RESUMEN
Abstract Objective: To profile aggressors of older adults who receive care at a reference center in geriatrics and gerontology in the Distrito Federal (Federal District), Brazil, from 2008 to 2018. Method: A retrospective, documentary, descriptive study with a quantitative approach was performed, based on information obtained from the minutes book of the unit, which contained a record of mediation meetings of cases of conflict and violence against older adults, carried out by social workers, nurses and other members of the multidisciplinary team. The data collection instrument covered the sociodemographic characteristics of the aggressor, the sociodemographic and health profile of the older adults and the type of violence suffered. Result: 111 cases were analyzed. The children of the older adults were the main aggressors (72%), with a prevalence of men (62%) and the from 51 to 60 year age group (37%). The older adults who suffered violence were predominantly women (72%), almost half of whom were aged 81 to 90 years, followed by those aged 71 to 80 years (39%). A total of 16% of the older adults lived with their children or close family members. The main types of violence evidenced were negligence (56%) and psychological violence (29%), with physical violence representing 8% of cases. Conclusion: The study of the profile of the aggressor and the older adult who suffered violence reinforced the need to focus actions within family arrangements. Investigations that address those who practice violence can contribute to the promotion of public health policies and contribute to geriatric and gerontological clinical practices that combat violence against older adults.
Resumo Objetivo: Traçar o perfil do agressor de pessoas idosas atendidas em um centro de referência em geriatria e gerontologia do Distrito Federal, Brasil, entre os anos de 2008 a 2018. Método: Estudo retrospectivo, documental, descritivo, com abordagem quantitativa, desenvolvido através de informações obtidas em livro ata da unidade, com registro de reuniões de mediação de conflito e casos de violência contra a pessoa idosa, conduzidas por assistente social, enfermeiro e outros membros da equipe multiprofissional. O instrumento de coleta de dados abrangeu características sociodemográficas do agressor, o perfil sociodemográfico e de saúde da pessoa idosa e o tipo de violência sofrida. Resultado: Foram analisados 111 casos. Os filhos foram os principais agressores (72%), com prevalência do sexo masculino (62%) e faixa etária de 51 a 60 anos (37%). Os idosos agredidos eram predominantemente mulheres (72%), quase metade continham entre 81 a 90 anos, seguidos daqueles com 71 a 80 anos (39%). 16% dos idosos residiam com os filhos ou familiares próximos. Os principais tipos de violência evidenciados foram a negligência (56%) e a violência psicológica (29%), neste estudo a violência física representou 8%. Conclusão: O estudo do perfil do agressor e da pessoa idosa agredida reforçou a necessidade de focalização das ações dentro dos arranjos familiares. Acredita-se que investigações que abordem a figura de quem pratica a violência possam contribuir no fomento de políticas públicas em saúde e contribuições para a prática clínica geriátrica e gerontológica de combate à violência contra a pessoa idosa.
Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Anciano , Anciano de 80 o más Años , Factores Socioeconómicos , Violencia Doméstica , Abuso de Ancianos , Notificación ObligatoriaRESUMEN
O texto propõe uma metodologia de trabalho para Mediação de Conflito de Violência Intrafamiliar (MCVI) contra pessoas idosas, de forma não jurídica, a ser desenvolvida nas Unidades de Saúde por equipe multiprofissional. Método: pesquisa social qualitativa, com o método da pesquisa ação por meio de estudo piloto. Resultados: a proposta metodológica foi construída por meio do atendimento de dez casos de violência, visando o estabelecimento de passos para nortear os profissionais de saúde, a fim de estabelecer uma rede de parcerias com os cuidadores por meio de propostas concretas de ação de cada integrante da família no intuito de resolver tais conflitos. Conclusões: essa metodologia de MCVI pode ser utilizada na Assistência Básica de Saúde e no Programa Saúde da Família, visto tratar-se de uma metodologia de fácil aplicação, baixo custo, alta resolutividade, exigindo uma equipe profissional restrita envolvida.
The text propose a methodology for Family Violence Conflict Mediation (MCVI) against elderly people in a non-legal proposition, which will be developed at the Basic Health Units by a multi-professional team. Method: qualitative social research using action research trough a pilot experiment. Results: the methodology was developed via the care of ten cases of violence, aimed to establish the steps to guide health professionals in order to determine a network of partnerships with caregivers through specific action proposals from each member of the family so as to solve such conflicts. Conclusions: this methodology can be used in MCVI Primary Health Care and in the Family Health Program, since it is a methodology with easy application, low cost, high capacity of problem solving and that requires a small team of professionals.
Asunto(s)
Servicio Social , Anciano , Violencia DomésticaRESUMEN
Oficinas de estimulação cognitiva para idosos analfabetos com transtorno cognitivo leve é um tema pouco pesquisado. Objetivou-se verificar a autopercepção da memória em idosos analfabetos com transtorno cognitivo leve, antes e após oficinas de estimulação cognitiva, adaptadas para analfabetos. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada na Unidade de Saúde de Taguatinga-DF, envolvendo 63 idosos: 22 no Grupo Experimental (GE), com 10 oficinas; 21 no Grupo Controle 1 (GC1), com 10 palestras; e 20 no Grupo Controle 2 (GC2), sem intervenção. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas antes e após intervenções, perguntando-se sobre memória. Aos GE e GC1 foram oferecidas atividades semanais de duas horas. A idade média foi 72,8 anos, 92% do sexo feminino. Na pré-intervenção, 82% haviam piorado memória no último ano. Na pós-intervenção, GC1 e GC2 mantiveram alterações da memória, enquanto GE melhorou cognição. Conclui-se que as oficinas e palestras proporcionaram melhora na funcionalidade e socialização/integração.
The aim of this study was to assess the self-perception of memory in elderly illiterate with mild cognitive impairment, before and after workshops of cognitive stimulation adapted for illiterate individuals. The research was qualitative, held at the Health Unit of Taguatinga-DF, involving 63 elderly illiterate: 22 in the experimental group (EG), with 10 workshops; 21 in control group 1 (CG1), with 10 lectures; and 20 in the control group 2 (GC2), without intervention. Semi-structured interviews were carried on before and after the interventions, asking about memory status. The activities offered weekly to EG and CG1 have had two hours of duration. The mean age of the participants was 72.8 years, and 92% were female. In pre-intervention, 82% reported worsening memory during the last year. In post-intervention, CG1 and CG2 kept memory changes, while EG improved cognition. One concludes that the provided workshops and lectures improved functionality and socialization / integration.
Objetivó-se evaluar la percepción subjetiva de la memoria en ancianos analfabetos con deterioro cognitivo leve, antes y después de talleres para estimulación cognitiva adaptada para personas analfabetas. Participaran 63 ancianos: 22 en el grupo experimental (GE) con 10 talleres; 21 en el grupo control 1 (GC1), con 10 conferencias sobre salud; y 20 en el grupo control 2 (CG2), sin intervención. Fueron realizadas entrevistas semi estructuradas antes y después de las intervenciones, preguntandose sobre la memoria. Para los del GE e GC1 fueran ofrecidas actividades semanales de dos horas. La edad media de los participantes fue de 72,8 años, 92% eran del sexo femenino. En la pre-intervención, 82% reportaran deterioro en la memoria durante el último año. En la pos-intervención, los del CG1 y del CG2 mantuvieron los cambios en la memoria, mientras que los del GE mejoraron la cognición. Concluí-se que los talleres y conferencias produjeron mejora en la memoria de los ancianos en la funcionalidad y en la socialización/integración.