RESUMEN
Em estudo multicêntrico, aberto, randomizado e comparativo (estudo ATENAS) foi avaliado no período de extensão (da 12ª a 48ª semanas) a eficácia anti-hipertensiva, a tolerabilidade, a segurança e o impacto sobre a sensibilidade à insulina da combinação galênica única de atenolol 25 a 50 mg e anlodipino 5 mg comparada à combinação livre de atenolol 50 a 100 mg com clortalidona 12,5 a 25 mg em hipertensos primários estágios 1 e 2. Observamos que a combinação de atenolol e anlodipino é segura, bem tolerada e proporciona em longo prazo maiores reduções da pressão arterial que o tratamento com a combinação de atenolol e clortalidona. A maior redução da pressão arterial permitiu que maior percentual de pacientes tivesse a pressão arterial controlada tanto para o critério de PAD < 90 mmHg (87,7% a 95,9%) quanto para PAD £ 85 mmHg (69,9% a 90,2%). Menor incidência de bradicardia, cefaleia, alterações lipídicas e glicêmicas foram relatadas nos pacientes tratados com a combinação de atenolol e anlodipino. A incidência de edema de membros inferiores neste grupo (6,1%) foi menor que a relatada na literatura para mesma dose de anlodipino em monoterapia. O tratamento com atenolol combinado com o anlodipino não alterou a sensibilidade à insulina. Concluindo, a combinação em formulação galênica única de atenolol e anlodipino em doses baixas a medianas constitui boa opção terapêutica da hipertensão arterial primária estágio 1 e 2 em longo prazo, é superior à combinação de atenolol e clortalidona, sendo opção preferencial para pacientes hipertensos com doença arterial coronariana.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Adulto , Persona de Mediana Edad , Antihipertensivos/análisis , Antihipertensivos/metabolismo , Antihipertensivos/uso terapéutico , Atenolol/análisis , Atenolol/uso terapéutico , Clortalidona/uso terapéutico , Hipertensión/metabolismo , Hipertensión/tratamiento farmacológicoRESUMEN
Em estudo multicêntrico, aberto, randomizado e comparativo (estudo ATENAS) foi avaliado a eficácia anti-hipertensiva através da medida da pressão arterial no consultório, tolerabilidade, segurança e os impactos sobre o metabolismo da glicose (índice de sensibilidade à insulina determinado durante teste de sobrecarga oral à glicose) e dos lipídeos (perfil plasmático) da combinação de anlodipino 5 mg e atenolol 25 a 50 mg/dia em formulação galênica única (n=71), comparado à monoterapia com atenolol 50 a 100 mg/dia (n=151) administrados por 12 semanas consecutivas a pacientes hipertensos primários estágios 1 e 2. Observamos que a combinação fixa de anlodipino e atenolol é segura, bem tolerada e proporciona maiores reduções da pressão arterial que o tratamento monoterápico com atenolol em doses medianas a elevadas (-21,4/-16,1 mmHg versus -10,2/ -11,8 mmHg, respectivamente) o que permitiu maior percentual de pacientes alcançar a meta de normalização da pressão arterial diastólica (81,7 % versus 61,1 % dos tratados somente com atenolol). Não houve diferença quanto à incidência e gravidade dos eventos adversos com as duas estratégias terapêuticas. O tratamento com atenolol em monoterapia, mas não quando combinado com o anlodipino se acompanhou de redução significante da sensibilidade à insulina. Não observamos alteração no perfil dos lipídeos com os dois tratamentos. Concluindo, a combinação em formulação galênica única de anlodipino em dose mediana e atenolol em doses baixas a medianas constitui boa opção terapêutica para tratamento da hipertensão arterial primária estágio 1 e 2 e pode ser a opção preferencial para pacientes hipertensos doença arterial coronariana.