The self-perception of health can approach several aspects of physical health, cognition and functional abilities. OBJECTIVE: To compare elderly subjects wit and without evidence of cognitive decline in relation to health self-perception and socio-demographic variables, highlighting the variables associated with positive or negative health self-perception in these groups. METHODS: Ninety eight community-dwelling subjects were assessed in this study. Cognitive and functional abilities were tested using the Mini-Mental State Examination (MMSE), the Clock Drawing Test (CDT), the Blessed Dementia Scale (BDS), and the Informant Questionnaire of Cognitive Decline in the Elderly (IQCODE). Self-perception of health evaluation was performed with the use of an adapted questionnaire of the Brazil Old Age Schedule. RESULTS: Twenty-six subjects (26 percent) had evidence of cognitive decline in this sample. Negative health self-perception and lower levels of physical and leisure activity were significantly associated with cognitive decline in this sample (p = 0.006, p = 0.05, p = 0.03, respectively). In the group of subjects without evidence of dementia, history of cerebrovascular disease was associated with negative health perception. DISCUSSION: Dementia was associated with worse health self-perception evaluation. In addition, elders with evidence of dementia and good health self-perception evaluation had higher IQCODE scores, suggesting lack of judgment regarding health status.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Anciano , Autoimagen , Demencia , Envejecimiento , Anciano , Trastornos del ConocimientoRESUMEN
No Brasil, o aumento da população idosa em relação à população total e o aumento da longevidade provocam uma demanda por informações sobre a quantidade de anos vividos com saúde. O objetivo do presente estudo é medir a expectativa de vida saudável para a população brasileira de 60 anos e mais, por sexo e idade, em 2003. Para isso, foi empregado o método de Sullivan, combinando a tábua de vida, com experiência de mortalidade corrente da população e suas percepções de saúde. As informações de mortalidade foram obtidas de tábuas de vida publicadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2003. Optou-se por utilizar a autopercepção do estado de saúde, dicotomizada em boa e ruim, como medida do estado saúde dos indivíduos idosos, com informações advindas da Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar (PNAD) de 2003. As estimativas mostram que as mulheres vivem mais, porém o número de anos a serem vividos por elas percebendo sua saúde como ruim é maior do que a estimativa para os idosos do sexo masculino. Os resultados chamam atenção para a necessidade de considerar as diferenças entre os sexos em relação à demanda por cuidados de saúde, assim como para a necessidade de políticas visando aumentar os anos a serem vividos pelos idosos em condições que estes considerem como de boa saúde.
The increase of the percentage of elderly population in Brazil and the increase in longevity incite a demand for information on the quantity of years spent in good health. The aim of the present study is to measure the life expectancy for the elderly of 60 years and above, by sex and age, in the year of 2003. The Sullivan method was used, which combined the life-table with the current experience of mortality and the self-perceived health. The mortality information was obtained from the life tables published by the IBGE (Brazilian Institute of Geography and Statistics), 2003. The self-perceived health was used and it was dichotomized in good and bad. This information came from the National Research of Household Sample (PNAD), 2003. The results indicate that women live longer, but spend a higher number of years perceiving their health as bad, as compared to men. The results also highlights to the need of considering the differences between sexes in relation to the demand for health care. It is also important to consider the need to have policies designed to allow the increase in the number of years that the elderly can live in good health conditions.
Asunto(s)
Anciano , Anciano de 80 o más Años , Femenino , Humanos , Masculino , Persona de Mediana Edad , Esperanza de Vida , Brasil , AutoimagenRESUMEN
Atualmente, há uma escassez de estudos que avaliem desfechos positivos. A relação existente entre a autopercepção positiva de saúde bucal e processos de enfrentamento relacionados com a resiliência, por exemplo, parece ainda não ter sido investigada. O objetivo deste trabalho foi avaliar a autopercepção positiva de saúde bucal e sua associação com um conjunto de variáveis, entre elas a resiliência, através de um modelo teórico conceitual, em idosos vivendo na comunidade, na região Sul do Brasil. Foram avaliados 498 indivíduos, através de um estudo transversal aninhado em um estudo de coorte. Os participantes responderam a um questionário socio-demográfico, a Escala de Resiliência e passaram por um breve exame aonde os pesquisadores realizaram a contagem do número de dentes. Baseado em uma análise hierárquica realizada através de regressão de Poisson com variância robusta, as razões de prevalência estimadas das variáveis que ficaram significativamente associadas com o desfecho em estudo, após a análise totalmente ajustada, foram: 1) alto potencial de resiliência: RP= 0,83, 95% IC (0,75-0,93), 2) localização geográfica do domicílio na área rural: RP= 1,18, 95% IC (1,06-1,32), 3) renda: RP= 1,18,95% IC (1,07-1,3) e 4) não necessidade de mudanças de dieta: RP= 1,34, 95% IC (1,13-1,6). Portanto, os resultados confirmam a hipótese de associação entre elevado potencial de resiliência e autopercepção positiva de saúde bucal.
Currently, there are a few studies that assess positive outcomes. The importance of coping strategies, lead by resilience, on positive perception of oral health has drawn little attention from oral health researchers. The objective of this study was to evaluate positive self-perceived oral health and its association with a set of variables, including resilience, using a theoretical framework, among independent-living older persons in Southern Brazil. We studied 498 persons in a cross-sectional study nested in a cohort study. The participants were evaluated using a structured questionnaire to assess socio-demographic data and resilience potential (Resilience Scale). Furthermore, a brief oral examination assessing the number of teeth was performed. A hierarchical analysis was carried out using Poisson regression with robust variance. A final, fully adjusted regression model showed that the following variables were associated with positive self-perceived oral health I) elevated resilience potential: PR=0,83, 95% IC (0,75-0,93), 2) living in the rural area: PR= 1,18, 95% IC (1,06-1,32), 3) income: PR=1,18, 95% IC (1,07-1,3), and 4) unchanged diet due to oral problems: RP= 1,34, 95% IC (1,13-1,6). Therefore, the results confirm the hypothesis of an association between elevated resilience potential and positive self-perceived oral health.