RESUMEN
Resumo O objetivo do artigo é verificar se existem diferenças entre os sexos quanto aos fatores que se associam à ingestão de cálcio. Estudo realizado com dados de inquérito de saúde, em amostra de 1.640 indivíduos de 20 anos ou mais residentes no município de Campinas-SP. A ingestão de cálcio foi obtida por meio de um recordatório de 24 horas (R24h) e analisada segundo variáveis sociodemográficas, de comportamentos de saúde, frequência de refeições e índice de massa corporal (IMC); a presença de associações foi verificada por meio de testes de regressão linear múltipla. O perfil de fatores associados à ingestão de cálcio diferiu entre os sexos. A prática de atividade física no contexto de lazer só se associou ao consumo de cálcio no sexo masculino, enquanto cor da pele, tabagismo, renda, excesso de peso e frequência do café da manhã mostraram associação apenas no sexo feminino. Escolaridade e realização de lanches intermediários mostraram-se associadas à ingestão de cálcio em ambos os sexos. A análise aponta segmentos da população feminina e masculina em que a importância da ingestão de cálcio precisa ser mais enfatizada; além disso, alerta para a importância do desenvolvimento de análises de saúde estratificadas por sexo em decorrência de diferentes padrões comportamentais que prevalecem entre os sexos.
Abstract The scope of this article is to verify if there are differences in factors associated with calcium intake between men and women. It is based on a study conducted with data from a health survey in a sample of 1641 individuals aged 20 years or more living in the urban area of the city of Campinas, in the State of São Paulo. Calcium intake was obtained from a 24-hour recall (24hr recall method) and analyzed according to sociodemographic variables, health behavior, frequency of meals and body mass index (BMI). The existence of associations was verified by multiple linear regression tests, and it was detected that the profile of associated factors differed between genders. Physical exercise in the leisure context was only associated with calcium intake in males, while skin color, smoking, income, overweight/obesity, and frequency of having breakfast only revealed an association in females. Schooling and having snacks were associated with calcium intake in both sexes. The analysis of the associated factors indicates segments of the female and male population in which the importance of calcium intake needs to be more closely examined. Furthermore, it highlights the importance of conducting health analyses stratified by sex due to the different behavioral patterns that prevail between the sexes.
RESUMEN
A microcefalia é uma condição sem tratamento causa alterações de cunho sensorial, cognitivo, motor, auditivo e visual, podendo ser adquirida por meio da infecção congênita pelo vírus Zika. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o estado nutricional, o consumo alimentar e os fatores socioeconômicos que implicam na alimentação das crianças com microcefalia oriunda da infecção pelo Zika Vírus. Este estudo é uma pesquisa de campo descritiva, de delineamento transversal, que foi realizada com dez crianças na faixa etária de 2 a 3 anos. O estado nutricional foi avaliado utilizando balança digital e fita métrica, e os questionários sobre o consumo alimentar e condições socioeconômicas foram respondidos pelos cuidadores das crianças. Os resultados encontrados apresentaram inadequações das seguintes maneiras: 60% na estatura por idade, 50% no peso por idade e 40% no peso por estatura. Sobre a alimentação, 70% tinham uma alimentação inadequada e 60% apresentavam condições socioeconômicas de risco. Perante os achados, é possível interligar os fatores pesquisados com um retardo no desenvolvimento infantil. Portanto, ressalta-se que a microcefalia associada à alimentação inadequada e baixa condição social é capaz de agravar o estado nutricional.
Microcephaly is an untreated condition that leads to sensory, cognitive, motor, auditory and visual changes and can be acquired through congenital infection by the Zika Virus. Hence, this study evaluates the nutritional status, food consumption and socioeconomic factors that affect the nutrition of children with microcephaly transmitted by Zika Virus infection. A descriptive, cross-sectional field research was conducted with ten children aged 2 to 3 years. Nutritional status was assessed using a digital scale and measuring tape. Questionnaires on food consumption and socioeconomic conditions were answered by the children's caregivers. The results found presented the following inadequacies: 60% in height for age, 50% in weight for age, and 40% in weight for height. Regarding nutrition, 70% of the children had inadequate nutrition and 60% lived under risky socioeconomic conditions. Given these findings, the factors researched can be linked with a delay in child development. Therefore, microcephaly associated with inadequate nutrition and low social status can worsen nutritional status.
La microcefalia es una afección no tratada que conlleva cambios sensoriales, cognitivos, motores, auditivos y visuales, y puede adquirirse a través de una infección congénita por el virus Zika. El objetivo de este estudio fue evaluar el estado nutricional, el consumo de alimentos y los factores socioeconómicos que afectan la nutrición de niños con microcefalia provocada por la infección por el virus Zika. Se trata de un estudio descriptivo, de enfoque transversal, que se realizó con 10 niños de entre 2 y 3 años. El estado nutricional se evaluó mediante una balanza digital y una cinta métrica, y los cuidadores de los niños respondieron cuestionarios sobre consumo de alimentos y condiciones socioeconómicas. Los resultados encontrados presentaron insuficiencias en los siguientes aspectos: 60% en talla para la edad, 50% en peso para la edad y 40% en peso para la talla. En cuanto a la nutrición, el 70% tenía una nutrición inadecuada y el 60% tenía condiciones socioeconómicas de riesgo. Teniendo en cuenta los hallazgos, es posible relacionar los factores investigados con un retraso en el desarrollo infantil. Por tanto, cabe destacar que la microcefalia asociada a una nutrición inadecuada y un bajo estatus social es capaz de empeorar el estado nutricional.
Asunto(s)
Humanos , PreescolarRESUMEN
The habit of eating specific meals has been addressed in several studies, but the evaluation of meal patterns has received less attention. This study aimed to describe the meal patterns of the Brazilian population. A complex sampling design was used to select the 46,164 ≥ 10-year-old individuals examined in the Brazilian National Dietary Survey. Food consumption was assessed by two non-consecutive 24-hour recalls applied throughout a one-week period. The exploratory data analysis approach was used to determine the meal patterns, i.e., how individuals combined the main meals (breakfast, lunch, dinner) and snacks (morning, afternoon, evening/night) throughout the day. The most common meal patterns were three main meals + one snack, reported by 25.1% of the individuals, and three main meals + two snacks (24.6%). Other meal patterns identified were: three main meals + three snacks (18.5%); three main meals and no snacks (10.9%); one or two main meals + two snacks (7.4%); one or two main meals + one snack (6.9%); one or two main meals + three snacks (4.2%); and one or two main meals and no snacks (2.3%). Meal patterns varied according to gender and age group, and on typical versus atypical food consumption days. We found that eight patterns characterized the daily meal consumption in Brazil. Furthermore, around 80% of the population had three main meals every day and about 13% did not report having any snacks. The characterization of meal habits is important for tailoring and targeting health promotion actions.
Os hábitos de consumo de refeições específicas têm sido abordados em diversos estudos, no entanto, a avaliação dos padrões refeições tem recebido menos atenção. O objetivo deste estudo foi descrever os padrões de refeições da população brasileira. Um desenho amostral complexo foi utilizado para selecionar os 46.164 indivíduos de ≥ 10 anos examinados no Inquérito Nacional de Alimentação de 2017-2018. O consumo alimentar foi avaliado por meio de dois recordatórios de 24 horas não consecutivos, aplicados durante um período de uma semana. A análise exploratória de dados foi utilizada para determinar os padrões de refeições, ou seja, como os indivíduos combinam as principais refeições (café da manhã, almoço, jantar) e lanches (manhã, tarde, noite) ao longo do dia. Os padrões de refeições mais frequentes foram três refeições principais + um lanche, conforme relatado por 25,1% dos indivíduos, e três refeições principais + dois lanches (24,6%). Outros padrões de refeições identificados foram: três refeições principais + três lanches (18,5%); três refeições principais e nenhum lanche (10,9%); uma ou duas refeições principais + dois lanches (7,4%); uma ou duas refeições principais + um lanche (6,9%); uma ou duas refeições principais + três lanches (4,2%); e uma ou duas refeições principais e nenhum lanche (2,3%). Os padrões de refeições variaram de acordo com o sexo e a faixa etária, e nos dias típicos em comparação com os atípicos de consumo alimentar. Verificou-se que oito padrões caracterizaram o consumo diário de refeições no Brasil. Além disso, cerca de 80% da população realizava três refeições principais diárias e cerca de 13% reportaram não lanchar. A caracterização dos padrões de refeições é importante para adequar e direcionar ações de promoção da saúde.
