RESUMEN
Emergências hospitalares são portas de entrada para pacientes graves com potencial risco de morte. Em um hospital referência em trauma, a função do fisioterapeuta dentro da equipe multiprofissional ainda tem necessidade de ser bem estabelecida. Objetivo: Discorrer sobre a atuação do fisioterapeuta no serviço de emergência de um hospital de pronto socorro referência em trauma e apresentar o perfil do paciente atendido. Método: Trata-se de uma pesquisa observacional descritiva, de caráter transversal retrospectiva a partir da análise dos atendimentos fisioterapêuticos registrados em prontuários de pacientes hospitalizados. Resultados: As causas mais frequentes de internação dos pacientes atendidos pela equipe de fisioterapia foram quedas (51,7%), acidentes de trânsito (14,9%), cardiovasculares (9,2%), agressões (9,1%), outros (8,3%) e respiratórias (6,8%). Quedas da própria altura com fratura de fêmur associadas representaram 26,4% da amostra. Nestes pacientes as condutas mais utilizadas pelos fisioterapeutas foram orientações, exercícios respiratórios, exercícios no leito e ajustes de posicionamento. O fisioterapeuta teve atuação com pacientes com pneumotórax, hemotórax ou hemopneumotórax submetidos à drenagem torácica, por meio de exercícios respiratórios expansivos, saída do leito e deambulação precoce. Observou-se também atuação com os pacientes em ventilação mecânica invasiva e não invasiva na sala vermelha. Conclusão: O fisioterapeuta, fazendo parte da equipe multiprofissional, apresenta importante atuação nas salas de emergência de um hospital de trauma, tal como o atendimento a pacientes submetidos a ventilação mecânica invasiva e não invasiva, uso de técnicas de fisioterapia respiratória para expansão pulmonar e remoção de secreções bem como a utilização de técnicas de cinesioterapia para manutenção e ganho de força muscular e funcionalidade.
Hospital emergencies are gateways to critically ill patients with potential risk of death. In a trauma referral hospital, the physical therapists role within the multiprofessional team must still be well established. Objective: To discuss the role of the physical therapist in the emergency department of a reference trauma hospital and to present the profile of the patients admitted to hospitalization. Method: This is a descriptive, observational, cross-sectional study that analyzes physiotherapy and records of hospitalized patients. Results: The most frequent causes of hospitalization of patients treated by the physiotherapy team were falls (51.7%), traffic accidents (14.9%), cardiovascular diseases (9.2%), assaults (9.1%), and respiratory (6.8%). Falls from standing height with associated femur fractures represented 26.4% of the records. With these patients, the procedures most used by physical therapists were orientations, breathing exercises, bedside exercises, and positioning adjustments. With lung-expanding breathing exercises, bedside exercises, and early walking, the physical therapist treated patients with pneumothorax, hemothorax, or hemopneumothorax who underwent thoracic drainage. Physical therapists also treated patients under invasive and non-invasive mechanical ventilation in the red ward. Conclusion: The physical therapist, as part of the multiprofessional team, has an essential role in the emergency rooms of a trauma hospital, such as care for patients undergoing invasive and non-invasive mechanical ventilation, use of respiratory physiotherapy techniques for lung expansion and removal of secretions, as well as the use of kinesiotherapy techniques to maintain and gain muscle strength and functionality.
RESUMEN
OBJETIVO: Avaliar a eficácia da alta frequência na cicatrização de feridas por queimadura durante internação hospitalar. MÉTODO: Trata-se de um estudo de caso, realizado com uma voluntária do sexo feminino, 19 anos, em um hospital de pronto-socorro. Foram aplicados a alta frequência e curativos convencionais, com a amostra única sendo dividida em área de intervenção e área controle. Foram avaliados dados clínicos e sociodemográficos, registros fotográficos pré e pós as intervenções, dimensão da área da ferida por meio de planimetria digitalizada, aspecto da cicatriz através da Escala Vancouver e a qualidade de vida por meio do questionário Burn Specific Health Scale. RESULTADOS: A área da ferida teve redução de 54% na área de intervenção e 26% na área controle. Aspectos como vascularização e flexibilidade também apresentaram discreta melhora. O questionário de qualidade de vida reduziu dois pontos, relacionados à melhora da sensibilidade da pele e aos cuidados com a queimadura. CONCLUSÃO: A utilização de alta frequência combinada com uso de curativos durante a internação hospitalar mostrou resultados favoráveis em comparação a apenas o uso de curativos na cicatrização de feridas. Contudo, mais estudos são necessários.
