RESUMEN
Historicamente a população LGBTIA+ sempre foi excluída nos serviços de saúde. As dificuldades de acesso são legítimas e decorrentes do estigma e discriminação. Era necessário fortalecer o acesso e a qualidade do atendimento em saúde. As pessoas LGBTIA+ precisavam ser melhor acolhidas, ter garantido atendimento integral e ter seus direitos básicos respeitados. Era necessário ampliar a rede de serviços de hormonização, rever sistemas de informação (nome social/gênero/orientação sexual) e investir na capacitação dos profissionais de saúde. Para resolver esses problemas, foi desenhado pela Área Técnica de Saúde Integral da População LGBTIA+ da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo um plano de ações e estratégias de cuidado em conjunto com as seis interlocutoras regionais LGBTIA+. O principal resultado foi a implementação de unidades na Rede SAMPA Trans, de 28 unidades para 45 em 2022, com 3.346 pessoas trans em acompanhamento. Isso permitiu dar maior visibilidade a essa população, aprimorar o acolhimento, ofertar acompanhamento de qualidade desde a utilização de hormônios, até as cirurgias de transformação corporal. A SMS conta hoje com um modelo de rede de atenção à saúde integral da população LGBTIA+ inédito no estado de São Paulo e no Brasil.
RESUMEN
O Centro de Referência e Treinamento em Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo realizou ampla atividade de testagem para HIV e sífilis no sistema prisional feminino, entre 2012 e 2013, em parceria com a Secretaria da Administração Penitenciária SAP. Ao todo, 8.914 mulheres aceitaram realizar o teste. Destas, 2.947 encontram-se em presídios da capital e 5.967 do interior. Observou-se que 2,8% delas apresentaram resultado reagente para HIV e 7% para testagem rápida de triagem para sífilis. A taxa de prevalência de HIV na população geral é de 0,4% e de sífilis 1,6%. A média de idade da população testada foi de 34,3 anos. As mulheres privadas de liberdade que participaram deste levantamento receberam informações pré e pós-teste para sífilis e HIV. Os profissionais dos serviços envolvidos foram capacitados para esta orientação. No caso de positividade para o HIV e ou sífilis, garantiram-se os procedimentos de acompanhamento e tratamento estabelecidos pelo SUS. O projeto teve por objetivo conhecer a soroprevalência do HIV e da sífilis nesta população, traçar o perfil das mulheres privadas de liberdade em relação a informações sobre sífilis e HIV, dar orientação de qualidade sobre o assunto para as presas e oferecer maior assistência em saúde para DST/ HIV/Aids mediante o estabelecimento, de maneira sustentável, de sistema de referência e contrarreferência. Até 2015, pretende-se elaborar e implementar, de forma escalonada e regionalizada, o projeto de DST/Aids da Proposta Integrada de Atenção à Saúde da População Privada de Liberdade, em parceria com a SAP. É a primeira ação deste porte no estado de São Paulo. Trata-se de uma iniciativa que poderá contribuir para a melhoria da qualidade de vida das mulheres, com repercussão no controle da transmissão vertical do HIV e sífilis...