Los hábitos alimenticios específicos se han abordado en varios estudios, sin embargo, poco se sabe sobre la evaluación de los patrones de alimentación. El objetivo de este estudio fue describir el patrón de alimentación de la población brasileña. Se utilizó un diseño de muestra complejo para seleccionar a 46.164 individuos de ≥ 10 años quienes participaron en la Encuesta Nacional de Alimentación 2017-2018. El consumo alimentario se evaluó mediante dos registros de 24 horas no consecutivos, aplicados durante una semana. Para determinar el patrón de alimentación, se aplicó el análisis exploratorio, es decir, cómo las personas combinan las comidas principales (desayuno, almuerzo, cena) y las meriendas (mañana, tarde, noche) a lo largo del día. Los patrones de alimentación más frecuentes fueron tres comidas principales + una merienda según informan el 25,1% de los individuos, y tres comidas principales + dos meriendas (24,6%). Otros patrones identificados destacaron tres comidas principales + tres meriendas (18,5%); tres comidas principales sin merienda (10,9%); una o dos comidas principales + dos meriendas (7,4%); una o dos comidas principales + una merienda (6,9%); una o dos comidas principales + tres meriendas (4,2%); y una o dos comidas principales sin merienda (2,3%). Los patrones de alimentación tuvieron una variación según el sexo y el grupo de edad, y en días típicos en comparación con los atípicos de consumo de alimentos. Se encontró que ocho patrones caracterizan el consumo diario de comidas en Brasil. Por lo tanto, aproximadamente el 80% de la población tienen tres comidas principales al día y aproximadamente el 13% informan que no tienen merienda. Es importante caracterizar los patrones de alimentación para adaptar y orientar las acciones de promoción de la salud.
RESUMEN
Resumo O objetivo do artigo é analisar o consumo de alimentos marcadores de uma alimentação saudável, segundo os grupos raciais de mulheres brasileiras entrevistadas na Pesquisa Nacional de Saúde 2019. Estudo transversal com dados de 45.148 mulheres brancas e negras de ≥ 20 anos de idade. Os marcadores utilizados foram o consumo de frutas, verduras e legumes e feijão e peixe. A associação de cor/raça com os indicadores de consumo alimentar foi testada por regressão de Poisson bruta e ajustada para estimar razões de prevalência e intervalo de confiança de 95%. A prevalência do consumo de frutas, verduras e legumes foi estatisticamente maior nas brancas, e o de peixes e feijão foi maior nas negras. Após o ajuste pelas variáveis socioeconômicas e demográficas, verificou-se que mulheres negras permaneceram apresentando menores chances apenas de consumir frutas (RP = 0,91; IC95%: 0,88-0,95) e maior somente de consumir feijão (RP = 1,07; IC95%: 1,04-1,10) do que as brancas. Verificaram-se desigualdades raciais para o consumo de alimentos saudáveis entre mulheres brasileiras, indicando que a cor/raça definiu um padrão alimentar para as mulheres negras que as colocam em condições vulneráveis em grande parte do consumo de frutas.
Abstract This article aims to analyze the consumption of healthy food consumption markers, according to racial groups of Brazilian women interviewed in the 2019 National Health Survey (NHS). This work was a cross-sectional study with data from 45,148 white and black women, aged ≥ 20 years. The variables used were the consumption of fruits, vegetables and legumes, beans, and fish. The association between color/race and the dietary intake indicators was tested using crude Poisson regression and adjusted to estimate prevalence ratios and 95% confidence intervals (95%CI). The prevalence of the consumption of fruits and vegetables was statistically higher among white women, while fish and beans was higher among black women. After adjusting for socioeconomic and demographic variables, it was found that black women remained only less likely to consume fruit (PR = 0.91; 95% CI: 0.88-0.95) and only more likely to consume beans (PR = 1.07; 95% CI: 1.04-1.10) than whites. There were racial inequalities for the consumption of healthy foods among Brazilian women, indicating that color/race defined a dietary pattern for black women that put them in vulnerable conditions in terms of fruit consumption.
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RESUMO Este estudo objetivou investigar as relações entre a exposição a desertos alimentares e marcadores do consumo alimentar entre crianças em idade escolar acompanhadas no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan). Utilizaram-se microdados de 63.426 crianças de 1.655 municípios em 2016 para marcadores saudáveis e não saudáveis, sendo criadas as variáveis 'ausência de consumo de alimentos in natura/minimamente processados' e 'consumo máximo de alimentos ultraprocessados'. A classificação municipal em desertos alimentares baseou-se na densidade de estabelecimentos saudáveis. Modelos de regressão de Poisson ajustados por características individuais e municipais foram empregados para estimar Razões de Prevalência (RP) e Intervalos de Confiança de 95% (IC 95%) para a ocorrência dos marcadores de acordo com a exposição a desertos alimentares. A presença de desertos alimentares associou-se a piores classificações municipais de desenvolvimento humano e desigualdade. Observou-se associação entre exposição a desertos alimentares e maior frequência da ausência de consumo de alimentos in natura/minimamente processados (RP: 1,15, IC 95%: 1,07, 1,24) e do consumo máximo de alimentos ultraprocessados (RP: 1,07, IC 95%: 1,02, 1,24). Conclui-se que a exposição a desertos alimentares esteve associada ao perfil de marcadores do consumo alimentar de crianças em idade escolar acompanhadas no Sisvan.
ABSTRACT This study aimed to investigate the relationship between exposure to food deserts and food consumption markers among school-aged children monitored by the Brazilian Food and Nutrition Surveillance System (SISVAN). Microdata from 63,426 children from 1,655 municipalities in 2016 was used for healthy and unhealthy food consumption markers, and the variables 'absence of consumption of in natura/minimally processed foods' and 'maximum consumption of ultra-processed foods' were created. Municipal classification into food deserts was based on the density of healthy establishments. Poisson regression models adjusted for individual and municipal characteristics were used to estimate Prevalence Ratios (PR) and 95% Confidence Intervals (95% CI) for the occurrence of food markers according to exposure to food deserts. Food deserts were associated with worse municipal human development and inequality scores. There was an association between exposure to food deserts and a higher frequency of absence of consumption of in natura/minimally processed foods (PR: 1.15, 95% CI: 1.07, 1.24) and maximum consumption of ultra-processed foods (PR: 1.07, 95% CI: 1.02, 1.24). We conclude that exposure to food deserts was associated with the profile of food consumption markers in school-aged children monitored by SISVAN.
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ABSTRACT Objective To identify dietary patterns and analyze factors associated with the consumption profile of socially vulnerable children, Maceió, state of Alagoas, Brazil, August 2019 to December 2021. Methods This was a cross-sectional study; sociodemographic, anthropometric and food consumption variables were collected, factor analysis was used to identify dietary patterns; associations were analyzed using Poisson regression. Results Among the 567 children studied, two dietary patterns were identified, healthy and unhealthy; age ≥ 24 months (PR = 2.75; 95%CI 1.83;4.14), male gender (PR = 0.66; 95%CI 0.49;0.87) and maternal schooling ≤ 9 years (PR = 0.61; 95%CI 0.46;0.81) was higher in the healthy pattern; the unhealthy pattern was associated with age ≥ 24 months (PR = 1.02; 95%CI 1.01;1.03) and male gender (PR = 1.46; 95%CI 1.08;1.98). Conclusion The healthy pattern was more frequent in children aged ≥ 24 months, less frequent in male children and mothers with low level of schooling; children aged ≥ 24 months and males showed a higher prevalence of the unhealthy pattern.
RESUMEN Objetivo Identificar hábitos alimentarios de niños socialmente vulnerables y analizar su relación con factores vinculados al perfil de consumo de Maceió, Alagoas, Brasil. Métodos Estudio transversal de base poblacional llevado a cabo de agosto de 2019 a diciembre de 2021; se recogieron variables sociodemográficas, antropométricas y de consumo de alimentos, los patrones alimenticios se identificaron mediante análisis factorial; las asociaciones se analizaron mediante regresión de Poisson. Resultados De los 567 niños estudiados se identificaron dos hábitos de alimentación, "saludable" y "no saludable"; edad ≥ 24 meses (RP = 2,75; IC95% 1,83;4,14), sexo masculino (RP = 0,66; IC95% 0,49;0,87) y educación materna ≤ 9 años (RP = 0,61; IC95% 0,46;0,81) se asociaron al patrón "saludable"; el patrón "no saludable" se asoció con la edad ≥ 24 meses (RP = 1,02; IC95% 1,01;1,03) y el sexo masculino (RP = 1,46; IC95% 1,08;1,98). Conclusión El patrón "saludable" fue más frecuente en niños ≥ 24 meses y menos frecuente en niños varones y madres con menor educación; los niños de ≥ 24 meses y los varones tuvieron una mayor prevalencia del patrón "no saludable".