OBJECTIVE: To evaluate the effectiveness of the high frequency in the healing of burn wounds during hospitalization. METHODS: This is a case study, conducted with a 19-year-old female volunteer, in an emergency room. The high frequency and conventional dressings were applied, with the single sample being divided into the intervention area and the control area. Clinical and sociodemographic data, photographic records before and after the interventions, dimension of the wound area through digitalized planimetry, the aspect of the scar through the Vancouver Scale and quality of life through the Burn Specific Health Scale questionnaire were evaluated. RESULTS: The wound area decreased 54% in the intervention area and 26% in the control area. Aspects such as vascularity and flexibility also showed a slight improvement. The quality of life questionnaire reduced two points, related to the improvement of skin sensitivity and care for burns. CONCLUSION: The use of the high frequency combined with the use of dressings during hospitalization showed favorable results compared to only the use of dressings in wound healing. However, more studies are needed.
Asunto(s)
Humanos , Femenino , Adulto , Cicatrización de Heridas , Quemaduras/terapia , Terapia por Estimulación Eléctrica/instrumentación , Sulfadiazina de Plata/administración & dosificación , Vendajes/provisión & distribuciónRESUMEN
INTRODUCTION AND HYPOTHESIS: Stress urinary incontinence (SUI) is the most common urinary complaint among women and is defined by the International Continence Society as any involuntary loss of urine due to physical effort, sneezing or coughing. Many women with SUI state that the loss of urine occurs after performing repetitive movements, which may suggest that it is the result of fatigue of the pelvic floor muscles (PFM). Thus, we performed the systematic review of the literature on the influence of PFM fatigue on the development or worsening of the symptoms of SUI in women. METHODS: The PubMed, Scopus, EMBASE, PEDro, LILACS, SciELO, Cochrane Library, Google Scholar, CINAHL and Periódicos CAPES databases were searched for articles using the keywords "fatigue", "pelvic floor", "stress urinary incontinence" and "women", in Portuguese and in English. Methodological quality was assessed using the Downs and Black scale, and the data collected from the studies were analyzed descriptively. RESULTS: Of the 2,010 articles found, five met the inclusion criteria and were analyzed. They were published between 2004 and 2015, and included a total of 30,320 women with ages ranging from 24 to 53.6 years. Of the studies analyzed, three showed an association between fatigue and SUI, and two did not show such an association. CONCLUSIONS: This study confirmed that PFM fatigue can influence the development and/or worsening of SUI.
Asunto(s)
Fatiga Muscular/fisiología , Músculo Esquelético/fisiopatología , Diafragma Pélvico/fisiología , Incontinencia Urinaria de Esfuerzo/fisiopatología , Adulto , Femenino , Humanos , Persona de Mediana Edad , Adulto JovenRESUMEN
Abstract Introduction: During pregnancy, a woman's body goes through many changes, and lower back and pelvic pain are common and may persist after pregnancy. Although the literature point physical therapy as an effective therapeutic tool, there are few studies on the effects of physical therapy intervention through exercises for this purpose. Objective: To perform a systematic review on the use of Physiotherapy, through therapeutic exercises, for the prevention and treatment of pregnancy low back and pelvic pain. Methods: A systematic search for randomized trials (RCTs) was conducted on the databases PubMed, PEDro, Cochrane, EMBASE, LILACS and Periódicos Capes. There was no date or language restriction. The terms included in the search were: "pregnancy", "low back pain", "pelvic pain", "exercise therapy" and their descriptors in Portuguese. Methodological quality was assessed using the PEDro scale and a descriptive analysis of the studies was performed. Results: Eight studies, including 1781 pregnant women, were selected. Among them, one study addressed the issue of low back pain, two focused on pelvic pain and five on low back and/or pelvic pain. Seven studies presented high methodological quality, and only one study had low methodological quality. Limited evidence on low back pain was found, and conflicting evidence on pelvic pain, and low and/or pelvic pain. Conclusion: RCTs on the subject are scarce and heterogeneous, making it impossible to reach a consensus or any conclusions about which protocol of therapeutic exercise is more effective in the use of physiotherapy for pregnancy low back and pelvic pain.
