RESUMEN
O conceito do uso de um conduto extracardíaco para estabelecer uma vida de saída, conectando o ventrículo direito com o tronco pulmonar, ou seus ramos, foi desenvolvido na década de 60. Entre 1971 e 1986, 335 pacientes receberam, no The Hospital for Sick Children, de Londres, condutos extracardíacos para o lado direito do coraçäo; 176 destes foram homoenxertos aórticos, preservados em soluçäo antibiótico-nutriente; 140 heteroenxertos (Hancock, Ross, carpentier-Edwards, lonescu-Shiley e 19 tubos näo valvulados. Este condutos foram usados na correçäo de defeitos cardíacos complexos. A idade média foi de 6,34 anos e o peso médio, de 17,8 Kg. O diâmetro interno dos condutos variou de 8 a 30 mm. A mortalidade hospitalar foi de 29,2% e o seguimento dos sobreviventes teve uma duraçäo de 14,3 anos, sendo que apenas 40% delas foram relacionadas ao conduto extracardíaco. A curva atuarial, livre de obstruçäo, dos condutos extracardíacos foi significativa, quando se analisaram os homoenxertos, face a cada grupo de heteroenxertos (p < 0,005). Os fatores de risco mais importantes foram: o número de complicaçöes pós-operatórias, para óbitos tardios; a severidade das lesöes associadas, para as reoperaçöes; a data da cirurgia, para a troca do conduto extracardíaco, e a severidade ds lesöes associadas, para a obstruçäo. Assim, conclui-se que, a longo prazo, o uso de condutos valvulados extracardíacos tem bons resultados, especialmente no que se refere aos homoenxertos. Pelos dados apresentados, os homoenxertos aórticos, preservados em soluçäo antibiótico-nutriente, continuam a ser nossa primeira escolha na reconstruçäo da via de saída ventrículo-pulmonar