RESUMO Objetivo Identificar padrões alimentares e analisar fatores associados ao perfil de consumo de crianças em vulnerabilidade social, Maceió, Alagoas, Brasil, agosto/2019-dezembro/2021. Métodos Estudo transversal; coletaram-se variáveis sociodemográficas, antropométricas e de consumo alimentar, identificaram-se padrões alimentares por análise fatorial; analisaram-se associações mediante regressão de Poisson. Resultados Das 567 crianças estudadas, identificaram-se dois padrões alimentares, saudável e não saudável; idade ≥ 24 meses (RP = 2,75; IC95% 1,83;4,14), sexo masculino (RP = 0,66; IC95% 0,49;0,87) e escolaridade materna ≤ 9 anos (RP = 0,61; IC95% 0,46;0,81) associaram-se ao padrão saudável; o padrão não saudável foi maior em idade ≥ 24 meses (RP = 1,02; IC95% 1,01;1,03) e sexo masculino (RP = 1,46; IC95% 1,08;1,98). Conclusão Padrão saudável mais frequente em crianças ≥ 24 meses, menos frequente no sexo masculino e em mães de menor escolaridade; crianças ≥ 24 meses e do sexo masculino apresentaram maior prevalência do padrão não saudável.
RESUMEN
Con el objetivo de identificar la relación entre el consumo de frutas y vegetales, los indicadores del estrés oxidativo e inflamación se realizó un estudio transversal con 39 adolescentes. De los indicadores del estrés oxidativo se determinaron en el suero sanguíneo el malondialdehído, los productos avanzados de la oxidación de proteínas y el poder reductor férrico y en eritrocitos el glutatión reducido y como indicador de inflamación el recuento leucocitario y el conteo diferencial. Se encontraron asociaciones significativas a través de los cuartiles del consumo de vegetales y frutas con el potencial reductor férrico y el glutatión reducido con aumento de ambos, así como, con el malondialdehído y los productos de la oxidación avanzada de proteínas, con disminución de estos. Se concluye que el mayor consumo de vegetales y frutas se asoció con variaciones en los biomarcadores de estrés oxidativo, con aumento de los indicadores de las defensas antioxidantes y disminución de los de daño oxidativo inflamatorio.
SUMMARY With the objective of identifying the relationship between the consumption of fruits and vegetables, the indicators of oxidative stress and inflammation, a cross-sectional study was carried out with 39 adolescents. Of the indicators of oxidative stress, malondialdehyde, advanced products of protein oxidation and ferric reducing power were determined in the blood serum, and reduced glutathione in erythrocytes and, as an indicator of inflammation, the leukocyte count and the differential count. Significant associations were found across the quartiles of vegetable and fruit consumption with ferric reducing potential and reduced glutathione with an increase in both, as well as with malondialdehyde and products of advanced protein oxidation, with a decrease in these. It is concluded that the greater consumption of vegetables and fruits was associated with variations in the biomarkers of oxidative stress, with an increase in the indicators of antioxidant defenses and a decrease in those of inflammatory oxidative damage.
Com o objetivo de identificar a relação entre o consumo de frutas e hortaliças, os indicadores de estresse oxidativo e inflamação, foi realizado um estudo transversal com 39 adolescentes. Dos indicadores de estresse oxidativo, malondialdeído, produtos avançados de oxidação de proteínas e poder redutor férrico foram determinados no soro sanguíneo, e glutationa reduzida em eritrócitos, e contagem de leucócitos e contagem diferencial foram indicadores de inflamação. Foram encontradas associações significativas entre os quartis de consumo de hortaliças e frutas com potencial redutor de ferro e glutationa reduzida com aumento de ambos, bem como com malondialdeído e produtos avançados de oxidação proteica, com diminuição destes. Conclui-se que o maior consumo de hortaliças e frutas esteve associado a variações nos biomarcadores de estresse oxidativo, com aumento dos indicadores de defesas antioxidantes e diminuição dos de dano oxidativo inflamatório.
RESUMEN
ABSTRACT Objective: This study aimed to examine whether education level and income trajectories influence vegetable consumption changes over 13 years among civil servants at different campuses of a university in the state of Rio de Janeiro, Brazil. Methods: Vegetable intake frequency (daily and non-daily consumption), income (per capita), and education level (maintenance of low schooling/ upward mobility/maintenance of high schooling) were assessed at baseline (1999) and in the fourth wave (2011-12) of the Pró-Saúde (Pro-Health) cohort study. A total of 2,381 participants were analyzed. The association between educational and income trajectories and variation in vegetable consumption was assessed via crude and age-adjusted generalized linear models, stratified by sex. Results: Men in upward educational mobility showed a 0.5% increase in vegetable consumption (p=0.01), while women in this group demonstrated a 2.5% increase (p=0.05). Adjusted models showed that women who reduced their income had a lower likelihood of consuming vegetables (odds ratio [OR] 0.93; 95% confidence interval [CI] 0.89-0.97). Conclusions: The findings highlight the influence of social inequalities on vegetable consumption in adults.
RESUMO Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar se as trajetórias do nível de educação e de renda influenciam na mudança do consumo de vegetais ao longo de 13 anos entre funcionários públicos de diferentes campi de uma universidade do Rio de Janeiro, Brasil. Métodos: A frequência de consumo de vegetais (consumo diário e não diário), a renda (per capita) e o nível de educação (manutenção da baixa escolaridade/mobilidade ascendente/ manutenção da alta escolaridade) foram avaliados no início (1999) e na quarta onda (2011-12) do estudo de coorte Pró-Saúde. Foram analisados 2.381 participantes, e a associação entre as trajetórias de escolaridade e renda e a variação no consumo de vegetais foi avaliada via modelos lineares generalizados brutos e ajustados por idade e variação da escolaridade e estratificados por sexo. Resultados: Homens em mobilidade educacional ascendente apresentaram aumento de 0,5% no consumo de vegetais (p=0,01), enquanto mulheres nesse grupo demonstraram aumento de 2,5% (p=0,05). Modelos ajustados mostraram que mulheres que reduziram sua renda apresentaram menor probabilidade de consumir vegetais (odds ratio [OR] 0,93; intervalo de confiança [IC] 95% 0,89-0,97). Conclusão: Os achados destacam a influência das desigualdades sociais no consumo de vegetais em adultos.
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O ingresso em um curso universitário leva a mudanças significativas no estilo de vida e na rotina do estudante, com impacto na prática de atividade física, saúde mental, hábitos de sono e hábitos alimentares. O objetivo do estudo foi verificar o nível de atividade física dos jovens universitários e suas associações com estado de humor, qualidade do sono e consumo alimentar. Trata-se de uma pesquisa de corte transversal, realizada com estudantes universitários do curso de Medicina de uma Instituição de Ensino Superior Pública. Realizou-se avaliação de medidas antropométricas, do nível de atividade física (NAF) por meio do acelerômetro GT3x (Actigraph), do consumo alimentar (inventário de 24h), e utilizando os questionários de BECK e BRUMs / POMS avaliou-se os distúrbios de sono e estado de humor. Utilizando o software SPSS realizou análise comparativa com teste t Student para grupos independentes, análise inferencial de correlação de Pearson e Regressão logística binária. Dos universitários analisados (n=75), 54,7% (n=41) eram do sexo masculino e, quando comparado com as mulheres, apresentaram maior nível de atividade física (NAF). Aproximadamente 1/3 de toda a amostra do estudo realizou menos de 300min de atividade física moderada/vigorosa. O perfil alimentar dos universitários não foi satisfatório. Verificou-se para ambos os sexos o Escore Total de POMS (Profile of Mood States) se associou com universitários que realizam menos de 300min de atividade física por semana. As mulheres têm 65% mais chances de apresentar Escala de Tensão (POMS) quando são menos ativas, e nos homens, a razão de chances é de aproximadamente três vezes maior de apresentar Confusão (BRUMS - Escala de Humor de Brunel). Conclui-se que os estudantes universitários do curso estudado, em sua maioria, foram insuficientemente ativos fisicamente e apresentam algumas alterações no estado de humor, sonolência diurna e um consumo alimentar insatisfatório.