Resumo Introdução: Na gravidez o organismo materno passa por muitas transformações e a dor lombar e a dor pélvica são frequentes, podendo persistir após a gestação. Embora a literatura venha apontando a Fisioterapia como recurso terapêutico efetivo, existem poucos estudos sobre os efeitos da intervenção fisioterapêutica por meio de exercícios para esse fim. Objetivo: Desenvolver uma revisão sistemática sobre a abordagem da Fisioterapia, por meio de exercícios terapêuticos, na prevenção e no tratamento da dor lombar e pélvica gestacional. Métodos: Realizou-se uma busca sistemática por ensaios clínicos randomizados (ECRs) nas bases de dados PubMed, PEDro, Cochrane, EMBASE, LILACS e Periódicos Capes. Não houve restrição de data e de idioma. Os termos compreendidos na busca foram: "pregnancy", "low back pain", "pelvic pain", "exercise therapy" e seus descritores em português. A qualidade metodológica foi avaliada por meio da escala PEDro, e uma análise descritiva dos estudos foi realizada. Resultados: Oito estudos, incluindo 1781 gestantes, foram selecionados. Dentre eles, um estudo aborda a temática da dor lombar, dois sobre dor pélvica e cinco sobre dor lombar e/ou pélvica. Sete estudos apresentaram alta qualidade metodológica, e somente um estudo apresentou qualidade metodológica baixa. Foram encontradas evidências limitadas para dor lombar e evidências conflitivas para dor pélvica e para dor lombar e/ou pélvica. Conclusão: Os ECRs sobre o tema ainda são escassos e heterogêneos, impossibilitando estabelecer consenso e conclusões sobre qual protocolo de exercícios terapêuticos é mais eficaz no manejo fisioterapêutico da dor lombar e pélvica gestacional.
RESUMEN
Introdução: A incontinência urinária (IU) é a perda involuntária de urina e pode ser classificada de acordo com os sintomas, sendo os tipos mais comuns: IU de esforço (IUE), IU de urgência (IUU) e IU mista (IUM). Ela causa impacto físico e psicológico negativo, piorando a qualidade de vida. A fisioterapia pélvica é importante no tratamento conservador da IU, pois é segura, não invasiva e com mínimos efeitos colaterais. Objetivos: Descrever o perfil das mulheres avaliadas pela fisioterapia pélvica no Ambulatório de Uroginecologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) com relação à IU e qualidade de vida. Métodos: Estudo descritivo, transversal e retrospectivo, realizado a partir de informações dos prontuários das pacientes avaliadas pela fisioterapia pélvica no Ambulatório de Uroginecologia do HCPA, de agosto de 2013 a dezembro de 2014. Resultados: Dos 164 prontuários analisados, a média de idade das pacientes foi de 58,07 anos (±10,98), 55% realizaram parto normal, 51% fizeram episiotomia, todas eram multíparas, 60,4% apresentavam prolapso de órgão pélvico e a IUM foi a mais prevalente, sendo que 71,3% perdiam urina em jato. Quanto à força dos músculos do assoalho pélvico, a maioria apresentava grau 2 (31,1%), seguido de grau 1 (28%) e grau 3 (24,4%), conforme a Escala de Oxford Modificada, e 75,6% acionavam musculatura acessória. O International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIS-SF) mostrou que o impacto da IU foi grave em 62,8%. Conclusão: Este estudo permitiu identificar as principais demandas da população feminina com IU, facilitando o delineamento de estratégias de reabilitação eficazes e compatíveis com a prática clínica (AU)
Introduction: Urinary incontinence (UI) is an involuntary loss of urine and can be classified according to its symptoms. The most common types are the following: stress UI (SUI), urge UI (UUI), and mixed UI (MUI). It causes negative physical and psychological impact and consequent deterioration in quality of life. Pelvic physical therapy plays an important role in the conservative treatment of UI, since it is noninvasive, safe, and with minimal side effects. Objectives: To describe the profile of female patients evaluated through pelvic physiotherapy at the Urogynecology Ambulatory Care of Porto Alegre Clinical Hospital (HCPA) regarding urinary incontinence and quality of life. Methods: A descriptive, cross-sectional, retrospective, documentary study that used information from the medical records of patients evaluated through pelvic physiotherapy at the Urogynecology Ambulatory Care of HCPA, from August 2013 to December 2014. Results: Of the 164 medical records analyzed, patients' average age was 58.07 years (±10.98), 55% of them underwent vaginal delivery, 51% received episiotomy, all were multiparous, 60.4% had pelvic organ prolapse, and 71.3% had urinary leakage in jets. MUI was the most prevalent type of IU. Regarding the strength of pelvic floor muscles, most patients had grade 2 (31.1%), followed by grade 1 (28%) and grade 3 (24.4%), according to the modified Oxford Grading Scale. 75.6% of the patients used some accessory musculature. Quality of life was measured by the International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ-SF), which showed that the impact of UI was severe in 62.8% of the patients. Conclusion: The present study identified the main demands of the female population with symptoms of UI, facilitating the design of effective rehabilitation strategies which are compatible with clinical practice (AU)