RESUMEN
O semiárido brasileiro vem passando por mudanças paradigmáticas nas últimas décadas. Da perspectiva do "combate à seca" para a "convivência com o semiárido", políticas públicas têm sido empreendidas com diferentes focos. Este estudo traz reflexões fenomenológicas calcadas na perspectiva heideggeriana acerca das mudanças relacionadas ao modo como o sertanejo habita o sertão. O paradigma do combate à seca traz consigo representações de um semiárido de aridez, restrição e escassez, imagem veiculada pela literatura e mídia do início e meados do século XX, período histórico de intensa migração nordestina. Já no início do século XXI temos o emergente paradigma da convivência que procura mostrar um sertão como lugar de pertencimento e possibilidades. A partir da revisão da literatura de pesquisas com sertanejos, foi possível lançar um olhar crítico para uma realidade que desvela o sertão como abrigo do antigo e do novo paradigma, ao mesmo tempo exercendo ligação no modo como o sertanejo habita sua terra, uma vez que ele é sempre ser-no-mundo. Assim, o semiárido se abre como lugar onde o humano habita no modo da familiaridade ou do estranhamento, iluminados a partir da experiência de cada um.
Brazilian semi-arid (Sertão), one of the four sub-regions of the Northeast of the country, has undergone paradigmatic changes in the past decades. It has shifted from the perspective of "fight against drought" to that of a "coexistence with the semiarid" and thus State policies have been implemented with different focuses. The present study brings a heideggerian phenomenological approach to the changes in the way the people in the Sertão inhabit the land. The paradigm of fighting the drought is known for representing the semi-arid with aridity, restriction and scarcity. Those are the images presented by Brazilian national literature and by the national media in the first half of the XXth century, period of intense emigration from the mentioned area. The beginning of the XXIst century saw the emergence of the paradigm of coexistence in which the Sertão was presented as a place of possibilities and presence. Through a work of literature review this paper was able to establish a critical view over the current reality of the Sertão as a place for the old and the new paradigms. Both perspectives are present in the way people inhabit the land and connect with it, considering that humans are always being-in-the-world. In that sense, the semi-arid is given as a place for inhabiting in familiarity or estrangement affected by the experience of each other.
El semiárido brasileño (Sertão) sufrió cambios paradigmáticos en recientes décadas. La perspectiva de "combate a la seca" se ha transmutado en "convivencia con el semiárido" y así políticas públicas fueron establecidas con diferentes propósitos. Este estudio presenta algunas reflexiones fenomenológicas con base en la tradición heideggeriana para tratar de las transformaciones en la manera como el sertanejo habita su tierra. El paradigma del combate a la seca representa el semiárido en su aridez, restricción y escasez con imágenes presentadas en la literatura y la media nacional de la primera mitad del siglo XX. En inicio del siglo XXI se erige el paradigma de la convivencia presentando un Sertão como lugar de pertenecimiento y posibilidades. A partir de un trabajo de revisión de la literatura de investigaciones con sertanejos fue posible observar críticamente una realidad que conserva a un tiempo el antiguo y el nuevo paradigma influenciando la manera como el sertanejo habita su tierra, ya que él es siempre ser-en-el-mundo. De esta manera, el semiárido se abre como lugar para habitar en el modo de familiaridad o de alejamiento iluminado por la experiencia de cada uno.
Asunto(s)
Áreas de Pobreza , Acontecimientos que Cambian la Vida , Antropología CulturalRESUMEN
En este artículo exploramos la noción de arraigo vinculada al hecho de emplear la calle como principal espacio de residencia, abordando las implicaciones del uso de este término como categoría de análisis e intervención, partiendo de su carácter dinámico y del uso particular que se hace de los espacios callejeros desde esta condición. A través de un trabajo de campo generado bajo un enfoque etnográfico, exploramos cómo es que se habita la calle y se constituye un arraigo a este espacio por parte de un grupo de jóvenes que ahí residen. Proponemos procesos que además de reducir el daño derivado de ciertas prácticas comunes en la calle, favorezcan la autonomía y la posibilidad de participación ciudadana.
Neste artigo exploramos a noção de arraigo vinculada ao fato de empregar a rua como principal espaço de residência, abordando os envolvimentos do uso deste termo como categoria de análise e intervenção, partindo de seu caráter dinâmico e do uso particular que se faz dos espaços de rua desde esta condição. Através de um trabalho de campo gerado baixo um enfoque etnográfico, exploramos como é que se habita a rua e se constitui um arraigo a este espaço por parte de um grupo de jovens que aí residem. Propomos processos que além de reduzir o dano derivado de certas práticas comuns na rua, favoreçam a autonomia e a possibilidade de participação cidadã.
This article explores the notion of rooting linked to the fact of using the street as a main residence space, addressing the implications of the use of this term as a category of analysis and intervention on the basis of their dynamic nature and the particular use made of the street space from this condition. On a field work generated under an ethnographic approach, this work explores how it inhabits the street and it becomes a rooting to this space by a group of young people residing there. Processes apart from reducing the damage derived from certain common practices in the street, favoring the autonomy and the possibility of citizen participation are proposed.