Starting a university course leads to significant changes in the student's lifestyle and routine, with an impact on physical activity, mental health, sleeping habits and eating habits. The objective of the study was to verify the level of physical activity of young university students and its associations with mood, sleep quality and food consumption. This is a cross-sectional survey, carried out with university students studying Medicine at a Public Higher Education Institution. Anthropometric measurements, physical activity level (PAL) were assessed using the GT3x accelerometer (Actigraph), food consumption (24-hour inventory), and using the BECK and BRUMs / POMS questionnaires, health disorders were assessed. sleep and mood. Using SPSS software, comparative analysis was carried out with Student's t test for independent groups, Pearson correlation inferential analysis and binary logistic regression. Of the university students analyzed (n=75), 54.7% (n=41) were male and, when compared to women, they had a higher physical activity level (PAL). Approximately 1/3 of the entire study sample performed less than 300 minutes of moderate/vigorous physical activity. The dietary profile of university students was not satisfactory. For both sexes, the POMS Total Score (Profile of Mood States) was found to be associated with university students who perform less than 300 minutes of physical activity per week. Women are 65% more likely to present with Tension Scale (POMS) when they are less active, and in men, the odds ratio is approximately three times greater for presenting Confusion (BRUMS - Brunel Mood Scale). It is concluded that the majority of university students on the course studied were insufficiently physically active and presented some changes in mood, daytime drowsiness and unsatisfactory food consumption.
RESUMEN
ABSTRACT Objective Analyze the association between screen use at night, food consumption at dinner, and evening snack in schoolchildren with and without overweight. Methods Cross-sectional study with a probabilistic sample of 1396 schoolchildren from 7 to 14 years of age from public and private schools of Florianópolis, Santa Catarina, Brazil. Dietary intake and frequency of screen use of the previous day were obtained through the questionnaire Consumo Alimentar e Atividades Físicas de Escolares (Food Consumption and Physical Activities of Schoolchildren). The association between screen use at night (exposure) and consumption of food groups (outcome) according to weight status was assessed using multivariate logistic regression. Results At dinner, schoolchildren without overweight who used screens once had a lower chance of consuming fruits and vegetables (OR: 0.62, p=0.017) compared to those who did not use screens. In addition, those who used screens twice were more likely to consume sweets (OR: 2.01, p=0.002), and screen use three times or more was inversely associated with beans (OR: 0.24, p=0.003) and meat, eggs, and seafood (OR: 0.35, p=0.011) consumption. Overweight schoolchildren who used screens three times or more were more likely to consume ultra-processed foods and pizza/hamburger/hot dogs (OR: 2.51, p=0.009). For the evening snack, it was observed that schoolchildren without overweight who used screens three times or more had a greater chance of consuming ultra-processed foods and pizza/hamburger/hot dogs (OR: 8.26; p=0.016). Conclusion Overweight and non-overweight schoolchildren who used screens were more likely to consume ultra-processed foods. Schoolchildren without overweight and who use screens more often at night are less likely to consume healthy foods.
RESUMO Objetivo Analisar a associação entre o uso de dispositivo de tela no período noturno, o consumo alimentar no jantar e lanche da noite em escolares com e sem sobrepeso. Métodos Estudo transversal com uma amostra probabilística de 1.396 escolares de 7 a 14 anos de idade de escolas públicas e privadas de Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. O consumo alimentar e a frequência de uso de dispositivos de telas do dia anterior foram obtidas por meio do questionário Consumo Alimentar e Atividades Físicas de Escolares. A associação entre o uso de dispositivo de tela no período noturno (exposição) e o consumo alimentar (desfecho) foi verificada por meio de regressão logística. Resultados No jantar, os escolares sem sobrepeso que utilizaram dispositivo de tela uma vez tiveram menor chance de consumir frutas, verduras e legumes (OR: 0,62, p=0,017) comparado com aqueles que não usaram dispositivos de telas. Além disso, aqueles que usaram dispositivo de tela duas vezes, tiveram maior chance de consumir doces (OR: 2,01, p=0,002) e a utilização de dispositivo de tela três vezes ou mais foi inversamente associado ao consumo de feijão (OR: 0,24, p=0.003), carnes, ovos e peixes (OR: 0,35, p=0,011). Os escolares com sobrepeso que utilizaram dispositivo de tela três vezes ou mais tiveram maior chance de consumirem ultraprocessados e lanches tipo pizza/hambúrguer/cachorro-quente (OR: 2,51, p=0,009). No lanche da noite, observou-se que os escolares sem sobrepeso que utilizaram dispositivo de tela três vezes ou mais, tiveram maior chance de consumir ultraprocessados e lanches (OR: 8,26; p=0,016). Conclusão Os escolares com e sem sobrepeso que utilizaram dispositivo de tela tiveram mais chances de consumir alimentos ultraprocessados. Os escolares sem sobrepeso que utilizam dispositivo de tela mais vezes a noite possuem menor chance de consumir alimentos saudáveis.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Niño , Adolescente , Ingestión de Alimentos , Sobrepeso/epidemiología , Tiempo de Pantalla , Brasil/etnología , Niño , Estudios Transversales , Adolescente , Comidas/etnología , Alimentos Procesados , Obesidad/epidemiologíaRESUMEN
ABSTRACT Objective: To assess the social, metabolic, and lifestyle determinants of consumption of fruits, vegetables, and greens (FVG) and ultra-processed food (ULT) in adults from Pernambuco. Methods: Cross-sectional and analytical study, conducted in 2015/2016. In addition to sociodemographic variables, the determinants of lifestyle were level of physical activity, alcohol consumption, tobacco use, and metabolic variables were self-reported hypertension, blood glucose, and Body Mass Index (BMI). Consumption was measured by the Food Frequency Questionnaire, then created the Frequency of Consumption Index (SFI) of the mean intake of ULT and FVG foods. The indices of FVG and ULT consumption were transformed into quartiles and these variables were included in the multinomial logistic regression, considering their determinants when p<0.05. Results: The sample was representative of the state, with 1,067 people being interviewed, whose intake of ULT was higher than that of FVG in the lowest and highest quartile of the consumption index. Consumption of fruit and vegetables was higher in higher consumption of alcoholic beverages (p=0.031) and BMI>25 kg/m2 (p=0.047); and lower in the lowest income (p=0.001). ULT intake was higher in young adults (p=0.005), lower income (p=0.044), and controlled blood glucose (p=0.021). Rural areas were 52% less exposed to medium-high ULT consumption (p<0.006). Conclusion: Higher rate of ULT consumption in relation to fresh foods, with income as a common determinant, inversely associated with ULT intake and directly related to FVG, which demands structuring policies.
RESUMO Objetivo: Avaliar os determinantes sociais, metabólicos e de estilo de vida do consumo de frutas, legumes e verduras (FLV) e ultraprocessados (ULT) em adultos de Pernambuco. Métodos: Estudo transversal e analítico, realizado em 2015/2016. Além de variáveis sociodemográficas, os determinantes do estilo de vida foram nível de atividade física, doses de bebida alcoólica e uso de tabaco e os metabólicos foram hipertensão autorreferida, glicemia e Índice de Massa Corporal (IMC). O consumo foi mensurado por questionário de frequência alimentar, e, em seguida, criou-se Índice da Frequência de Consumo (IFC) da média de ingestão dos alimentos ULT e FVL. Os índices de consumo de FLV e ULT foram transformados em quartis e essas variáveis incluídas na regressão logística multinomial, considerando seus determinantes quando p<0,05. Resultados: A amostra foi representativa do estado, sendo entrevistadas 1.067 pessoas, cuja ingestão de ULT foi superior à de FVL no menor e no maior quartil do índice de consumo. O consumo de FLV foi superior no maior consumo de bebida alcoólica (p=0,031) e IMC>25 kg/m2 (p=0,047); e inferior na menor renda (p=0,001). O consumo de ULT foi maior em adultos jovens (p=0,005), menor renda (p=0,044) e glicemia controlada (p=0,021). A área rural estava 52% menos exposta ao consumo médio-alto de ULT (p<0,006). Conclusão: Maior índice de consumo de ULT em relação aos alimentos in natura, tendo a renda como um determinante comum, inversamente associada à ingestão de ULT e diretamente relacionada a FVL, o que demanda políticas estruturantes.
