RESUMEN
Objetivo: Verificar a prevalência de fraturas dentárias em pacientesjovens, com necessidades especiais do Núcleo de Estudos eAtendimento à Pacientes Especiais (NEAPE).Método: Foram analisadas 57 crianças, acompanhadas por seusresponsáveis, que procuraram atendimento no NEAPE, daFaculdade de Odontologia - UNESP, do município de São José dosCampos/SP. Realizou-se um minucioso exame clínico e anamnese,onde foram coletados os dados referentes ao sexo, idade, tipo defratura (esmalte, esmalte/dentina e esmalte/dentina/polpa), númerode dentes envolvidos e causa da fratura.Resultados: Das 57 crianças inquiridas, 22 (38,59 por cento) possuíamdentes fraturados, sendo 27,2 por cento do sexo masculino e 72,8 por cento dosexo feminino. Os dentes mais afetados foram os incisivos centraissuperiores representando 63.83 por cento dos dentes fraturados. Emrelação ao tipo de fratura verificou-se que (61,7 por cento) (95 por cento IC 46,3 a75,4) envolviam o esmalte e dentina, seguidas pelas fraturas apenasde esmalte (21,3 por cento) (95 por cento IC 10,7 a 35,66) e aquelas comenvolvimento do esmalte, dentina e polpa (17 por cento) (95 por cento IC 7,64 a30,81). As causas mais freqüentes de fraturas dentárias empacientes sindrômicos relatadas neste estudo foram; queda(36,4 por cento), crise convulsiva (18,2 por cento) e bruxismo (18,2 por cento). A cárierepresentou 4,5 por cento das causas de fratura dentária, sendo que em22,7 por cento dos casos não foi identificada a causa da fratura.Conclusão: Pôde-se concluir que 38,59 por cento das crianças comnecessidades especiais apresentavam fraturas dentárias, sendoestas mais freqüentes nos incisivos centrais superiores. A síndromede Down e paralisia cerebral foram as síndromes mais encontradas,e as quedas, convulsões, bruxismo e a cárie dental foram asprincipais causas relacionadas à fratura dentária.