RESUMEN
Introdução: Alcançar a segurança alimentar e nutricional e a melhoria da nutrição são metas estabelecidas pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e para tanto é fundamental a compreensão das interações entre saúde coletiva, meio ambiente e os determinantes sociais no planejamento de ações eficazes no enfrentamento da Insegurança Alimentar e Nutricional (IAN) e na promoção de territórios saudáveis e sustentáveis. Na perspectiva de identificação da situação da alimentação nos territórios, destacam-se os ambientes alimentares que são influenciados por uma variedade de fatores (disponibilidade, acessibilidade, conveniência, promoção, qualidade dos alimentos e bebidas), incluindo a sustentabilidade dos ecossistemas nos quais estão inseridos. Nesse contexto, este estudo pode fornecer informações valiosas ao identificar e descrever áreas críticas de desigualdades espaciais acerca da adesão às dietas sustentáveis, as quais podem corroborar para o desenvolvimento de políticas públicas focalizadas nas áreas mais vulneráveis do município de Natal. Objetivo: Avaliar a adesão às dietas sustentáveis, desertos alimentares e associações de saúde, aspectos socioeconômicos e espaciais em adultos e idosos do estudo BRAZUCA-Natal. Métodos: Trata-se de um estudo que aborda métodos mistos: 1) Revisão de escopo que buscou compreender as características dos índices de adesão às dietas sustentáveis que foram desenvolvidos com base no relatório da Comissão EAT-Lancet e verificar as principais lacunas de conhecimento destas ferramentas. Essa revisão foi realizada a partir de uma busca sistemática na literatura nas bases de dados PubMed, Embase, Scopus, Web of Science, e Science Direct de 01 de junho a 01 de agosto janeiro de 2022. 2) Estudo transversal que se decompõe, a partir das variáveis independentes, em três artigos científicos que avaliaram 399 adultos e idosos, por meio de entrevistas domiciliares contendo questões sociodemográficas, de estilo de vida, dados clínicos, antropométricos e dietéticos orientado pelo software Globodiet® por meio do Recordatório alimentar de 24h (R24h). A adesão às dietas sustentáveis foi mensurada pelo Planet Health Diet Index (PHDI). No primeiro artigo, avaliamos a adesão às recomendações do EAT-Lancet para dietas saudáveis e sustentáveis em adultos e idosos do estudo Brazuca-Natal. O segundo artigo, buscou avaliar a associação entre a adesão à dieta EAT-Lancet com fatores de risco cardiometabólicos (glicose, triglicerídeos, colesterol total, HDL-c, LDL-c, mensuração da pressão arterial sistólica e diastólica, utilizamos a regressão linear múltipla para avaliar a relação entre o PHDI e variáveis independentes. O terceiro, buscou associar a adesão à dieta sustentável com variáveis individuais e de contexto com foco nos desertos alimentares, IAN e infraestrutura urbana. Essa pesquisa se baseou nos setores censitários da cidade de Natal-RN, a partir da identificação dos estabelecimentos de aquisição de alimentos, agrupados nas categorias de in natura ou minimamente processados, ultraprocessados ou mistos. Os desertos alimentares foram calculados pela densidade de estabelecimentos saudáveis ponderados pela renda dividido por 10 mil habitantes e classificados menor ou igual ao percentil 25. Utilizamos dados socioeconômicos do Censo 2010. Regressão múltipla com seleção Backward foi utilizada para observar a relação entre a adesão às dietas sustentáveis com as variáveis independentes. Resultados: Na revisão de escopo foram recuperados um total de 1.458 artigos, 14 dos quais foram incluídos na revisão. Identificamos sete índices que mensuram dietas sustentáveis, como se segue: EAT-Lancet diet score (ELD-I), New EAT-Lancet diet score (EAT), Planetary Health Diet Index (PHDI), Sustainable Diet Index (SDI), Sustainable-HEalthy-Diet (SHED), novel Nutrient-Based EAT index (NB-EAT) e World Index for Sustainability and Health (WISH). No artigo 2 (transversal), verificamos que o escore total médio de adesão ao PHDI foi de 29,4 pontos (IC 95% 28,04-30,81), em um escore que pode variar de 0 a 150 pontos. As maiores pontuações foram para frutas, leguminosas e vegetais e as menores para gordura animal e carne vermelha. Esse estudo mostrou que a adesão à dieta sustentável está diretamente relacionada a ser do sexo masculino e não consumir álcool e inversamente relacionada a ter 1 a 9 anos de estudos (comparado a quem tem ensino superior) e estar em insegurança alimentar. No artigo 3 (transversal), o PHDI apresentou associação significativa (p <0,05) com a presença de diabetes e dislipidemia, com a pressão arterial sistólica, colesterol total e LDL-c alterados, assim como com um índice que avalia saúde cardiovascular aos seus componentes (de forma positiva com frutas, vegetais e leguminosas e de forma negativa com os alimentos ultraprocessados). No artigo 4 (ecológico transversal) encontramos uma maior adesão à dieta sustentável na região Sul de Natal-RN, em indivíduos com maior renda per capita, em segurança alimentar, moradores de áreas com melhor infraestrutura e que não são desertos alimentares. Identificamos que a ocorrência de desertos alimentares coincide com as áreas em que há uma menor adesão à dieta sustentável, que são as regiões Norte e Oeste da cidade. A adesão à dieta sustentável reduz quando associada à infraestrutura urbana desfavorável e a IAN. Conclusões: Concluímos na revisão de escopo que há a utilização de diferentes métricas que avaliam a adesão às dietas sustentáveis, dificultando a comparação entre os índices e a tendência a negligenciar aspectos sociais. No artigo 2, que a adesão às dietas sustentáveis está distante das recomendações do EAT-Lancet e que essa adesão foi menor em mulheres, com baixa escolaridade, nas classes sociais menos favorecidas, com menor renda per capita e que se encontravam em IAN. No artigo 3, que associação com o padrão alimentar sustentável também sugeriu um menor risco cardiometabólico. E no artigo 4, verificamos no mapeamento de desertos alimentares que a distribuição dos estabelecimentos que comercializam alimentos sustentáveis sofre iniquidades territoriais na cidade de Natal-RN. Apesar de não estarem associados à adesão às dietas sustentáveis nesse estudo, os desertos alimentares ressaltam questões relacionadas às escolhas de alimentos sustentáveis que podem ir além da disponibilidade e acessibilidade. Contudo, são necessários novos estudos que explorem questões relacionadas aos hábitos e poder de compra dessas famílias (AU).
Introduction: Achieving food security and improving nutrition are goals set by the UN's Sustainable Development Goals (SDGs). To this end, it is essential to understand the interactions between public health, the environment and social determinants in order to plan effective actions to tackle Food and Nutrition Insecurity (FNI) and promote healthy and sustainable territories. From the perspective of identifying the food situation in the territories, food environments stand out, which are influenced by a variety of factors (availability, accessibility, convenience, promotion, quality of food and drink), including the sustainability of the ecosystems in which they are inserted. In this context, this study can provide valuable information by identifying and describing critical areas of spatial inequalities regarding adherence to sustainable diets, favoring the development of public policies focused on the most vulnerable areas. Objective: To evaluate adherence to sustainable diets, food deserts and health associations, socioeconomic and spatial aspects in adults and elderly people from the BRAZUCA-Natal study. Methods: This is a multi-method study. 1) A scoping review that sought to understand the characteristics of the sustainable diet adherence indices that were developed on the basis of the EATLancet Commission report and to verify the main knowledge gaps in these tools. This review was carried out through a systematic literature search in the PubMed, Embase, Scopus, Web of Science, and Science Direct databases from June 1 to August 1, 2022. 2) A cross-sectional study that was broken down, based on the independent variables, into two scientific articles that assessed 399 adults and elderly people, through home interviews containing sociodemographic, lifestyle, clinical, anthropometric and dietary questions, guided by the Globodiet® software using the 24-hour dietary recall (R24h). Adherence to sustainable diets was measured using the Planet Health Diet Index (PHDI). In the first article, we assessed adherence to the EAT-Lancet recommendations for healthy and sustainable diets in adults and the elderly in the Brazuca-Natal study. The second article sought to assess the association between adherence to the EAT-Lancet diet and cardiometabolic risk factors (glucose, triglycerides, total cholesterol, HDL-c, LDL-c, measurement of systolic and diastolic blood pressure, we used multiple linear regression to assess the relationship between the PHDI and independent variables. 3) A transversal ecological study that sought to associate adherence to a sustainable diet with individual and contextual variables, focusing on food deserts, FNI and urban infrastructure. This research was based on the census sectors of the city of Natal-RN, based on the identification of food purchasing establishments, grouped into the categories of in-natura or minimally processed, ultra-processed or mixed. Food deserts were calculated by the density of healthy establishments weighted by income divided by 10,000 inhabitants and classified as less than or equal to the 25th percentile. We used socioeconomic data from the 2010 Census. Multiple regression with Backward selection was used to observe the relationship between total of 1,458 articles, 14 of which were included in the review. We identified seven indices that measure sustainable diets, as follows: EAT-Lancet diet score (ELD-I), New EAT-Lancet diet score (EAT), Planetary Health Diet Index (PHDI), Sustainable Diet Index (SDI), Sustainable-HEalthy-Diet (SHED), novel Nutrient-Based EAT index (NB-EAT) and World Index for Sustainability and Health (WISH). In article 2 (cross-sectional), we found that the average total score for adherence to the PHDI was 29.4 points (95% CI 28.04-30.81), out of a score that can vary from 0 to 150 points. The highest scores were for fruit, pulses and vegetables and the lowest for animal fat and red meat. This study showed that adherence to a sustainable diet is directly related to being male and not consuming alcohol, and inversely related to having 1 to 9 years of schooling and being food insecure. In article 3 (cross-sectional), the PHDI showed a significant association (p <0.05) with the presence of diabetes and dyslipidemia, with systolic blood pressure, total cholesterol and LDL-c, as well as with an index that assesses cardiovascular health and its components (positively with fruits, vegetables and legumes and negatively with ultra-processed foods). In article 4 (transversal ecological) we found greater adherence to the sustainable diet in the southern region of Natal-RN, in individuals with higher per capita income, food security, living in areas with better infrastructure and which are not food deserts. We found that the occurrence of food deserts coincides with the areas where there is less adherence to the sustainable diet, which are the North and West regions of the city. Adherence to a sustainable diet decreases when associated with unfavorable urban infrastructure and FNI. Conclusions: The scoping review observed the use of different metrics that assess adherence to sustainable diets, making it difficult to compare the indices and the tendency to neglect social aspects. In article 2, we concluded that adherence to sustainable diets is far from the EAT-Lancet recommendations and that this adherence was lower in women, with low education, in less favored social classes, with lower per capita income and who were in the IAN. In article 3, the association with a sustainable dietary pattern also suggested a lower cardiometabolic risk. And in article 4, we verified in the mapping of food deserts that the distribution of establishments that sell healthy and sustainable food suffers territorial inequities in the city of Natal-RN, concentrated in the South and East regions. Despite not being associated with adherence to sustainable diets in this study, food deserts highlight issues related to sustainable food choices that may go beyond availability and accessibility. However, new studies are needed that explore issues related to the habits and purchasing power of these families (AU).
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Adulto , Persona de Mediana Edad , Anciano , Ingestión de Alimentos , Medio Ambiente y Salud Pública , Desiertos Alimentarios , Inseguridad Alimentaria , Acceso a Alimentos Saludables , Factores Socioeconómicos , Estudios Transversales/métodos , Determinantes Sociales de la SaludRESUMEN
O objetivo deste artigo foi descrever os aspectos relacionados à segurança alimentar e nutricional entre indivíduos com sobrepeso e obesidade residentes em um território de abrangência de uma Unidade Básica de Saúde de um município do interior da Paraíba. Estudo transversal, descritivo com amostra intencional, realizado em janeiro de 2020 no município de Nova Floresta, Paraíba. Utilizou-se questionário estruturado com dados socioeconômicos; avaliação de segurança alimentar através da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar; padrão de consumo; e avaliação antropométrica. Observa-se que a maior parte dos entrevistados eram do sexo feminino, com casa própria quitada, sabendo ler e escrever com facilidade e sem renda fixa. A prevalência foi maior para a insegurança alimentar e seus diferentes níveis, bem como, principalmente entre as mulheres, com mais baixo nível de escolaridade e com excesso de peso. Durante a semana, a maioria dos entrevistados realiza refeições em casa e com outras pessoas, sentado à mesa; ao seu término acham que comeram de forma suficiente. Os alimentos mais consumidos todos os dias ou duas vezes na semana são alimentos básicos da cultura alimentar brasileira. Os entrevistados consomem com menor frequência alimentos processados e ultraprocessados.
overweight and obese individuals residing in a territory covered by a Basic Health Unit in a county in the interior of Paraíba. Cross-sectional, descriptive study with an intentional sample carried out in January 2020 in the county of Nova Floresta, Paraíba. A structured questionnaire with socioeconomic data was used; food security assessment through the Brazilian Food Insecurity Scale; consumption pattern; anthropometric assessment. It is observed that most of the interviewees were female, with their own house paid off, knowing how to read and write easily and without a fixed income. The prevalence was higher for food insecurity and its different levels, as well as, mainly among women, with lower educational level and overweight. During the week, most respondents have meals at home and with other people, sitting at the table; at its end they think they have eaten enough. Every day or twice a week, the most consumed food are basic food of Brazilian food culture. The interviewees less frequently consume processed and ultra-processed food.
Asunto(s)
Abastecimiento de Alimentos , Obesidad , Ingestión de AlimentosRESUMEN
Populações que vivem em condições de desigualdade social e econômica são mais vulneráveis à ocorrência de problemas nutricionais, os quais impactam negativamente o crescimento, desenvolvimento e a saúde da criança. Nesse cenário, os Programas de Transferência Condicionada de Renda apresentam-se como estratégias importantes para atenuar a situação de insegurança alimentar dessas famílias. Todavia, ressalta-se que tal transferência monetária não representa garantia de alimentação adequada. Assim, esta pesquisa teve como objetivo avaliar o estado nutricional, o consumo qualitativo de alimentos e os níveis de (in) segurança alimentar de crianças assistidas pelo Programa Bolsa Família residentes no município de Nazária (PI). Trata-se de um estudo transversal envolvendo 134 crianças com sete a dez anos de idade. Um questionário foi aplicado aos pais/responsáveis para coletar as informações sobre as variáveis socioeconômicas. O estado nutricional das crianças foi avaliado a partir da aferição da estatura e peso corporal, sendo classificado conforme os parâmetros de índice de massa corporal-para-idade, peso-para-idade e estatura-para-idade. Para a avaliação do consumo alimentar, foi utilizado o questionário do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional com marcadores sobre consumo alimentar para indivíduos acima de cinco anos de idade. A Escala Brasileira de Insegurança Alimentar foi aplicada para obtenção do nível de insegurança alimentar das famílias. As crianças beneficiárias do Programa Bolsa Família apresentaram, em sua maioria, estado nutricional adequado. Todavia, a prevalência de sobrepeso e obesidade identificada nesta população representa um fator preocupante à saúde. Associado a isso, as crianças realizavam ingestão diária de alimentos não saudáveis e consumo pouco frequente de alimentos nutritivos. Ademais, mesmo com o auxílio financeiro do programa, muitas famílias ainda se encontraram em situação de insegurança alimentar.
Populations living in conditions of social and economic inequality are more vulnerable to the occurrence of nutritional problems which negatively impact children's growth, development and health. In this scenario, the Conditional Cash Transfer Programs are important strategies to alleviate the food insecurity situation of these families. However, it should be noted that such monetary transfer does not represent a guarantee of adequate food. Therefore, this research aimed to evaluate the nutritional status, qualitative dietary intake, and levels of food (in) security of the children assisted by the Bolsa Família Program living in the municipality of Nazária (PI). A cross-sectional study was conducted with 134 children aged seven to ten years. A questionnaire was applied to parents/guardians to collect information on socioeconomic variables. Children's nutritional status was assessed by measuring height and body weight, and classified according to the parameters of body mass index-for-age, weight-for-age, and height-for-age. For the evaluation of dietary intake, the questionnaire with markers on food consumption for individuals over five years old of the Food and Nutrition Surveillance System was used. The Brazilian Food Insecurity Scale was applied to obtain the level of food insecurity of the families. The majority of children benefiting of the Bolsa Família Program has adequate nutritional status. However, the prevalence of overweight and obesity identified in this population represents a concerning health factor. Associated with this, children have a daily intake of unhealthy foods and infrequent consumption of nutritious foods. Furthermore, even with the financial support of the program, many families are still in a situation of food insecurity.
RESUMEN
Introdução. A COVID-19 impactou a garantia de uma alimentação adequada e saudável, inclusive entre universitários, que parecem constituir um grupo suscetível à Insegurança Alimentar (IA). Objetivo. Verificar a associação entre IA e marcadores de consumo alimentar em universitários durante a pandemia de COVID-19. Materiais e métodos. Estudo transversal com 5407 estudantes de instituições de ensino superior de todas as regiões do Brasil. Os dados foram coletados entre agosto/2020 e fevereiro/2021. O consumo alimentar foi avaliado por marcadores de alimentação saudável utilizados num inquérito nacional de saúde (VIGITEL). Os níveis de IA foram classificados pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar em Segurança Alimentar (SA) e IA leve, moderada e grave. A associação entre IA e marcadores de consumo foi avaliada por meio de regressão logística, considerando frequência semanal de consumo < 3 dias e ≥ 3 dias. Resultados. 37% dos universitários estavam em algum grau de IA. Verificou-se maior chance de baixa frequência de consumo de feijão (OR 1,81), verduras e legumes (OR 4,76), frutas (OR 3,99), lácteos (OR 3,98) e carnes (OR 3,41), e maiores chances de maior consumo de frango (OR 1,14) e ovos (OR 2,04) entre aqueles em IA (p<0,05). Em sua maioria, os valores foram mais expressivos quanto maior o grau de IA. Conclusões. Maiores níveis de IA mostraram-se associados a uma menor chance de consumo alimentar saudável por universitários. Instituições de ensino superior podem executar papéis importantes no combate e assistência à IA nessa população(AU)
Introduction. COVID-19 has impacted access to an adequate and healthy diet, including university students, who seem to constitute a group susceptible to Food Insecurity (FI). Objective. To verify the association between FI and food consumption markers in university students during the COVID-19 pandemic. Materials and Methods. We conducted a cross- sectional study with 5407 students from higher education institutions from all regions of Brazil. Data were collected between August/2020 and February/2021. We evaluated food consumption using the healthy eating markers from a Brazilian national health survey (VIGITEL). We classified the FI levels according to the Brazilian Food Insecurity Scale into Food Security (FS) and mild, moderate, and severe FI. We evaluated the association between FI and consumption markers using logistic regression, considering the weekly frequency of consumption of < 3 days and ≥ 3 days. Results. 37% of the university students had in some degree of FI. We found a greater chance of lower frequency of consumption of beans (OR 1.81), vegetables (OR 4.76), fruits (OR 3.99), dairy products (OR 3.98), and meat (OR 3. 41), and greater chances of increased consumption of chicken (OR 1.14) and eggs (OR 2.04) among those in FI (p<0.05). Overall, the values were more expressive the higher the degree of FI. Conclusions. Higher FI levels were associated with a lower chance of healthy food consumption in university students. Higher education institutions can play a relevant role in addressing and administering the FI in this population(AU)
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Adolescente , Adulto , Ingestión de Alimentos , Inseguridad AlimentariaRESUMEN
A alimentação tem efeitos diretos na saúde do binômio mãe-filho, bem como nos desfechos da gravidez, o que torna necessária a análise do consumo alimentar durante a gestação, principalmente considerando as mudanças nos hábitos alimentares ocorridas nas últimas décadas. O objetivo deste estudo foi analisar o consumo alimentar de gestantes atendidas pela Estratégia Saúde da Família, segundo o grau de processamento e a adequação de macro e micronutrientes. Trata-se de um estudo de corte transversal realizado com 239 gestantes atendidas pela Estratégia Saúde da Família durante o pré-natal. A análise do consumo alimentar foi feita utilizando o questionário de frequência alimentar reduzido, considerando a classificação NOVA. Foram calculados média e desvio padrão, com intervalo de confiança de 95%, porcentagem de contribuição de energia, macro e micronutrientes e adequação aos níveis de consumo recomendados. A maior contribuição energética e de nutrientes derivou de alimentos processados (59%), a maioria das gestantes apresentou elevado consumo de sódio (76,15%), e a contribuição de energia proveniente de alimentos in natura ou minimamente processados (20,3%) e ultraprocessados (20,1%) alcançou valores aproximados. O consumo de proteínas (86,19%), carboidratos (91,63%), fibras (71,55%), sódio (76,15%), zinco (58,16%), magnésio (64,44%), vitaminas A (80,75%), D (52,3%), B12 (69,87%), B9 (51,46%) e C (95,82%) foi acima do recomendado. Houve maior prevalência de consumo de alimentos processados, embora a ingestão de alimentos in natura ou minimamente processados e ultraprocessados tenha atingido níveis aproximados. O consumo de macronutrientes foi inadequado, assim como da maioria dos micronutrientes, segundo as recomendações para gestantes.
Eating has direct effects on the health of the mother-child binomial, as well as on pregnancy outcomes, which makes it necessary to analyze food intake during pregnancy, especially considering the changes in eating habits that have occurred in recent decades. This study aimed to analyze the food intake of pregnant women assisted by the Family Health Strategy according to the degree of processing and the adequacy of macronutrients and micronutrients. This is a cross-sectional study conducted with 239 pregnant women assisted by the Family Health Strategy during prenatal care. The food consumption analysis was done using the reduced food frequency questionnaire, considering the NOVA classification. Mean and standard deviation, with 95% confidence interval, percentage of energy, macronutrients and micronutrients contribution, and adequacy to the recommended consumption levels were calculated. The highest energy and nutrient contribution was derived from processed foods (59%), most pregnant women presented high sodium intake (76.15%), and the energy contribution from in natura or minimally processed (20.3%) and ultra-processed (20.1%) foods reached approximate values. The consumption of proteins (86.19%), carbohydrates (91.63%), fibers (71.55%), sodium (76.15%), zinc (58.16%), magnesium (64.44%), vitamins A (80.75%), D (52.3%), B12 (69.87%), B9 (51.46%), and C (95.82%) was above the recommendations. Higher prevalence of consumption of processed foods was observed, despite the ingestion of in natura or minimally processed and ultraprocessed foods reaching approximate levels. The consumption of macronutrients was inadequate, as well as most micronutrients, according to the recommendations for pregnant women.
La alimentación tiene efectos directos sobre la salud del binomio madre-hijo, así como sobre los resultados del embarazo, lo que hace necesario analizar el consumo de alimentos durante el embarazo, principalmente por los cambios en los hábitos alimentarios ocurridos en las últimas décadas. El objetivo de este estudio es analizar el consumo de alimentos por las mujeres embarazadas atendidas en la Estrategia Salud Familiar según el grado de elaboración y adecuación de macronutrientes y de micronutrientes. Este es un estudio transversal, realizado con 239 mujeres embarazadas atendidas por la Estrategia Salud Familiar durante el prenatal. El análisis del consumo de alimentos se realizó mediante un cuestionario de frecuencia alimentaria reducida, considerando la clasificación NOVA. Se calcularon la media y la desviación estándar con un intervalo de confianza del 95%, el aporte porcentual de energía, macronutrientes y micronutrientes y la adecuación a los niveles de ingesta recomendados. El mayor aporte de energía y de nutrientes se derivó de los alimentos procesados (59%), la mayoría de las embarazadas presentaron alto consumo de sodio (76,15), y el aporte de energía de los alimentos in natura o mínimamente procesados (20,3%) y ultraprocesados (20,1%) alcanzó valores aproximados. El consumo de proteínas (86,19%), carbohidratos (91,63%), fibras (71,55%), sodio (76,15%), zinc (58,16%), magnesio (64,44%), vitaminas A (80,75%), D (52,3%), B12 (69,87%), B9 (51,46%) y C (95,82%) estuvo por encima de las recomendaciones. Hubo una mayor prevalencia de consumo de alimentos procesados, aunque la ingesta de alimentos in natura o mínimamente procesados y ultraprocesados alcanzaron niveles aproximados. El consumo de macronutrientes resultó ser inadecuado, así como la mayoría de los micronutrientes recomendados para embarazadas.
RESUMEN
Abstract The aim of this study was to analyze the association between adherence to school meals and the co-occurrence of the regular consumption of healthy and unhealthy eating markers among Brazilian adolescents. Data from 67,881 adolescents in Brazilian public schools who participated in the 2015 National School Health Survey, were used. From the 7-day FFQ, the dependent variable was constructed, co-occurrence of regular consumption (≥ 5x/week) of healthy and unhealthy food markers, which was categorized as regular consumption of none, one or two, or three eating markers. We performed an ordinal logistic regression with adjustment for sociodemographic, eating habits outside of school, and school characteristics variables. The prevalence of the co-occurrence of the regular consumption of three healthy eating markers was 14.5%, and that of three unhealthy markers was 4.9%. High adherence to school meals (every day) was positively associated with regular consumption of healthy eating markers and inversely associated with regular consumption of unhealthy eating markers. The school meals provided by PNAE contribute to the promotion of healthy eating habits among Brazilian adolescents.
Resumo Este estudo tem como objetivo analisar a associação entre a adesão à alimentação escolar e a coocorrência do consumo regular de marcadores de alimentação saudável e não saudável entre adolescentes brasileiros. Foram avaliados 67.881 adolescentes de escolas públicas brasileiras participantes da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2015. A partir do QFA de sete dias, construiu-se a variável dependente, coocorrência do consumo regular (≥ 5x/semana) de marcadores de alimentação saudável e não saudável, que foi categorizada em consumo regular de nenhum; um ou dois; ou três marcadores de alimentação. Realizou-se regressão logística ordinal com ajuste para variáveis sociodemográficas, hábitos alimentares fora da escola e características da escola. A prevalência da coocorrência do consumo regular de três marcadores de alimentação saudável foi de 14,5%, e de três marcadores de alimentação não saudável foi de 4,9%. A alta adesão à alimentação escolar (todos os dias) foi positivamente associada ao consumo regular de marcadores de alimentação saudável e inversamente associada ao consumo regular de marcadores de alimentação não saudável. A alimentação escolar fornecida pelo PNAE contribui para a promoção de hábitos alimentares saudáveis entre os adolescentes brasileiros.
RESUMEN
Abstract This cross-sectional study aimed to evaluate the association between food consumption (meat, fish, and fruits and vegetables), anthropometric indicators (body mass index, waist circumference, and waist-to-height ratio), and frailty; and to verify whether these associations vary with edentulism. We used data from 8,629 participants of the Brazilian Longitudinal Study of Aging (ELSI-Brazil) (2015-16). Frailty was defined by unintentional weight loss, weakness, slow walking speed, exhaustion, and low physical activity. Statistical analyses included multinomial logistic regression. Of the participants, 9% were frail and 54% pre-frail. Non-regular meat consumption was positively associated with pre-frailty and frailty. Non-regular fish consumption, and underweight were associated only with frailty. Models with interactions reveled a marginal interaction between meat consumption and edentulism (p-value = 0.051). After stratification, non-regular meat consumption remained associated with frailty only in edentulous individuals (OR = 1.97; 95%CI 1.27-3.04). Our results highlight the importance of nutritional assessment, oral health, and public health-promoting policies to avoid, delay and/or reverse frailty in older adults.
Resumo Este estudo transversal teve como objetivo avaliar a associação entre consumo alimentar (carnes, peixe e frutas e hortaliças), indicadores antropométricos (índice de massa corporal, circunferência da cintura e relação cintura/estatura) e fragilidade; e verificar se essas associações variam com o edentulismo. Usamos dados de 8.629 participantes do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil) (2015-16). A fragilidade foi definida por perda de peso não intencional, fraqueza, baixa velocidade da marcha, exaustão e baixa atividade física. As análises estatísticas incluíram regressão logística multinomial. Dos participantes, 9% eram frágeis e 54% pré-frágeis. O consumo não regular de carnes foi positivamente associado à pré-fragilidade e fragilidade. O consumo não regular de peixe e o baixo peso foram associados apenas à fragilidade. Modelos com interações revelaram uma interação marginal entre consumo de carnes e edentulismo (p-valor = 0,051). Após estratificação, o consumo não regular de carnes permaneceu associado à fragilidade apenas em indivíduos edêntulos (OR = 1,97; IC95% 1,27-3,04). Nossos resultados destacam a importância da avaliação nutricional, saúde bucal e políticas públicas de promoção da saúde para evitar, retardar e/ou reverter a fragilidade em adultos mais velhos.
RESUMEN
Resumo A alimentação adequada tem profundo impacto na saúde dos idosos, e uma especial atenção deve ser dada ao consumo de açúcares de adição na dieta, que em excesso está associado a pior controle das doenças crônicas nesta fase. O objetivo do estudo foi avaliar a prevalência do consumo de açúcares de adição de idosos da região de Campinas-SP, seus fatores associados e suas principais fontes alimentares. Trata-se de estudo transversal realizado na região de Campinas-SP, com amostra de conveniência de 586 idosos. O consumo foi obtido por meio de dois recordatórios de 24 horas, sendo inadequado se >5% do consumo energético total. Também foi calculada a contribuição dos alimentos em relação ao teor total de açúcares. Considerou-se nível crítico de p<0,05. O consumo médio de açúcares de adição estava acima do recomendado (7,0%), inadequado em mais da metade da população estudada, sendo o açúcar de mesa e o mel as principais fontes dietéticas. A prevalência de inadequação do consumo foi maior entre mulheres (69,8%; p=0,004) e em indivíduos com baixo peso (83,7%; p=0,014), e o consumo foi menor em portadores de diabetes (47,8%; p<0,001). Os resultados apontam para que sejam elaboradas ações de saúde e nutrição a fim de garantir um consumo adequado de açúcares nesta fase.
Abstract Adequate nutrition has a profound impact on older adults' health. Therefore, special attention should be given to the dietetic intake of added sugars, which in excess is associated with poorer control of chronic diseases in this phase. The aim of the study was to evaluate the prevalence of consumption of added sugars in older adults in the Campinas-SP region, its associated factors, and its main dietary sources. A cross-sectional study was conducted in the region of Campinas-SP, with a convenience sample of 586 older individuals. Intake was obtained using two 24-hour food recalls, and values >5% of total energy consumption were considered inadequate. The contribution of the groups and foods in relation to the total content of sugars was also calculated. A critical level of p<0.05 was considered. The average intake of added sugars was higher than recommended (7.0%), and this inadequacy was observed in more than half of the sample, being table sugar and honey the main dietary sources. The prevalence of inadequate consumption was higher among women (69.8%; p=0.004) and individuals with low weight (83.7%; p=0.014), and lower in those with diabetes (47.8%; p<0.001). Results indicate that health and nutrition actions should be developed to ensure adequate sugar intake at this stage.
RESUMEN
Este estudo teve o objetivo de verificar a prevalência de sarcopenia em idosos e sua associação com a ingestão de nutrientes dietéticos. Estudo quantitativo, transversal e analítico desenvolvido com 114 idosos adscritos em uma Unidade Básica de Saúde localizada em Mossoró (RN). A coleta foi realizada por meio de um questionário sociodemográfico, inquérito dietético, avaliação nutricional e antropométrica. Para determinação da sarcopenia, utilizou-se testes como o Timed up and go, de preensão manual e equação preditiva de massa muscular esquelética. Identificou-se prevalência de sarcopenia de 26,32%, concomitante à presença de depleção de massa muscular, baixo peso, fator de risco aumentado com o avançar da idade e desempenho físico inadequado. Constatou-se que a chance dos idosos com idade até 70 anos apresentar sarcopenia diminuiu em 73%, contraposto aos com idade acima de 70 anos e que as chances dos usuários com Timed up and go adequado apresentarem a doença diminui em 75% comparada aos participantes que apresentaram inadequação no desempenho físico. Verificou-se que os idosos sarcopênicos consu-miam quantidades reduzidas de muitos micronutrientes, como: vitamina D, E, C, B2, B3, B12, magnésio, selênio e zinco, além de apresentarem dieta inadequada em energia e proteínas, comparados aos não sarcopênicos. Ressalta-se a necessidade da expansão de conhecimentos sobre alimentação, prevenção e tratamento da sarcopenia.
This study aimed to verify the prevalence of sarcopenia in the elderly and its association with dietary nutrient intake. Quantitative, cross-sectional and analytical study developed with 114 elderly enrolled in a Basic Health Unit located in Mossoró (RN). Data were collected using a sociodemographic question-naire, dietary survey, nutritional and anthropometric assessment. To determine sarcopenia, tests such as Timed up and go, handgrip and predictive equation of skeletal muscle mass were used. A prevalence of sarcopenia of 26.32% was identified, concomitant with the presence of muscle mass depletion, low weight, increased risk factor with advancing age and inadequate physical performance. It was found that the chance of elderly people aged up to 70 years to present sarcopenia decreased by 73%, compared to those aged over 70 years and that the chances of users with adequate Timed up and go to present the disease decreased by 75% compared to participants who showed inadequate physical performance. It was found that sarcopenic elderly consumed reduced amounts of many micronutrients, such as: vitamin D, E, C, B2, B3, B12, magnesium, selenium and zinc, in addition to having an inadequate diet in terms of energy and protein, compared to non-sarcopenic individuals. It emphasizes the need to expand knowledge about food, prevention and treatment of sarcopenia.